Poema de Inverno
Sinto-me preocupado,
Sinto-me abandonado,
Sinto-me conquistado.
Já não sei
O que é dormir
Pois a minha mente
Não pára de sentir
A obrigatoriedade de pensar
Como se fosse tão importante
Como é para um humano respirar.
Isto já me começa a sufocar
Pois perdi a capacidade de relaxar
A minha mente tornou-se num lugar
Onde preferia não estar.
Imagina que és um cão
Que não consegue ladrar.
Que és um peixe
Que esqueceu como nadar.
Que a tua mente
Perdeu a capacidade
De sentir felicidade
De sentir amabilidade
- Para a Lua - 
Jeito de mulher, olhar de menina
Qualquer aventura ao seu lado, é como um disparo de adrenalina.
Ela é segura, ela é forte, ela é linda
Seu sorriso conquista qualquer um, e no meu coração ela é sempre bem-vinda.
Ainda me lembro daquele dia
No metrô, eu ia a tua procura, ouvindo o que meu coração dizia.
"Ei, vai com calma, seja você mesmo, pra não se machucar."
Mas quando eu te vi, não tive outra escolha se não me entregar.
Daquele dia em diante eu percebi
Que o mundo poderia acabar, mas onde eu deveria estar era ali.
Do teu lado, no teu abraço, no teu olhar.
No único lugar onde eu aprendi a amar.
Nos teus olhos eu mergulhei, no teu abraço eu me abriguei, nas diferentes cores dos teus cabelos eu me encantei.
Uma sensação única que eu sei que com ninguém mais sentirei.
Eu errei, eu fui fraco
Demos motivos um para o outro para irmos embora e eu caí naquele buraco.
Hoje eu cresci, evolui, me fortaceli.
Mas de você e da nossa história eu nunca esqueci.
Me tornei alguém melhor,
Pra mim mesmo e pra quem estiver ao meu redor.
E quero que você veja e sinta essa melhora,
pois pra te ver de novo, eu já não vejo a hora.
Hoje eu te espero
Com todo o meu amor e sentimento sincero.
Continuando ou recomeçando,
é você que eu sempre vou seguir amando.
No sofá, na cama, no altar
Se eu tenho uma certeza na vida,
É que nesse dia eu direi sim sem exitar.
A saudade me derruba todos os dias,
Mas eu me levanto e olho pra cima.
Pois nossas lembranças só me trazem alegrias,
Assim como me fazem sorrir enquanto escrevo essa rima.
Por favor, não se esqueça
Que nesse mundo cheio de confusões,
Não importa o que aconteça,
Eu sempre te amarei mil milhões.
De: Igor Siviero
Para: Luana Lima
O luar diurno 
redesenhando
as correntes
marítimas,
e pincelou
de igual maneira
a mata costeira,
Compõe o soneto
da coroação 
no alto do topo
da Mata Atlântica,
faz de mim 
talvez a última 
alma romântica;
Porque é no dito
como irrelevante,
sempre encontro 
o alucinante 
e o quê faça 
valer dignificante
a existência inteira,
Passo o tempo 
para encontrar 
o tempo nosso,
neste mundo
descrente de tudo
que se arremessou 
da ponte dos afetos.
Talvez um dia
eu compreenda
este desatino do amor
os desencontros e encontros
encantados pela magia
magia da vida
que persegue
que maltrata
não um coração
nem sequer um corpo ou mente 
apenas um etéreo eterno ser.
Os mistérios 
do Universo
e a escuridão 
das noites 
sem você,
sem luar,
e sem paixão
na caatinga
doce e bendita.
Nada jamais
terá o poder 
de te afastar
da minha 
íntima mandala
onde és inteiro
e pacífico
milagre total
do coração,
e fascinação.
Nada deixa 
menos infinita
a inspiração
para trazer
a melodia
dos astros
que encante 
e nos reúna
até a próxima
noite de Lua
neste sertão.
Divina atração
que nua faz 
coreografia
domina
e entretém 
o meu coração,
vou trazer 
você para mim
e irás cair 
como peixe 
na minha 
rede de sedução.
Tens a licença poética,
e até mesmo profética
de criar novas palavras:
por por realismo 
e de sobrevivência 
existencial neolog(ética).
Se não houver mensagem,
ao menos um sentido
doa a quem doer,
não é neologismo, meu amor.
Nem se licença houver 
ou 'permitida' for,
doa a quem doer,
é erro ortográfico, meu amor.
Tens a liberdade da crítica,
e até mesmo ética 
para iluminar 
sem causar dor, 
mesmo que seja 
expressão de certo rigor. 
Sob a luz do amoroso luar
nos campos da hileia,
entenda e não se feche 
como se vivesse numa ilha.
Ao som da sinfonia lunar,
serei a alegria pelo ar
sendo somente tua
nas tuas mãos e de alma nua.
Um recomeço
Estou tão cansada,
Tão sem forças e esgotada.
Estou tão frágil e fraca,
Que uma mosca, é capaz de acabar com a minha raça.
À...
Estou realmente acabada
Com a vida inacabada aqui,  
Mas sinto como se fosse o fim
Mas algo diz pra mim;
"Siga com a sua fé aí".
Mas não sei se ela ainda está aqui. 
Eu estou tentando.
Eu juro,
Estou me esforçando,
Me doando, enfrentado.
Eu estou planejando e arquitetando.
Mas nada que acontece
Veio dos meus planos,
Nada com o plano se parece.
Então volto a estaca 0 
Onde nada minha mente fornece,
Eu cresço  e apareço 
De novo no começo.  
E positivamente ? Pode ser um recomeço!
A garota do trem:
A garota do trem 
Sentada, de fones de ouvidos
E do seu livro uma refém.
Qual será a música que em seu ouvido o fone canta ?
Qual será o livro que seus olhos encanta ?
Parada 1, parada 2 , 3, parada 4 e nada.
Nada, nada dela se mexer, 
Se quer olhar 
E eu a entender,
A querer a me aproximar,
A querer conhece - la 
E ainda mais me apaixonar. 
A garota do trem
É sem dúvidas, o motivo
Que me fez rimar.
É recorrente lembrar 
do período das cheias,
e que a vida por aqui 
nunca foi um 
factóide existencial:
Na Terra dos Homens
que se esqueceram 
das boas maneiras,
e recordar da época 
que o Pantanal 
nunca houve seca,
No meu nostálgico 
rimar interior ainda 
canta a chalana 
nas águas dos rios,
e recorda a Lua
que solitária rompia
a madrugada crua.
Na Terra dos Homens
que se esqueceram
de viver corajosamente,
sem ter medo da vida
das tempestades
e das correntes,...
A Lua que reunia 
estrelas infinitas 
para cobrir cidades, 
aldeias indígenas 
e a tropa que ao som 
da moda de viola 
ao redor da fogueira
se distraía até 
o aguaceiro abaixar,
e com o seu rebanho 
conseguir passar;
Na Terra dos Homens
que se esqueceram
como o peão era 
feliz por vir de longe
para o amor encontrar
e por ele se deixar levar.
Becos do Cerrado
Becos do meu cerrado
Amo a tua melancolia, seca e tortuosa
Teus ipês breves. Teu devaneio encantado
De recantos de chão árido, e flora andrajosa
Teu cascalho roliço, céu cinza e enfumaçado
Deixando a alma da gente, comovida e chorosa
Do pôr do sol nos tordos galhos, luzidio, encarnado
Amo o silencioso horizonte, cheios de tal quimera
Que em polmes dourados e os olhos cheios d’água
Suspiram em poemas de rogo, tal a rudeza, quisera
O vento, em açoites nos buritis, aturando a frágua
Nas frinchas de suas folhas, e que ali então esmera
Que se defende, peleja, viceja e na imensidão vivace
Desenhando o sertão do planalto de intrigante biosfera
Como se a todos nós um canto de resistência declamasse.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina
BRASÍLIA
Brasília, cidade do futuro
Aqui não existe muro
Aqui não tem esquina
Só mora gente fina
Vinda de todo canto
Brasília, que encanto
Tua diversidade.
Brasília, uma cidade
Que acolhe todo mundo.
Candangos construtores
Braçais, nobres, doutores
Nos deram um país
Orgulho mundial
Razão pra ser feliz.
Brasília nos ensina
Que a sorte se destina
Aos que sabem vencer
Vencer os desafios
Cruzar mares e rios
Pra ter felicidade
Brasília uma cidade
Família e aconchego
Aqui não se tem medo
De usar a liberdade.
I
Você prendeu 
No meu cabelo
Somei Yoshino,
Sob a luz da Lua,
Você me fez tua.
Cinco pétalas...
II
No caminho enfeitado
Por rastros de Ichiyo,
Em plena Lua Azul,
Sou tua de Norte a Sul.
Vinte pétalas...
III
Cobriu-me de amor
E de Kikuzakura,
Sempre serei tua,
Muito além da Lua.
Cem pétalas...
I
A Lua pegou
a cor-de-rosa
emprestada 
da Kanzan,
E eu que roubei
um beijo
sabor hortelã.
Flores da árvore...
II
Flores amarelas 
da Ukon são gotas 
que escorreram
da Lua-de-Mel
de um romance
entre ela é o céu.
Árvore e suas flores...
III
Gyoikou-zakura
têm flores verdes,
Como o céu tem Lua;
E estão para nascer
de um amor que 
tem como prever.
Árvore com flores...
I
O teu perfume
de cerejeira
Somei Yoshino,
Neste instante
eu respiro,
Estar com você
lá na Lua,
eu aspiro (...)
Cerejeiras...
II
O teu balanço
de Yamazakura
na ventania,
É algo que vou
sentir de perto
sob a luz da Lua.
Cerejeira...
III
Dizer que só
o amor cura,
Mas ele não 
se cura só,
Para nós basta 
o florir sob 
a Lua de uma 
Shidazarekura.
Cerejeiras e outras...
I
O amor acontece
mais cedo 
do que se espera,
A Kanzakura 
em floração 
anunciando 
antes da Superlua(...)
II
Os meus lábios 
colori com 
o rosa escuro
Kawazuzakura,
E o brilho peguei
emprestado da Lua.
I
Não existe tempo
para o amor,
Ele sempre chega
no seu próprio 
tempo de amor;
Para uns como
um Ichiyo,
Florada julgada
como tardia
na Lua certa 
no mundo da pressa.
Cerejeira tardia...
II
O amor vem,
e por ele coloco
as minhas duas 
mãos no fogo;
A Lua absoluta 
jamais nos trai,
Te garanto que 
o amor vem,
Só quando for 
para o seu bem.
Tardia cerejeira...
III
A formosura 
da querida Lua
se confundiu
com a florada
da Jugatsuzakura,
E alguém disse
que eu é que
fiquei distraída 
sonhando com você.
Cerejeiras tardias...
I
Noite enluarada
bem encostada 
na colunar
Amanogawa,
Não consigo
parar de sonhar:
você virá me buscar.
Cerejeira colunar...
II
Noite de luar
e nós dois
recobertos
pelo enorme
guarda-chuva estelar 
da Shirotae,
Cena que 
da memória 
nunca mais sai. 
Cerejeira cobertura...
III 
Do sul vejo 
o luminoso
Cruzeiro,
Brindada
lembra até 
um Salgueiro,
É Shidarezakura
que distraía
e dançava
como bailarina 
para a Lua.
Cerejeira salgueiro...
Nesta noite silente
pude entender
que me apaixonar 
por você me fez 
outra pessoa;
na vida não há nada
que aconteça
por acaso ou a toa.
Como miragem 
os teus olhos 
fixos em mim 
até se parecem
com dois carros
emparelhados
em alta velocidade
percorrendo 
a minha imagem
como uma 
estrada sem fim.
Entre as árvores 
a Lua surgindo 
no alto montanha, 
fala mais de você 
do que qualquer 
música da moda:
nada mudará 
o inevitável destino.
Não há nenhuma 
conspiração 
que tire a gente
do nosso caminho,
em segredo 
e por adivinhação
sabemos o quê
para nós está escrito.
A primavera está 
dando os sinais
que está chegando,
É como uma cena 
que já tivesse 
assistido num filme,
você dirigindo 
o seu carro esportivo
nas estradas do interior:
Para chegar até o vale 
para viver uma 
viver história de amor,
Para deixar o quê 
não te dá paz,
e nem preenche mais,
Para largar o quê 
não soma 
e não mais te importa;
Para andar descalço,
pescar e ver as horas
passarem olhando
as nuvens no céu,
se despedir do Sol
até a chegada da Lua
e sem a preocupação
de ser reconhecido na rua.
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