Poema Casa
CONFIANTE
Tenho pavor de todo país
De A a Z, o que escapar é por um triz
Tenho pavor do mundo
E também de todo mundo
Ouço muito fato fementido
Tenho pavor, pavor do desconhecido
Tenho pavor de abrir a janela
Ou de quem passa perto dela
Na rua até se escuta um oi
Entrei na sala e dela sai
Pensamento inquietante, coração acelerado.
Nenhum vizinho para dividir um segredo
Um monstro sem tamanho
Alvoroço estranho
Garatujo poema, conto, haicai...
O pavor até que se esvai
O vírus fez um tufão de revolução
Mas, a solidariedade invadiu nosso coração
Como uma grande explosão
Anjos labutam por mim, por nós. Momento de reflexão!
Aperto o botão: vírus da molesta
Eu tenho pavor de abrir a fresta
Que dá para o agreste da minha inquietação
Enxergo a placa certa indicando a contramão
Constato em Isaías: "Não temas, pois eu sou contigo;
Não te assombres, pois Eu sou o teu Deus.
Eu te fortalecerei, e te ajudarei,
Eu te sustentarei com a destra da minha justiça".
Um vírus incompreensível ao homem
Até compreensível ao cientista homem
As normas adotadas são essenciais
Vamos ficar em casa porque o nosso Deus é mais
Vivendo um sonho
Uma casa, o campo, você e a 20 km a imensidão do mar,
Agora é só acompanhar o Sol e a Lua subir e descer no horizonte.
As vezes eu tenho um sonho.
Sonho com um lugar, uma cidade, uma casa.
Odiava aquele lugar, aquela casa.
Tinha cheiro de medo e gosto de morte.
Não morei lá por muito tempo.
Só o suficientes para nunca mais querer voltar.
Sinceramente não fui feliz.
Pelo visto isso ainda me atordoa e raramente quando passo na sua rua.
Fito a fachada, o beco e sua escadaria no final oculta pela escuridão.
Não sinto nada além do vazio.
Do lugar, da casa e das pessoas.
Tão perto, e ao mesmo tempo, tão longe - Prosa
Que difícil essa situação, de estar tão perto de você e,
ao mesmo tempo, tão longe, sem poder tocá-la.
É tão chato, estar a alguns passos de você e, não poder abraçá-la.
Desejar loucamente esses seus lindos lábios, mas não poder beijá-los.
Querer mergulhar na imensidão do seu olhar, mas ter que se contentar apenas com o doce tom da sua voz.
Parece que mesmo depois de tanto tê-la procurado e desejado conhecê-la, tudo parece querer tentar nos impedir de ficar juntos.
Confesso que estou a ponto de explodir.
Menina, o que é que eu tenho que fazer para ficar ao seu lado?
O que é que eu vou fazer com todo esse desejo que não aguenta mais ficar sufocado aqui dentro do meu peito?
Na rua, não posso parar você.
No mercado, nem pensar em conversar com você.
Se olho para o rumo da sua casa, não a vejo do lado de fora.
Por que vive a se esconder de mim?
Diga-me! O que eu preciso fazer para ter você?
Olha, eu acho que vou acabar adquirindo a famosa paciência de Jó.
Você já ouviu falar de Jó?
Do quanto ele foi paciente?
Mesmo passando por todas aquelas provas e tribulações, chegou a perder tudo e todos, mas mesmo assim, não blasfemou contra seu Deus e, o grande prêmio, ele conseguiu.
Por ser paciente, teve tudo restituído em dobro.
Prometo!!!
Vou tentar buscar a paciência de Jó, para que nossa história de amor tenha um final feliz.
Mas não posso lhe prometer que não sofrerei até esse dia chegar.
Te desejo todos os dias.
Se fico um dia só sem vê-la, parece uma eternidade.
E saiba que isso nem é o pior.
Pior que não ver, é vê-la, e não poder ter você.
Tão perto, e ao mesmo tempo, tão longe.
Passeando pelo jardim da minha casa
Rego minhas flores
Que representam minhas convicções
Que cresceram nas terras das dores e valores
Até a mais fortes das certezas são oscilantes
O infinito mora em todos os instantes
O dia morre e o escuro aparece no horizonte
E o que é perfeito era o sorriso que seus lábios escondem
Saio do jardim, entro na sala
Sento no sofá e o ócio me consome
A TV reflete meu rosto
Ao ligar, os meus traços somem
Gosto de descansar os olhos
Os males da sociedade se dissolvem
Minha pálpebra filtra a luz
Sonho que os problemas se resolvem
Acordo e as horas voaram
Pela porta da sacada entre aberta
Voltando o olhar para o jardim da infância
Que visitei mais cedo, é o único lugar que visito o dia inteiro
Na minha mente,
ela passeia livre,
parece que está em casa,
ultrapassa os limites,
minha paz se ausenta,
minha alma se cansa,
as lembranças são uma tormenta
e ela não vai embora.
Uma bagunça pode serum vestígio de vida
como uma cama desforrada
após trocas de carícias
e cabelos assanhados
ou crianças brincando
pela a casa, ativas
com seus brinquedos espalhados
portanto, nem toda desordem é negativa,
que graça teria se tudo fosse sempre organizado.
O amor é algo transformador,
transforma uma casa em um lar,
um simples abraço ganha mais valor,
dá vigor ao cansado,
enche de entusiasmo pra lutar,
portanto, na vida,
deve ter o lugar reservado
como um ilustre convidado
que não deve faltar.
Acabei encontrando recentemente esta pena no meu quarto, certamente, algum pássaro apareceu quando eu não estava, entretanto, posso imaginar que talvez seja o indício de que na minha ausência, um anjo veio, uma mulher intensa, de asas belas e grandiosas, lindos cabelos, traços distintos, presença que infelizmente não pôde esperar, saiu às pressas e deixou para mim, mesmo sem querer, esta lembrança tão singular.
Consigo visualizar claramente toda a cena, imagino ela sendo de uma realidade alternativa, em uma outra galáxia, de um céu incrível, que havia se perdido e buscava com o afinco o caminho de volta para casa, uma busca incansável, não é à toa que não pôde ficar, deveria estar muito preocupada, algo muito inusitado como se de alguma forma os nossos mundos estivessem conectados.
Não sei por qual razão de ela ter vindo parar aqui, provavelmente, nem ela saiba, mas espero que ela tenha conseguido voltar para o seu mundo e se um dia vier aqui novamente, que eu possa estar presente para recebê-la de um jeito bastante agradável ao ponto de ela querer visitar-me outras vezes para avivar a minha realidade por meio de sentimentos veementes e deslumbramentos inevitáveis.
Particularidade de um acontecimento marcante, imaginado, resultante do meu imaginário fértil e da minha mente poética, ambos facilmente provocados, ainda que por uma imagem profusamente singela por esta apresentar uma simplicidade admirável que possui um rico detalhamento, assim, alguns dos meus versos são criados, pensamentos motivados pela imaginação, uma inspiração com significado.
Lembre-se
Preocupações com recuperação econômica, dívidas e financeiros afins
São coisas de quem está vivo
Fique em casa!
Eu não queria que houvessem construções...
Casas ou ruas pavimentadas
eu não queria!
Eu queria que fosse tudo árvore
E que morássemos na árvore...
Queria que o mundo fosse mato!
Que só ficassem de pé
os museus
os teatros
as bibliotecas públicas
os templos religiosos que pregassem o amor e a caridade...
E as casas de chocolate!
Catarse
O coração é casa; se desfaça do que já não lhe serve mais, jogue a bagunça pela janela, faxine sala, quarto e cozinha e convide o Amor para entrar.
Não há Segredo.
As famílias são as pequenas
células do mundo, famílias sadias,
mundo sadio.
Quer um mundo melhor?
Comece cuidando da sua família.
Plagiando o irmão Luiz Gonzaga em sua canção "Acácia Amarela", transcrevo minha versão...
Ela é tão linda, é tão bela,
Aquela Casa Espírita que nos ensina a sermos justos e buscar a elevação espiritual, a perdoar e sermos indulgentes, amar e servir.
Sou um Trabalhador da Última Hora, que sirvo sem esperar nada em troca, seguindo os ensinamentos do Mestre Jesus Cristo.
Ali todo mal é enfrentado, e somente o Bem e a crença em Deus e em Jesus Cristo, nos mantém firmes na seara.
Vivemos em Harmonia com a Lei Natural!
Que assim seja!
Por: Alberto Mesquita
Existem dois tipos de relógios, um que mostra o passado e o outro que mostra o futuro.
Existem dois tipos de automóveis, um é a realidade e o outro é um sonho.
Existem dois tipos de casas, uma para descansar e a outra para desfrutar.
Existem dois tipos de alimentos, um para o corpo e o outro para a alma.
Existem dois tipos de vinhos, um para copos e o outro para taças.
Existem dois tipos de cafés, um para a luta e o outro para a vitória.
Existem dois tipos de lugares, um é um paraíso e o outro é um inferno.
EXÍLIO
As almas livres dão o impulso
Sangue no pulso andam sem susto
Em cada passo embalo pro voo
Retorno à casa, cheiro de bolo
Bom de alçar, também de voltar
Felicidade em qualquer lugar
Toda moeda tem seus dois lados
Deixe a tristeza um fardo exilado.
CAIOU A CASA
E o que foi lar virou escombro
Caiu a casa do Abreu
Um santiaguense sem mais forma
Falou da vida e seus tombos
E com palavras mundo ergueu
Caiou na alma uma reforma!
Benfica
Na casa do meu avô estávamos à lareira,
Meus irmãos e eu, e um cão também,
O cão ao lume fazia asneira.
Mexendo no que o lume contém.
Meu avô era surdo, da muita idade.
Meu irmão, muito irado...
Ao cão repreendeu, com autoridade,
Pois já estava muito danado.
Põe - te quieto Benfica...
Sossegado, já fica!
O cão parou de inquietar,
e do lume estragar...
Mas meu avô perguntou:
O quê ? É uma cadeia Jacinta?
Porque o ouvido não escutou.
Que era o cão nome Benfica.
E nós rimos bastante,
Deste episódio emocionante.
Da cadela Jacinta...
Que era o cão Benfica.