Poema Arte
A arte
É a eterna amante da natureza.
Permanece nos seus olhos
Para ver a toda a verdade e Beleza.
A arte
É o caminho para regressar a casa
Porque a alma tem asa.
Toda a arte, no futuro,
há-de ter na inspiração
qualquer coisa de obscuro
para ter aceitação.
I
Do modo que a evolução
toma conta dos humanos,
de pouco valem os planos
por obséquio à união…
e no meio da confusão
vai-se o génio do ar puro
para o negro quarto escuro,
onde a arte pouco medra,
e será feita de pedra
toda a arte, no futuro…
II
Meu perdão às esculturas,
de talento absoluto,
oposto da pedra em bruto
que citei nas conjecturas
destas linhas mal seguras
ao fim da premonição,
dedicada à multidão
que me mostra, na remessa,
o que o monstro, sem cabeça,
há-de ter na inspiração…
III
E haverá num só poeta
muitos ais enfurecidos,
como os cromos repetidos
da mais longa caderneta…
bramirá todo o planeta
os rugidos que auguro,
de cabeça contra o muro
da fronteira irracional
Deixando ver, afinal,
qualquer coisa de obscuro…
IV
Nas árias inteligentes,
as notas são escusadas,
se o barulho das cabeçadas
são graves e estridentes...
os sinais são evidentes,
ante a turva ebulição,
destinada à profusão
do humano em estado bravo,
e o artista será escravo
para ter aceitação...
António Prates
Tanto Abril, tanta fartura,
e nesta arte, salvo seja,
deixo aos fãs da ditadura
trinta anos de censura
e outros tantos de inveja.
Nesta arte tão sublime,
De palavras estridentes,
Há os poetas do regime
E os que são independentes.
Básicologia é a arte de se bastar,
De amar a si mesmo sem precisar provar,
De viver o simples, o real, o agora,
De encontrar na leveza a alegria que aflora.
Ah! o amor... vive fazendo arte.
É sempre melhor em outra parte.
Chega, reparte e parte.
Faz parte da vida real,
faz você acreditar no irreal
e vai embora no final...
Ah! o amor... perfeito...
quase sempre é irreal.
Palavras de arte
Um caminho colorido
De poesias por todo lado florido...
Um perfume no exala no ar...
Minha vontade é grande de viver a poetar.
Fazer poesia é meu vício.
Meu divã... meu hábito profilático...
Continuo semeando rosas...
Faço isso em verso em prosa.
Assim venço os espinhos.
Semeio amor pra todo lado.
Venço a guerra...
Apago as tristezas...
Mostro da vida todas as suas belezas.
Com métrica e rima as palavras vão nesta tela branca aparecendo...
Nunca me canso desse afã...
Poetizando... pelo caminho da vida sementes de arte vou semeando.
A hipersensibilidade é premissa da arte..
A arte é premissa para um mundo mais humano...
A humanidade rejeita os hipersensiveis...
Talvez o mundo não mereça a arte...
Mas não há humanidade possível sem sensibilidade.
Se você estiver interessado em direção de arte na moda não é suficiente para olhar para a moda. Você tem que olhar para tudo.
O sonho é a crença e esta última é o combustível para mobilizar equipes, contagiar funcionários, despertar talentos e, de maneira transparente e justa, fazer todo mundo participar dos resultados, pecuniários ou não, imediatos ou não.
Todas as obras de arte são de acesso bastante difícil. Se um leitor as julga fáceis é porque não soube penetrar no coração da obra.
A arte tem o dom de expiar pecados. Ela nos devolve a coragem no momento em que a fragilidade insiste em soprar em nossos ouvidos a frase da desistência, do abandono da luta.
Nosso maior prazer neste mundo são os pensamentos agradáveis e a grande arte da vida consiste em tê-los no maior número possível.
A Desculpa é a arte de se redimir da maneira mais simples,
porém, o uso excessivo dessa expressão, anula seu poder de redenção!
O autor aos seus versos
Chorosos versos meus desentoados,
Sem arte, sem beleza e sem brandura,
Urdidos pela mão da Desventura,
Pela baça Tristeza envenenados:
Vede a luz, não busqueis, desesperados,
No mudo esquecimento a sepultura;
Se os ditosos vos lerem sem ternura,
Ler-vos-ão com ternura os desgraçados:
Não vos inspire, ó versos, cobardia
Da sátira mordaz o furor louco,
Da maldizente voz e tirania:
Desculpa tendes, se valeis tão pouco,
Que não pode cantar com melodia
Um peito de gemer cansado e rouco.
A poesia não é senão apenas uma forma da música. Ela é submetida às mesmas leis do ritmo, da vibração, que são as leis da vida em seus estados superiores.
A inspiração apresenta-se sob duas formas: uma pessoal, e outra mais ampla, transmitida pelos espíritos elevados, que retiram para a arte elementos das mais puras fontes e comunicam seus efeitos a um ser que os põe em obra por seus meios próprios e naturais.
Os grandes músicos terrestres podem, como os outros artistas, receber a inspiração, seja do espaço, seja como resultante de trabalhos anteriores. Trata-se exatamente do mesmo fenômeno que se produz com os outros artistas.
Num encontro de dois líderes, um empregado do líder Número Um irrompe no local, vociferando e cerrando os punhos. O líder Número Um diz: "Queira ter gentileza de se lembrar da regra número seis." Imediatamente o homem se recompõe, pede desculpas e se retira. Isso acontece mais duas vezes. Finalmente, o líder Número Dois não se contém e pergunta: "Qual é a regra número seis?" "Não se leve muito a sério", responde o Número Um. "Esta é uma regra boa", diz o Número Dois, "quais são as outras?" "Iguais a esta", diz o Número Um.
Todos os dias eu descubro mais e mais coisas bonitas. É o suficiente para enlouquecer. Eu tenho tal desejo para fazer tudo, minha cabeça está estourando com ele.