Poema Azul
Tombei distraidamente
no azul do dia
e me perdi em seu olhar de luz.
Das nuvens que fugiram sorrateiras do céu
ouço a cantiga do vento e em seus acordes me embalo
como a criança no balanço do parquinho da praça
sem pensar em nada.
Só o instante interessa:
o raio de sol que aquece o corpo
a palavra amiga que acaricia a alma
a sentimento infinito de ternura e mar.
O amor, jamais prescreve ...
AZUL NORDESTE.
A natureza aqui investe
sempre surpreendendo
entre o sol e o azul celeste
nosso povo vai vivendo
quem não veio no nordeste
não sabe o que está perdendo.
BORBOLETA AZUL
Borboleta azul que pousa no meu ombro e faz-me sorrir
Suas asas são brilhantes ao dia, a noite apagam.
Onde está teu brilho borboleta azul?
Por que quando preciso não a encontro?
Borboleta azul, minha borboleta azul!
Por que me enganaste?
Por que fizeste-me ver teu brilho, se não podes iluminar-me?
Por que não me revelaste que não podias voar?
Borboleta azul, acabaste com minha alegria
Fizeste-me viver fantasias
Destruíste meus sonhos, meus projetos, minha vida!
Borboleta azul o que fizeste?
De perto nem mesmo ao dia brilhas!
O que era aquele azul?
Não era azul, não brilhava, não era borboleta.
Velejaste pelos oceanos de azul celeste
Estendi a toalha, expus meu corpo aos raios solares, adormecendo a minha alma, sobre a areia com a saudade da tua imagem que não consigo esquecer.
As ondas de vez enquanto vem bater no meu corpo salpicando os meus pensamentos de saudade e de dor.
O mar já não pode trazer – te
Velejaste pelos oceanos de azul celeste.
Mergulhei um pouco no silêncio para ouvir o burburinho das ondas que vinham até mim rasgado pela sonoridade do vento numa ondulação sibilante como as cordas de uma harpa – eólia entoando os mais belos sonoros sons.
Tal como o mar se enrola e desenrola na areia
Eu desenrolo a saudade
Onde sinto na espuma das ondas toda a essência de ti.
Céu
Esse olhar que provoca o silêncio
Nuvens estes rascunhos,
Transmitem paz
Azul, essa imensidão
Viagem na perspectiva dessa ótica infinita
O Céu clarea ou escurece?
Tempestades, sombrios estes tempos momentâneos.
IMENSO CÉU SEU
Com ou sem turbulência
O azul daqui de cima
É o imã que prende minha alma
E seus olhares
Brados, pungência...
Algodão celestial
Sobre a imensidão salgada – nu paladar
Doce, no olhar
Traz o que é bom
Ceifa o que é mau
O bem suplanta o sal.
Aroma comestível
Frágil semblante natural
Naturalmente, água e sal
Que do céu ganha um presente
Um azul quase que onipotente
Que traz um sentido - ou vários - real e
Ambivalente
Dualidade do horizonte
Ou horizontes
Retidão do universo sem fim
O azul, o Branco
O mar que morre em mim.
Luciano Calazans. Céu Brasileiro, 02/09/2017
Á minha poesia
Poesia acabada, de nuvens fostes feita.
Um pouco do azul do céu tivestes.
Dos raios do sol ganhastes forma luz,
e as tuas rimas.
Minha poesia, que bom seria ter-te bem
junto nas folhas do pensamento, que
trazem pelo vento, as tuas rimas.
Rimas feitas de estrelas, que te cercam o
tempo todo.
Em tua nuvem bem branca, por entre elas
passeias, alheia a tudo que se passa.
Voa bem baixo poesia trazendo o teu encanto
à quem de ti longe está e te respira, tanto.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. ACLAC, Cabo Frio- RJ
Membro Honorário da A.L.B/ São José do Rio Preto- SP
Membro Honorário da A.L.B/ Votuporanga – SP
Membro da U.B.E
Coloque uma blusa de mangas longas
De tom azul escuro
Para esconder seus cortes
Sorria quando os outros rirem
Diga está tudo bem
Quando perguntarem como está
Chore sempre
Que estiver sozinho
E se exploda de vez em quando
Para amenizar o sofrimento
E de repente, era um, eram dez, eram milhares
Sob as asas azul da liberdade, nascia o estado de Palmares
Mas não tardou, e a opressão tentou calar não conseguiu
O brado da vida contra a morte, no primeiro estado livre do Brasil
Forjando ferro de Ogum, plantando cana e amendoim
Dançando seus batucajés, pilando milho e aipim
Fazendo lindos samburás, amando e vivendo enfim
Durante cem anos ou mais, Palmares viveu assim
tingi minha intenção
de azul anis
era apenas mais um corpo
na cidade do sol
mas minha vontade era púrpura
e meu desejo, vermelho
O sol e o céu
O céu
É azul
Mas o
Seu
Céu
Tem a cor
Que você quer
A cor que
Você pinta
E reflete
Em você
A cor
Que escolheu.
Às vezes chovem
As gotas
Da sua tonalidade
Cuidado com a tempestade
Não deixe ela te levar
E depois dela
Por mais que o céu...
mude a sua cor
O sol
Brilhará novamente
E a cor do sol
É uma só
Para todos.
Ela te iluminará
E te guiará
Em todos os momentos.
Nunca deixe
A chama
Se apagar.
Ela estava com o seu olhar perdido na imensidão do mar azul quando me perguntou:
-Onde foi que errei? Se o que eu sempre quis foi apenas fazer o que de melhor há em mim!
- Não se culpe minha pequena! Nem todos estão preparados para receberem o que oferecemos com a sinceridade do nosso coração. Entretanto, ainda que o seu melhor não seja reconhecido, faça assim mesmo! Nunca perca a sua essência! Seja você a diferença!
UM POEMA COMO MEDALHA
Era um menino pobre, pequenino.
Não sei se teve pipa de papel azul,
Nem barquinho na enxurrada.
Não sei se viu papai-noel na chaminé,
Ou se alguém lhe contou estórias encantadas.
Era um menino...
Que cresceu e cresceu...
Contou-me estórias e se vestiu de papai-noel
por tanto tempo na minha memória.
As estórias que ele me contou, eu não sei quem lhe ensinou.
Esse menino tão pequenino!
Cresceu e cresceu...
Hoje, herói de tantas batalhas!
Porém, sem medalhas.
Mundo Azul
Ter um filho autista é ficar noites e madrugadas sem dormir, tentando sincronizar as batidas do coração com os passos agitados num descontrole sensorial interligados numa estereotipia confusa e irreal e também das crises repentinas que desaba num mundo de ilusão, da mãe que fica sem teto e sem chão…e mais uma vez a noite passou e o dia recém começou nessa vida que segue por um caminho que o destino traçou...
nesse mundo azul que gira sem parar que deixa sempre esse enigma no ar...
Despertar
Hoje a natureza me surpreendeu,
O céu se apresentou de azul,
Colorindo o meu despertar,
Pude sentir o aroma do seu perfume,
Quando chovia e o sol ainda a brilhar,
Percebi que tudo seria diferente,
Ao lembrar o seu jeito de beijar,
Parecia um sonho inacabado,
Sem dia e hora para terminar,
Onde pude provar o sabor de seus lábios,
Por um longo tempo sem respirar,
Sem ao menos ao seu lado estar,
Entretido pelo mais doce e caloroso beijo,
Entre dois corpos a entrelaçar,
O entardecer veio se aproximando,
Com a chuva cessando rapidamente,
E o sol lentamente no poente a se deitar,
A noite surgia consigo trazendo o luar,
Com o céu ainda limpo sem nuvens,
Somente com as estrelas a enfeitar,
Contrastando com sol no horizonte,
E os seus lindos raios a iluminar,
Formando a mais linda imagem,
De uma inesquecível miragem,
Que entre sonhos e realidade,
Alguém pudera contemplar.
Jose Romildo Duarte 01 / 02 / 2020
SURGIR O DIA (soneto)
Tinge-me o horizonte do cerrado... Agora
Rubro, no céu azul, num fascínio profundo
De fogo, tinge as nuvens em um segundo
Nesta encenação, exibe, o raiar da aurora
A madrugada, crespa, num ato facundo
Poetando o sertão, e, pelo sertão afora
Solta o véu do dia, numa lindeza sonora
Revelando as curvas do cerrado ao fundo
Mas antes busca a magia com que pinta
Com o colorido diverso de tal grandeza
Usando a quimera como abrasadora tinta
Eclode, deixando a melancolia e a mágoa
Aos pés da noite, cobrindo de luz e beleza
E pondo pasmo os meus olhos rasos d’água
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Mar de amor!
Mar de amor!...
Vem pra mim meu mar azul com cheiro de amor,com fragrância de jasmim ...
Vem me dar esse prazer com a volúpia infinita da magia...
Há mar de desejos que enche meu coração de paixão êxtase, me envolva com a carícia das ondas e refresca minha pele do fogo do seu amor, deixa o vento secar o suor que banha a minha essência eloquente de tanto frisson... Licia Madeira
Se em destaque está seu céu azul
Pra mim tudo bem.
Na ótica desregular
O colorir está
No silêncio do orvalho da madrugada.
Onde cessam os sentidos
Onde repõe-se o brilho
Onde a lua clareia
As estrelas no azul em tom mais escuro.
Onde se entrega a exatidão
Em uma caixinha de reposição
Amanhã é um novo dia
Qual será o sentimento que escolherá minha personificação.
Repousa em escuridão
Crendo na luz do novo dia
Até vive no vento
Mas se descobriu na poesia.
Rosa no céu azul
Te beijei os ombros
Você que me contou
Sobre os seus assombros
Assombros de amor
De lá do fundo do seu mar
Pedi a minha amiga lua
Que ilumine a fria estrada de barro
Coberta pelo lençol azul do céu
Onde as grandes árvores dançam como bailarinas
Seguindo os passos do vento que sopra em meus ouvidos
Notas de piano coloridas e enternecedoras
Cravando em minha pele diversos tipos de emoções
Fazendo os sentimentos unificarem-se a minha alma
Como a vista do topo da montanha que eternizou-se
Igual ao brilho dos meus olhos que comandaram meus pensamentos
Como o beijo das estrelas naquele oportuno momento.
