Poema do Desassossego
A inveja é uma prisão
e um tal desassossego,
que na minha opinião
se fosse uma profissão
não havia desemprego.
DESASSOSSEGADO
Desassossegado?
Como explicar esse desassossego?
Esse pragmatismo da minha condição humana?
Desse absurdo?
Por vezes não sou eu
Sem raciocínio, sem personalidade
Uma autobiografia sem fatos, mutilada
Sem afetividade, sem prosa…
Fragmentos da minha dramaticidade
Vida de jogos, de máscaras
Uma existência inviável, inútil, imperfeita,
É tudo tédio, trágico, indiferente
São investigações íntimas
Sensações provocadas pelo anonimato,
Pela cotidianidade de subvida
Universo que interessa somente ao desassossegado…
"ESTENDAL🌺"
Pendurei na corda do meu estendal
O meu lamento, a dor, o desassossego
Veio a chuva molhou-me senti-me nua
Torci a roupa da minha saudade
Não há mais nada encantador
Que livramos-nos de tudo que nos faz mal
"ESTENDAL👒 "
Pendurei na corda do meu estendal
O meu lamento, a dor, o desassossego
Veio a chuva molhou-me, senti-me nua
Torci a roupa da minha saudade
Não há mais nada encantador
Que livramos-nos de tudo que nos faz mal
Não aceite maus conselhos
Não se deixe levar por palavras de desânimo
Existe sempre uma saída para qualquer problema
Por mais que nos pereça complexo e difícil
Não se esqueça que a nossa força está dentro de nós
Tenha sempre amor no seu pensamento
Ele o ajudara a vencer todos os obstáculos.
Breviário
Meu Deus,
que o desassossego da minha carne não me deixe passar despercebido a sensibilidade de uma aurora.
Que os meus olhos cansados das noites insones encontre um olhar que me acalente, daqueles que sem dizer nada, devolve-me a paz de uma manhã tranquila.
Que meus lábios, ressequidos, possam alimentar-se de sonhos e utopias, e alimentar de beijos outras bocas com fome.
E meu coração, Deus, deixa ocultado. Mas vem de mansinho ocupá-lo como num leito macio,
tem o cheirinho entranhado dos meus medos.
Na noite tardia, reclina tua face em meu peito, sussurra sopros de vida e me faz adormecer.
POEMINHA DO DESASSOSSEGO
Foge agora o sentimento
cerne bruto a lapidar
pelo gorjeio do tormento
sobre o afago do luar;
turvo ensaio a rima
sinto pulsar o coração
anseio pela obra-prima
ao moer minha paixão;
e os gritos antes imersos
no silêncio sem coragem
agora rasgam estes versos
e desatinam minha imagem;
e tudo vaza e tudo grita
num acalanto sem perdão
e pela artéria da escrita
navega a esmo a razão;
então voo feito nada
leve ao sopro de Caeiro
sem o olhar da musa amada
resta a pena e o tinteiro;
ouço sutil minha essência
como harpa nota a nota
sou faísca da existência
na vã redoma da revolta;
caio desperto em teimosia
fôlego de tolas incertezas
e quando vejo é poesia
divina dama das tristezas;
surge rubra em vasto alarde
arrebata o mundo que percebo
tem ela o poente da saudade
dor da verdade que recebo;
foge agora o sentimento
foge o ar, o verso e a aflição
foge o assombro em pensamento
foge o desassossego em questão;
- Posto em um arranjo
sem o espanto de outrora
vejo a face de agora
juro, sonha, parece anjo!
Solidão saída do desassossego
Silêncio singular
Onde encontro leveza
Instante demasiado em sensações
É uma saída do aglomerado inquietação
Para minha maresias de palavras.
Pela janela do quarto,
Sossego intacto do gato
Me rouba a cena e os fatos
Que no desassossego inventado,
Não há de ser encontrado
A essência inata dos atos.
Meu desassossego
não é fruto do medo que tenho de assombração,
nem da fome ferrenha que passo no sertão,
nem da seca que corta meu quintal e nem do vento,
que nada tem para balançar no meu varal;
o causo é que meu amor foi embora,
não levou nem uma sacola e ainda assim
só me restou solidão
Um beijo molhado é fogo que queima;
Um abraço apertado é calmante para a alma e desassossego para o corpo.
Manter as chamas acesas é pura bobagem quando se tem extintores capazes de conter incêndios atuais e iminentes.
PORTAL DE LIMIARES
O cansaço tomou conta de mim
Nas trevas do meu desassossego
Procuro em vão pelo alívio
Da morte que me rejeita
Vocifero todas as heresias
Batendo na porta do umbral
Limiar do inferno e do céu
Nas minhas entranhas decompostas
As palavras abortam em minha boca
Feito feto cuspido na latrina
Ensanguentando meu karma
Destituído de qualquer missão
Pesa-me nas costas o preto velho
Agarrado feito filhote indesejado
Nos anos que se arrastam nas trevas
Do que seria a minha vida
Os remédios condutores do sono
Postados inertes na prateleira
Como um convite do abrir da porta
Do umbral limiar do meu inferno ou do meu céu
O cansaço tomou conta de mim
Nas trevas do meu desassossego
Procuro em vão pelo alívio
Da morte que me rejeita
(Nane-20/05/2015)
ENTRANHAS EM DESASSOSSEGO
Quisera ser indiferente
À tua indiferença
Mas esse desassossego na alma
Incomoda...
Quisera arrancar você de mim
Como a um dente careado
Que faz falta por instantes
E depois é esquecido e substituído
Quisera tanta coisa impossível
Que já nem sei se quero mais
Já que nada mais faz sentido
Nos quereres que eu quisera
Quisera não ter um passado
E começar tudo do zero
Apagar todas as letras
E reescrever minha poesia
Resta-me apenas o ato
De amassar os meus papéis
E jogar fora minhas rimas
Nos versos que te fiz
Resta matar a poesia
Antes que ela me mate
Num surto desesperado
Das entranhas que quisera...
(Nane - 23/03/2015)
Olha nos meus olhos...
Olha nos meus olhos e diz que não sente?
Não sente meu desassossego...
Não sente minha solidão...
Não sente meu temor?
Olha pra mim e diz que não sente...
Que não sente o meu amor...
Que não sente o meu presente e futuro pendentes...
Que não sente que sem você tudo fica incompleto, feito um rascunho esquecido no fundo de mim mesma...
Que não sente que minha vida te pertence, desde a primeira vez que me olhou diferente...
Você sente?
Sente que sou tua e você é meu?
Sente que nós dois juntos somos um presente de Deus?
Por favor!
Diz que sente.
Rio do tempo
A sisudez do tempo não esconde o cansaço,
o desassossego da alma, mas
o lamento das coisas dissolve-se em lembranças,
que ainda guardam a limpidez das águas da infância,
reparando conquistas e derrotas ao redor dos dias.
Memória serena como a dos rios
que seguem eterna viagem para o mar,
mar que também é pura vivência,
sentinela de sonhos,
a guardar os segredos do vento.
Rio e mar são preces a decantar o tempo,
na vigília da memória e das trilhas percorridas,
um ofício íntimo a experimentar maturidades,
que fio por fio vai tecendo um poema de vida.
Não há pranto que aqui se demore,
assim como não há felicidade perene,
mas a vida é assim, esta água cristalina
a escorrer no leito dos rios,
lavando as ruínas deixadas pelo caminho,
espelhando amor de diferentes quimeras.
Sala do Amor
Na tua sala senti
Um quê de desassossego
Na tua sala fiquei
Querendo ser um brinquedo
Daqueles que a gente ganha
De presente no natal
Na tua sala senti
Um amor quase imortal
Daqueles que a gente sente
Nos filmes de longa metragem
Daqueles que a gente esconde
Atrás de uma mensagem
Disfarçada de boneca
Em caixa de muita plumagem
Na tua sala senti
Na tua sala fiquei
Da tua sala me lembro
Da tua sala lembrei.
Inconformidade
É uma inquietação é um desassossego
Alma que esperneia e corpo que nem se mexe
Olho que chora e olhar que entristece
De esperança o coração ermo
Pois de fé o que entendo agora
Se a que tinha me foi tirada?
E como acreditar embora
Se a confiança não me voltou nada?
E dizes tu que nada me exige
Mas ainda assim me dediquei
Nas decepções que tive
Em outras vezes confiei
E o que sinto parece ódio
Quando diz amar e não luta
Se demasiado é seu esforço próprio
Por que em ti o que me aflige não muda?
Você é uma flor no qual, reflete amor, é a causa e o efeito de encantar meu desassossego
E de tão empolgante me fez de toda graça
Distribuindo o seu fascino a quem sempre a amava;
O que me importa se hoje foi só
desassossego?...
Se foi avesso
Se foi dor...
Eu ainda insisto em
dançar pra vida
Porque sei que tudo na vida passa
E se eu não manter- me
em perfeito equilíbrio
A vida não terá sentido...
Nada de bom fluirá!
Segredos guardados
sonhos não realizados
vontade que queima a pele
desassossego do coração
que não encontra pousada
mãos ansiosa por tocar
boca àvida de desejo
corpo que queima
querendo amar....
Levantam ondas de desassossego.
Remexe um mar de presságios...
Dentro do frio oceano,
como em uma tela,
sinto as cores que chegam.
Enrolo-me nelas,
mas não em qualquer uma,
só nas tuas.
Inspiro-me em ti...
Entrego-me a ti...
IV
Treme tudo em mim
o corpo, a pele...
É tanto desejo,
que tudo se mistura
em um só querer.
Ah! Louco devaneio
devolve-me a razão
Não posso querer esse tanto.
Silencia o meu pranto
e faz-me acordar!
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