Poema em Linha Reta
Perto Da Linha
Perto da linha, ou do limite, pra mim qual a diferença?,
Amor jogado e frente me encarando,
Já estou acostumado, não que me satisfaça,
Nem que me contenha,
A linha que subverte, me atrai,
Quero chegar a um ponto onde ninguém pode,
Me atiro para fora dela, e me arremessam para dentro,
De onde vem tamanha ilusão!
De que o poder é não querer,
Quem pode faz, como fiz...
Mesmo sendo jogado para fora,
Tamanho consumismo de querer-se,
Consumado pela raia metabólica: a vida,
Corro; pelo buscante anseio temporário,
Como o relento da noite que erra o ambiente,
Busco exclamado; o jigajoga intenso de minha existência,
Agora, já leve, os raios celeste tomam conta de mim,
Ao se (im)pôr continuo aquecido amarelento,
Por vezes contemplo o peso da atmosfera, tão leve e tão densa,
O perigo do aturado é deparar-se tanto com a luz negra como a luz branca no fim do túnel,
Manter distância da negra é imprescindível, pois engole como se fosse buraco negro,
Por vezes, muitas aliás, não há revés,
Para sempre será carregado o estigma, o para-raio da melancolia, covardia de outrem.
E volto à linha, mesmo assim, não por audácia mas por burrice mesmo,
A burrice da vontade de querer ser o que sou,
A ingênua burrice de não acomodar-se,
Tão louca quanto a contenção reprimida do desejo em ser,
A conclusão do certo, do normal não existir,
Serei, onde estiver; estarei quando existir,
Sou, por original, estou onde quero,
Fui amaldiçoado, estive incomodando,
Quero novamente enfrentar,impetuoso, a linha de chegada,
Fácil de encará-la, afável traquejo da sua graça,
Como se fora convidado à entrar em sua sala,
Como se fora, não, é convidado,
Despejo a lágrima da insolência, que outrora o fui,
Recebido com uma enorme generosidade,
Fui desvirtuado pela própria ilusão do poder, vaidade,
Ceguei-me em virtude da conquista, em ter conhecido o limite do ser.
Manter milhões de pessoas no mundo abaixo da linha de pobreza é propositado. Metodologia eficaz.
Os famintos não pensam;
Jamais sairão do ciclo da indigência;
Morrerão miseravelmente.
Eu levo a linha a flanar
Eu levo a linha a flanar
doidivanada entre cores
e o rabisco pouco me satisfaz.
Silenciosamente assaz
mergulho na paleta buscando cores
que escorrerem pelos dedos da mão
e tracejo abstração.
Vou chamar minhas coleguinha
Vem comigo nesse som
Vai rolar uma disputinha pra ver quem tem mais o dom
Hoje eu tô igual trem sem linha, perdendo minha direção
Fomos muito ingênuos
Procuramos um no outro coisas que não podíamos encontrar
Perdas que nada tinham a ver com aquela relação
Eu fui verdadeiro e te vi de verdade
Nossas almas se encontraram, nuas e desarmadas
Vi em você a pureza de um coração
Que preferiu se endurecer porque não queria perder mais nada
Por menor que fosse, por mais desimportante
Você viu em mim o cuidado
A juventude que você negou a si
Os erros que não se permitiu cometer
A fé que você sentia que nunca existiu
Foi amor
Foi paixão, foi fogo e queimou
Você diz que ainda me ama
Mas te desafio a entender que você amava
A pessoa que se permitiu ser ao meu lado
Abraços quentes
Uma dor no estômago
O vento que arrepiava em sua garupa
As noites em silêncio
A mensagem não lida
O celular desligado
O amor ligou
Mas não encontrou você do outro lado da linha.
Quando trocares o iPhone pelo ipinar
No manejo da linha a tirar-te do chão
Elevando-te aos céus, neste lindo raiar
Não esqueças Deus, criou a imensidão
Para nela existir, fazer e contemplar
Quando minhas pernas se cansam, minha mente lembra que não sou de desistir!
Cheguei até aqui vou até o fim.
Meu foco é cruzar a linha de chegada e saborear o término de mais um ciclo com êxito e sentimento de missão cumprida!
@elidajeronimo
Linha
Eu poeto de mim, daqui
nesta câmera surreal
por este fio vocês dai
numa transmissão corporal
por esta linha dual, agruras
em diversas camadas
solidão sem gravuras
felicidades sem risadas
assim, nesta comunicação
de passa e repassa, a voz
camuflada de significação
em versos mansos ou feroz
que se imprime da emoção
num linguajar em cadência
lembranças e boa paixão
na alma em total evidência
em cada trova um avesso
do reverso do meu daqui
cada verso o meu confesso
para vocês daí...
Instantâneos do meu poeta imerso...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Tá me tirando da linha
Tá me deixando avoado
Com esse jeitinho, covinha
Esse cabelo jogado
A gente ataca a cozinha
Antes de ver seriado
Tudo é tão bom com você
Quem dera ser horizonte
Num dia poder escolher ser céu,
Noutro pedaço de terra no cume de um monte!
O olhar paira a aura branco cinza que se esbate sobre o planalto do horizonte, lá longe, longe de o encontra, longe de o tocar invejando o sentido do seu propósito de ser. Limite entre todo aquilo que existe e tudo aquilo que não existe dentro do coração da gente. Linha fina, infinita, que não se aumenta nem diminui, vectorial dentro de de mim onde eu desenho um ou dois... Universos!
Fronteira: linha traçada.
Na fronteira onde a história se entrelaça,
Tropeiros marcham, guerreiros Guaranis em caça.
Lendas vivas, memórias sem fim,
Ponta Porã e Pedro Juan, juntas assim.
O povo fronteiriço, forte e aguerrido,
Sua cultura vibrante, jamais esquecido.
A erva mate que a terra gerou,
Tereré refrescante, tradição que ficou.
Chipa dourada, sabor sem igual,
Comidas típicas, herança cultural.
Chimarrão que aquece, mate a brotar,
Dessas folhas que um dia iam pelo ar.
Beleza de vida nessa linha traçada,
Conquistas e dores, estrada moldada.
Divisão imaginária que nunca impediu,
Mistura de povos, união que nos uniu.
Passado, presente e futuro a tecer,
Duas cidades, um só viver.
No sul de Mato Grosso do Sul a brilhar,
Histórias que seguem e vão se contar.
Que essa poesia celebre a fronteira que pulsa e respira, onde culturas se abraçam e o tempo constrói sua própria melodia.
Linhas
Estou em fase de testes
Tenho por natureza evitar situações de risco
Se existe um limite, fim ou beira, seguida de uma queda,
Calculo sempre a linha imaginária que garanta o máximo de segurança e, consequentemente, distância da queda "mortal"
Sou como os navegadores na época da colonização, que contornando a costa o máximo possível, evitavam o leviatã nos oceanos.
Confesso, tive medo que a escassez de tempo juntos me puxasse para fora dessa linha,
Nunca quis saber se nossas horas virassem minutos ou um dia ou outro não ouvisse sua voz, o quanto de "chão" eu perderia.
Hoje descobri ter asas
Embora bater elas dói o coração.
Estar com você é piso firme,
Sem sua voz é como voar além da linha com asas de saudade
É verdade, eu não caí
Não perdi nada do que tenho em mim,
Nada esmoreceu ou diminuiu.
Dizem os loucos que pulam que é coragem
Os prudentes acham errado brincar com os riscos
Mas, se em determinado momento eu me afastar,
E o tempo que temos diminuir,
Quero que saiba que em meu coração,
Eu não caí.
Complexo
A uma linha sem começo e sem fim no qual os planos não são traçados, apenas executados.
O animal só conhece o desejo a curto prazo, será que nós somos tão irracionais ao ponto de viver apenas em busca de realizar o próximo desejo momentâneo sem pensar no apocalipse que isso pode causar em nossos neurônios, em nosso universo?
Adultos e crianças vão guiados
por um andor branco e comovente.
Formam
duas fileiras de mãos atenciosas.
A céu aberto arremessam as vozes
contra a linha dos montes.
A lentidão dos passos
imita o arco dos antepassados.
Até que o vente apaga
o dedo em luz.
Soluço. Desamparo.
Como um segredo
a avó me repassa o fogo.
Andar na linha
Já caminhei sorrindo, pulando de felicidades;
Já vibrei e gritei com cada passo dado;
Já andei confuso e sem nenhuma direção;
Já escolhi estradas cheias de espinhos;
Já me perdi nos meus próprios caminhos nas minhas próprias escolhas;
Já rastejei pelo mundo, ouvindo vários não;
Já aprendi com o medo e com os meus erros nas minhas andanças;
Já vi muito ou talvez tenha visto pouco, mas hoje ando com os pés firmes no chão, calejados é verdade! Mas com experiência, Fé em dia e direção.
Linha de fundo
Assim meio jogado pra escanteio,
volto ao poema, este local do crime.
Mas é o desprezo que melhor exprime
aquilo que no verso eu trapaceio.
Se pouco do que digo me redime,
cópia pirata de um desejo alheio,
revelo a ti, leitor, o que eu anseio:
um abutre no cadáver do sublime.
A matéria é talvez muito indigesta,
me obriga a convocar um mutirão
para acabar com toda aquela festa
de pétalas e plumas de plantão.
Memória derrubada pelo vento,
quero aqui só lembrar o esquecimento.
Minha cabeça vai de chuva á sol,
De norte a sul,
Do capitalismo ao socialismo,
DO frenético ao pacato,
Do bem ao mau...
Não existe uma linha tênue que separa meus pensamentos.
Eis de ser sempre a linha ?
2 parte
os comunicadores em determinado dia começaram a vincular particularidades da minha vida como nome e sobrenome e chegaram ao ponto ate de comunicar o que faço em casa e se acontecer um constrangimento na grande maioria das vezes comunicam
filho tudo isso e seu...
Perdi a linha
Entre o claro e o escuro
À beira de um ponto
A ponta escondida
Passada do avesso
Atravessou o plano
Costurou entrelinhas
Bordou estrelinhas
Pintou o pano
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