Poema Canção
"A Canção da Guerrilheira"
Prendi meus cabelos com um lenço vermelho;
Alcei ao ombro o meu fuzil
E me pus a caminho, naquela tarde de sol
Em que disseram que êles viriam nos fazer escravos.
Minhas mãos que, antes, teciam, na fábrica, o linho mais puro,
E que tinham carícias de arminho se afagavam a face do homem amado
Quando voltava do campo,
Não tremeram de mêdo ao amarrarem na minha cabeça loira o meu
[lenço vermelho.
Estavam nervosas apenas de ansiedade.
Eu não fiquei em casa como um traste inútil,
Enquanto, ao sol, êle semeava o trigo
Para que o pão não faltasse aos inválidos, às viúvas e aos órfãos dos
[proletários.
Não! Eu não quis ficar á espera do guerrilheiro,
Como uma escrava inferior, enquanto êle se bate
Para que, no mundo, não haja escravo nem senhor.
Por isso é que eu aprendi meus cabelos loiros com um lenço vermelho,
Alcei ao ombro o meu fazil
E me pus a caminho, naquela tarde.
Que diria de mim a geração que virá
Que não conhecerá escravos nem senhores,
Se eu ficasse à espera dêle, de mãos cruzadas, como uma escrava,
Enquanto o sangue redimia a terra?
É canção a voz que chama quando o coração clama...
É sol em meio a noite escura, olhos que brilham na brecha da porta da partida, revelando assim sua chegada.
É poesia pés que caminham pelas ruas, sem saber o rumo certo onde o coração levará.
UM MINUTO DE SILÊNCIO
Naquele minuto que pensares em mim
Em silêncio, ouça minha canção
Que eternamente soará aos seus ouvidos
Trazendo calma ao seu coração
Naquele minuto que lembrares de mim
Em silêncio, deixe uma lágrima rolar
Saberás que o passageiro é eterno
Nunca se sentirá só quando pro céu olhar
Minuto de silêncio
Silêncio...
Noite, parece que ouvi tua voz. Sussurros...uma canção rolou no silêncio. Senti teus olhos a procura dos meus. Nos tocamos a distancia: arrepios passeou pelo meu corpo, teu cheiro invadiu minha mente, senti teu toque.
Abraços, nossos corpos confidenciaram desejos, vontades...loucura, eu e você colados...nos amamos repetidamente.
Amanheceu !
Iara... você é a mais linda canção... que jamais...
Alguém cantou...Você é uma jóia, ...a mais...
Rara que Deus colocou em nossa Família Ferreira,
Assim, pra nos deixar apaixonados pela canção verdadeira!
O AMOR
O amor é a canção sem som
Multissonora de arranjo bom
Simples feito passar batom
Saboroso tal qual bombom
O amor é a canção cantada
Poesia mil vezes recitada
Amada e vituperada
Porem jamais desprezada
O amor é a canção sideral
Nexo do físico e o transcendental
De eterno que se faz casual
É verso e reverso afinal.
CANTAROLANDO O SERTÃO
E essa minha canção
tem cheiro de terra molhada
atravessando a estrada
no meio do mato verde.
É uma cantiga faceira
que traz lembrança estradeira
e na fonte de água docinha
eu vou matar a minha sede.
Cantando eu sigo os caminhos
canta o galo e os passarinhos
a chuva que molha essa terra
e a semente que vou plantar.
A vida aqui no sertão
que alegra o meu coração
e a lua da cor de prata
me convida a enamorar.
E quando é de tardezinha
com aquela beleza todinha
as cores lá no poente
presente no mesmo prazer.
Mas quando chega o dia
o sol é quem irradia
seu brilho e a sua luz
que a natureza quer viver.
Canção de um medíocre
Nada me magoa
Nada me fura
Nada me pertuba
Sou um espírito livre
Livre sou
Ando vagando nas ruas
Errando meu caminho eu vou
Nas noites escuras
Com o céu nublado
Uma estrela a brilhar, e
Uma lua a me guiar
Me vem tristeza
Solitude e um doce sereno
Me batendo no rosto,
Me sinto tão lento
Meus pés fluem no chão
Noite sombria
Canção
Canção...
O mais lindo galanteio,
Doce fonte murmurante.
Razão?
Meu amor que ainda nã veio,
Que espera intrigante!
Paixão...
Esse clarão que ilumina
A madrugada provocante.
Coração...
Sentimento que fascina,
Mil beijos a todo o instante.
Ilusão...
Quando a rima é só ornato
Ondulante e sem sentido.
Minha canção!
Que melodioso aparato!
Acordes que não olvido.
CANÇÃO SERENA
(Rayme Soares)
Teu olhar paralizou o tempo
Estancou na minha lembrança
E a paz do teu movimento
É, agora, o que me alcança
Sabendo dos teus anseios
Não sou o mesmo agora
Além dos meus receios
Parece estar chegando a hora
Só as iniciais da canção serena...
Canção da Liberdade
Eu só tenho a vida minha. Eu sou pobre, pobrezinha,
tão pobre como nasci,não tenho nada no mundo,
tudo o que tive, perdi. Que vontade de cantar:
a vida vale por si.
Nada eu tenho neste mundo, sozinha!
Eu só tenho a vida minha.
Eu sou planta sem raiz
que o vento arrancou do chão,
já não quero o que já quis,
livre, livre o coração,
vou partir para outras terras,
nada mais eu quero ter,
só o gosto de viver.
Nada eu tenho neste mundo,sozinha!
Eu só tenho a vida minha.
Sem amor e sem saúde, sem casa, nenhum limite,
sem tradição, sem dinheiro,
sou livre como a andorinha,
sua pátria é o mundo inteiro,
pelos céus cantando voa,
cantando que a vida é boa.
Nada eu tenho neste mundo, sozinha!
Eu só tenho a vida minha. (1943)
Canção do amor livre
Se me quiseres amar não despe somente a roupa.
Eu digo: também a crosta feita de escamas de pedra
e limo dentro de ti,
pelo sangue recebida tecida de medo e ganância má.
Ar de pântano diário nos pulmões.
Raiz de gestos legais e limbo do homem só
numa ilha.
Eu digo: também a crosta essa que a classe gerou
vil, tirânica, escamenta.
Se me quiseres amar.
Agora teu corpo é fruto.
Peixe e pássaro, cabelos de fogo e cobre. Madeira
e água deslizante, fuga ai rija cintura de potro bravo.
Teu corpo.
Relâmpago, depois repouso sem memória, noturno.
Canção pro Ar
12 de janeiro de 2013 às 23:57
Nuvem passageira
Alma perdida nos céus de redemoinhos,
Tentando esconder o Sol que habita antes de ti...
Vem com o vento forte de maus presságios
Tolos, loucos e aflitos.
Percebem suas tranças além dos sentidos.
Faz declínio no infortúnio,
Quando ouve seu chamado
Nuvem passageira
Segue em frente
Imutável pensamento,
Varrendo a poeira suja do ar...
Kadu Costa
A música toca voce em mim
Em cada melodia de amor
Mais quero tê-la aqui
Minha maior canção será em teus ouvidos
Para sempre escutar a melodia de seu sorriso
Tens
Tens o sabor,
A essência do amor que me embriaga
Tens como uma linda canção,
A voz que me acalma
Tens o calor
Tens a pureza da flor
Tens a paixão
Tens meu amor
Tens o sorriso mais lindo
Tens o olhar mais belo e límpido
Tens a paz que quero e preciso
Tens tudo,
Tenho tudo,
Tenho você
tenho uma surpresa ouça meu coração
essa é canção tem para calar tua alma...
vivo a muito tempo com desejo
sinto ador do tempo que te deixou...
veja madrugada é uma surpresa
te la minha com minha doce imortal...
morremos a muito tempo atras
sinta minha voz através do tempo
acorde desse sonho sinta minha alma...
todos anjos estão mortos...
apenas pelo desejo de ter teu amor...
sinta minha voz através do amor
a canção calou os imortais...
sinta minha alma clamando
por mil anos vivo nas paredes da solidão
clamando pelo teu coração...
sinta morte não é para todos...
Canção da chegada
Quando se espera – eles sempre voltam para aquele abraço. Os filhos estão livres e, os pais esperançosos – que eles sejam felizes. Os filhos voam e procuram algum lugar para viver a nova realidade que se apresenta. Estamos sempre abertos - para qualquer “visita”. Há um vínculo agora modificado pelas circunstâncias. Eles sempre serão filhos e nós sempre seremos pais.
Um operário
Eu, um operário da canção e da palavra. Sofro desde a infância a influência destes esnobes de charuto na boca. Eu, um pobre espírito solto a qualquer sorte. Arremessado pelo vento. Não esqueço que sou uma insignificância. Um pequeno pequeníssimo que espera a sua vez para atacar – mas sabe que vai alcançar apenas o calcanhar.
