Poema de Luto
Às vezes, tudo o que precisamos é isso: um passo. Um sopro. Umanovapágina.
(trecho do livro: Quando a Morte Sentou ao Meu Lado)
A morte não veio como carrasca, mas como confidente. Ela não deve inspirar temor — não é inimiga,ejamaisserá.
(trecho do livro: Quando a Morte Sentou ao Meu Lado)
A última vez que falei com a senhora foi na quinta-feira. Como sempre, com aquele cuidado carinhoso de quem se importa de verdade:
"Como está o trabalho?"
"E a faculdade, está gostando?"
"Ainda está estudando pra concurso?"
A senhora nunca deixava de demonstrar atenção, mesmo nas coisas mais simples. Sempre presente com palavras que acolhiam, sempre interessada em saber como eu estava, mesmo quando o mundo parecia girar depressa demais.
Receber a notícia da sua partida foi como um silêncio que ecoa. Seu jeito singelo, mas firme, dava brilho à nossa família.
O que mais me dói é não poder estar presente neste momento. Dói não poder contribuir fisicamente com o que talvez fosse meu último gesto de cuidado com quem tanto me cuidou.
Mas levo comigo a esperança de que, de alguma forma, eu possa honrar a sua memória com a minha caminhada.
Descanse em paz, minha vó. E obrigado por tanto.
Cabelos caindo
Dentes lascando
Língua sangrando
Cansaço frequente
Fraqueza anormal
Alimentação ruim
Unhas fracas
Dentes ficando amarelos
Higiene regredindo
Impulsividade fora do controle
Apatia...
Esperança de te encontrar na próxima página desse caderno velho...
Esperança de te reencontrar na av sete de setembro
Esperança de sentir seu calor novamente, seu amor, sua saudade
A gente só sente saudade de algo quando a gente perde algo, e quando foi mesmo que eu te perdi? Eu nem me lembro mais...
Eu ainda te amo
Você soa como palavras não ditas num discurso de ódio, ou melhor, de amor...
Melhor ainda... Você apenas soa como palavras não ditas dentro da minha cabeça
Você ainda vive dentro de mim
Tudo ainda tá aqui, o que mudou é que o tudo que era nosso não tá mais com você.
Você ainda vive aqui dentro de mim, naquele sítio que eu te prometi, de como você me contava de quando você e sua mãe brigavam, e sem pensar duas vezes eu te prometia te tirar daquele inferno cotidiano assim que você completasse 18 anos, mas como ditado diz...
Quem jura, mente...
Eu não estava mentindo, só que o destino não queria isso pra gente.
Você ainda vive dentro de mim...
Você e a Millena e o sítio, e a briza fria da manhã num dia ensolarado, era assim que eu te descrevia meu doce girassol.
Eu te amo, não se esqueça nunca de mim girassol
Eu nunca vou te esquecer, vou te levar pra sempre comigo, com a gente....
Você ainda vive dentro de mim.... E vou levar você, a nossa linda filha e o nosso momento pra sempre dentro do meu peito.
Viva com ele, como você nunca viveu dentro de mim...
Meus sentimentos não passam de leve — eles rasgam, queimam, vibram na pele.
Tudo em mim sente demais, vive demais, doa demais. Deus me livre de atravessar essa vida de forma mecânica, anestesiada, e sem alma.
O que me torna tão humana é justamente essa vulnerabilidade em sentir tudo. Essa entrega sem defesas, essa coragem de sentir até o que machuca.
Porque até a dor, quando vivida por inteiro, me lembra que ainda estou aqui — viva, presente, pulsando.
E eu sou grata por isso.
Porque a vida é breve, e talvez essa seja a única chance que eu tenha de sentir tudo o que há pra sentir
eu sou profundamente grata por não ser feita de indiferença.
Pois ser indiferente seria desperdiçar o milagre de estar viva.
Carrego as marcas do racismo e a dor de não ser visto, a saudade da minha mãe e a solidão de quem busca respostas na própria mente. Mas também sinto pulsar a força da reinvenção, o alcance infinito da polimatia, e como aprendi com a Dra. Shaira Zion, o alento da minha - quarkiana, leptônica e bosonica - fé. Faço do meu trauma um testemunho; da minha dor, símbolos; da minha perda, poesia.
Talvez um dia minha tristeza dê dinheiro, o triste disso... é que talvez não esteja mais vivo, mais triste que é isso, é pensar (as-sim) nisso.
Minha vida tem tantas portas...
Tem vias retas... tem vias tortas.
Toda manhã ao sol nascer...
qual delas quero trilhar...
tranquilamente posso escolher.
Vou seguindo nesse espaço infinito.
Num compasso tão bonito...
Dois pra cá... dois pra lá...
Fazendo meus dias formosos.
Gravando na alma tudo em que acredito...
Tenho força, tenho entusiasmo, tenho ânimo...
Tenho fé... acima de tudo
Um futuro leve e cheio de paz.
Para qualquer dor, tenho um escudo.
Todavia...
As vias nem sempre como quero se desenham...
Apesar de todo meu empenho...
Lá vem nuvens pesadas devagarinho...
Seu intuito: fazer sombras pelo meu caminho.
Tenho toda a força do mundo...
Luto... esmurro... grito... rujo como um leão...
Mas o mundo tem-me feito muitas vezes um frio e insensível vagabundo.
Luto, sim... mas, às vezes, esmorece meu coração.
E tá tudo bem 😉
Todas as perdas são irreparáveis, porém nada se compara a dor de uma mãe que perde tão precocemente seu filho.
Sendo que nem havia aliviado o coração do luto pela perda do esposo.
Só nos resta orar pedindo a Deus para fortalecer esta vida tão aflita.
(Força minha prima!😭)
Quando nós conhecermos, senti-me sobrecarregada por gratidão, senti-me presenteada, como se uma prece fosse atendida.
Ao partir sem se despedir, senti que todas as orações de agradecimento tivessem se perdido.
Será que é por isso que te foste tão cedo e sem se despedir?
Será que é por este motivo que tive que reaprender a viver sem você?
Para aonde vão às orações perdidas?
Ainda me recordo de você e continuarei recordando-me. Descanse em paz!
Os poemas que líamos juntos, foram escritos por nós dois.
Fomos autores da nossa própria história, e quando você partiu, tornei-me um livro incompleto, uma narrativa sem fim.
As pessoas tentam-me ler, mas as páginas estão incompletas e as que ainda existem, eles não intendem. Talvez ninguém nunca saberá ler-me da forma que você me leu.
As vezes repouso nas memórias, recordando-me das pequenas viagens e planos que fazíamos.
Dos lugares que tivemos e tornaram-se nosso.
Das manhãs de fim de semana.
Do som dos pássaros tagarelando lá fora.
Da luz do sol espreitando a cortina. Das peças de roupas perdidas pelo o
quarto.
Do café compartilhado.
Do efeito de adormecer e acordar alinhada nos teus braços.
De nos perder na forma genuína do amor, e da preguiça de voltar para as nossas vidas.
As vezes me pego recordando-me de nós, das despedidas e reencontros, e dos abraços longos e apertados.
Ao pai
A pátria "mátria" chora a cada perda
A pátria mãe a cada dia indefesa
A pátria cala a cada segundo
A pátria faz silêncio - luto.
A vida vai embora quando menos
Se espera, o efêmero poderia ser perene
Diante a quem quer viver eternamente
A dor não consola
O sujeito. Há quem busque a glória
Há quem se engane na vitória
Há quem se perda no dinheiro.
Na medida que tudo se vai
De um dia que pode ser derradeiro
- Que tenhas misericórdia de nós!
É tipo navegar em alto mar hora o mar ta calmo, de uma hora para outra vem uma tempestade agita as águas e te puxa para o fundo do mar, assim vou seguindo né , o luto é isso .
Edelzia Oliveira
A peneira da seletividade não começa na infância, afinal lá temos a inocente mania de achar que família são todos que tem o mesmo sangue que a gente.
A vida adulta chega e com ela também chega o que a Bíblia chama de dia mal. E não queiram saber como esse dia dói, penso que a Ciência jamais explicará o que sente aquele que o vivenciou. Um vazio que nem a vasta imensidão das coisas criadas conseguiria preencher, uma dor que nem o mais eficaz dos remédios poderia resolver.
Nesse momento a consanguinidade se torna tão ínfima que uma mágica acontece, os lindos laços vermelhos da infância, representados pelo sangue, se transformam em laços brancos, representados pelo Espírito. Afinal aonde o sangue não se faz presente, o espírito não se faz ausente.
Hoje meu gatilho foi a saudade, um nó na garganta, um vazio, um silêncio...
Em saber que não verei mais seu sorriso, ter o seu abraço, jogar conversa fora, mas creio que nunca será um Adeus, e sim um até logo.
Vazio,
Como um corpo sem o fôlego da vida,
Como um dia sem esperança,
Como a inquietude de uma alma sem paz,
Como um prato sem comida,
Há vazio que não se pode encher,
Triste é o vazio,
" "
Soluço afogado em águas ferventes,
Sinto o choro gemer dentro de mim,
Dor agonizante sem fim,
Inefável sentimento enfim,
Morro sempre assim,
Ouvindo o desespero do meu choro dizendo,
Morri,
Morri,
Inumano, silêncio indecifrável,
Tempo calado, minuto medonho e mudo,
Penso no que restou desse estado inabitável,
Nada mais que um imoto corpo quieto,
Defunto, frio, mais uma vez vazio,
Para a minha amada mãe que foi morar no céu.
Ao olhar as belezas do mundo me sinto com os seus olhos.
Só quem lhe conheceu sabe da profundidade de cada história que eles refletiam.
O seu jeito aventureira que ainda me enche de alegrias, e ao mesmo tempo muitas saudades!
Foi da minha história, a maior parte,
Tantas lembranças, guardadas em sete chaves.
Você era fogo, e eu calmaria.
Você era realidade, e eu fantasia.
O reflexo da sua alma, estará para sempre a enfeitar o meu coração.
Em cada flor que você poderia admirar.
Em cada lugar que poderia se encantar.
Em cada coisas belas que gostava de descobrir, e cada jeito seu que me fazia rir...
Então, quem sabe um dia mãe poderás me contar sobre o paraíso.
Tenho certeza que é tão imensurável, como o seu sorriso!
Quem se autoriza a viver, precisa estar disposto a não prevenções, a não imunizações. Tantas vezes, as coisas simplesmente acontecem e acontecimentos não voltam no tempo para podermos dinamizar os fatos, para nos protegermos ou nos prevenirmos.
Soraya Rodrigues de Aragao
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