Poema da Fome
As sementes que plantarmos produzirão não somente para a nossa fome, mas, também, para a necessidade de muitos.
A luz que acendermos clareará não apenas para os nossos pés, mas igualmente para os que conosco seguem na jornada terrena.
Um grande beijo em seu coração.
R&F Perazza.'.
Se eu não tivesse errado, quebrado a cara, ter sido traído, passado fome e algumas dificuldades. Nada do que me tornei e conquistei, teria tanto valor.
Não me arrependo de nada do que vivi e enfrentei, mesmo tendo derrotas na maioria das vezes. Levantei e prossegui para desespero e críticas de alguns, que presenciaram minhas vitórias e me veem hoje aqui.
Ricardo Baeta.
LUZ DAS ESTRELAS
Certa feita estive numa aldeia.
Lá me deparei com uma menina,
Sua fome me olhava atentamente.
Tinha o nome de luz das estrelas.
Seu pai não se sabia e sua mãe não vinha.
Perguntei-lhe se sonhava. Disse-me que não.
Mas que quando deixasse de ser miúda,
iria ser médica para cuidar das pessoas e dos que vão nascer.
Você sabe o que é poesia?
Não, não a conheço, interpelou-me rapidamente.
Poesia é feita pra gente?
Passei a visitá-la.
Numa manhã que chovia, nova indagação.
Do que você gosta? Prontamente me disse:
Gosto de comida, de escola e de brincar de casinha quando faz frio.
E vou lhe confessar algo.
- Também brinco de agarrar nuvens com as mãos
Carlos Daniel Dojja
Para Luz das Estrelas, em Angola.
A família está com fome
Está desprotegida
Os fazendeiros
Os caçadores
Em alerta
Sabem que os bichos fugiram
Para perto da cidade
Em busca de água
De alimento
Tantos os humanos e animais
Estão expostos
A cadeia alimentar
Está corrompida
Temos que dar um jeito
Aqui perto tem um frigorífico
Nunca pensei que iria me tornar
Em contraventora, mas,
Não tenho escolha
Câmaras frias lotadas
De carnes .... alimentos
Meu lobo ainda anda com dificuldades
Mas já entendeu o que quero
Vamos invadir
Sorrateiramente, isso ele sabe ser
Chegaremos nas portas
E vamos roubar...pasmem....roubar
As carnes
Prometo que não serão muitas vezes
Somente o necessário
Feito entramos, está tão frio
Peças por peças
Vamos levar
Umas cinco idas e vindas é o suficiente
Ver a família alimentada
Descansando ao relento
É animador
Estou Feliz, mesmo indo contra meus princípios
Eu e meu lobo no luar
Agora humanos
E tão apaixonados
Até a lua brilha mais
Com nossos beijos e carícias
Um belo fim de noite
Para nós
Nós somos de um mundo de máquinas
Cópias imperfeitas de uns
Lutando contra a fome e a guerra
Só pra salvar nosso mundo
Nós somos filhos dessa terra
Enfrentamos tudo
Superamos os perigos
Destruímos os nossos muros
Nós não sabemos de nada
Mas fazemos de tudo
Pra acabar com o preconceito
Ou começar o fim mundo
Nós fazemos absurdo
Dizendo que é pro bem do mundo
Criando armas pra guerra
Que acabam com tudo
Como vamos acreditar
Que tudo pode mudar
Se o fogo arrasa tudo
E não quer mais parar
Árvores estão morrendo
Plantas e animais
Correndo contra o tempo
Esperando a paz
Faca é faca
Pão é pão
Fome é fome
Amor é amor
Estranho desígnio das coisas
De serem exatamente elas
Quando as olhamos sem paixão.
Estou com fome
Do seu amor
Sacia-me
Estou com sede
Da sua pegada
Sedenta-me
Estou com saudade
Das suas caricias
Sossega-me
Estou com vontade de você
Devora-me
Estou carente de você
Possua-me!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
CANTO DA PAZ Berlim/DDR 08/1974
E canto a fome, as dores do meu povo.
Canto o trinar do mudo sabiá,
A rouquidão de sonhos destruídos,
A luz,
O ser,
O trabalho criador.
Meu canto é imagem, futuro realidade,
Presente agreste à semente do amor,
Sofrer de um povo traído e humilhado,
O chumbo,
A crise,
O ódio destruidor.
Eu canto o som, da sombra da mangueira,
Que o ninho vela com verde e cálido olhar,
Sacia a sede de terra amargurada,
A flor,
A vida,
O feto do amor.
Eu canto a guerra, sovinas e chicanas,
Canto o detrito das bombas redentoras,
Buscam poder, pimpando a ferro e fogo,
O vazio,
A solidão,
O verme em estertor.
Eu canto o povo unido em uma só voz,
De punho erguido, opõem-se ao miserável,
Lutam uníssonos, sob uma só bandeira,
O sol,
A chuva,
O mundo sem senhor.
Eu canto a luta, vigor e a batalha,
Dos dois opostos, e um há de morrer,
Seus próprios vermes o devorarão,
O sangue,
A morte,
O nutrido ardor.
Eu canto o afago das asas da esperança,
Canto o sorriso do fogo adormecido,
De se livrar, no canto da vontade humana,
Os eus,
Os nós,
A vida p’ro amor.
Eu canto com cantos, versos e bailados,
Pintando o aroma de sua silhueta,
Eu canto ao longe a tinta o pincel,
Eu canto o homem,
Sua obra,
Eu canto a paz.
estremecimentos distais
as unhas se mantêm
é uma fome tolerante à sua vez
cachos de miçangas fazendo o caminho da Guia
o pescoço é guidão em direção
ao triunfo
ao novo
INSACIÁVEL FOME
A poesia é o grito
Que me sobra
E a insaciável fome
Que me assola.
@poetamarcosfernandes
#Minha_África
Prefiro Esconder-me Nessa Parede
Sei Que Irei Morrer De Fome e sede
Mas o Meu Coração Estará Em Paz
Terei O Sossego Que Nunca Tive
Julgam-me Por Ser Negro
Porquê é a Cor Da Desgraça
A Cor da Solidão e Maldade
A Cor da Mentira e Falsidade
Preta é a Minha Pele e Alma
Vermelho é o meu Sangue e Coração
Tenho Orgulho Do Que Sou
E terei Do Que Nunca Fui
Os Brancos São Como a Neve
E Mi Crussificam Por eu Ser Negro Como a Nuvem Negra
Preferia Nunca Ter Nascido
Para Jamais Viver Escondido
Num Mundo Que Não Sou Bem-vindo
Aih, Se eu Pudesse Escolher Entre Ser Branco ou Negro
Eu Seria Azul
A Cor Do Céu e o Mar
#PrimeiroMcPoeta
Pastor
Fui pastor de ovelhas sim!
Ovelhas que tinham fome!
Fome! Fome! Fome! Fome!...
Mas de carne e de carne de homem, enfim.
Não fome, dessa verdade!
Que deviam ter, dela fome!
Mas comeram, carne de homem.
E isto sem ordem e com desordem!
Por isso, me comeram!
Me mataram;
Meu sangue, beberam!
Mas eis que, me dará vida, um pois, que pastor.
Que vem e a quem, mal fizeram!
Mas ele venceu e eu vencerei, com ele, o Senhor!
Não podemos parar, porque se pararmos, alguém passará fome.
E quem tem pernas para andar e braços para agir é responsável por isso.
Sórdido
Seu algoz é fome...
Entre temores ambientais
Mostra se feliz com o mundo que não existe mais.
Justiça se faz de cega.
Se existe alguma justiça?
Nobres
Momento que vivemos apenas pela esperança de viver.
A tendência é o abandono.
Sendo assim mesmo mortos...
Pois é essa a justificativa.
Foi pedido ao tempo
para ficar mais um pouco
Saciar minha fome
Não se nega alimento ao homem
Estava esperando por um pedaço de oração
Deus, bom menino!
Fez muito mais
Me deu asas
Para voar no chão de sabão.
Lar
Se a casa é onde nos sentimos bem,
Faço ao seu lado minha morada.
Jamais passarei fome ou frio, além
De estar no coração de minha amada.
E pelo seu feitiço deveria ser queimada,
Tal qual as bruxas há anos atrás.
Fez-me um servo em sua jornada
Sou um escravo, mas vivo em paz.
Quando quiser me assassinar, se despeça
Não consigo viver sem teu carinho.
Mas me mate, e que não seja depressa,
Prefiro ser torturado, que estar sozinho.
Diante das circunstâncias, onde o discurso de ódio, a palavra de fome e o desejo de mudança de uma nova política invade os nossos corações. Devemos lembrar de amar, nossos irmãos, só queremos dias de paz de misericórdia para que tudo que está a prova, seja ultrapassado e juntos venceremos.
Que assim seja, assim será.
O pão da vida
Antes mesmo de saciar
A fome do ser humano
Tem a obrigação moral
De saciar a fome
(De conhecimento)
Do espírito
Visto que ainda
Nem todos o tem na mesa
E muitos nem mesa tem
Para colocar a dádiva
Que Jesus multiplicou
Para que todos nós
Tivéssemos acesso
No entanto, a mesa é irrelevante
Mas o pão é relevante
Para toda humanidade!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
O rico deleita o que a vida oferece,
O médio trabalha, quem sabe merece;
O pobre calado de fome padece, falece.
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