Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Hoje eu me vesti de preto
Tirei o sorriso do rosto
Deixei mil lágrimas caírem em meu corpo
Contraí as mãos e rezei
'que os céus ouçam minhas preces'
'meus pedidos sem êxitos'
'minhas súplicas e desejos'
As mãos pequenas que não seguram moedas
O corpo sem fluxo, sem malícia
A boca que deseja o seio da mãe e nada mais
Criança linda 'lamento'
O que fazes aqui
nesse buraco de tormento?
Seus olhos voltados para as nuvens
O sol e o universo
Mal sabes que na verdade tudo é o inverso
Sem magia
Crescerá louca e preza em uma esquizofrenia
E será eternamente feliz se for fria
Transborde, respire, beba da água
MATE
a sede
Encontre seu interior
Deseje, almeje
Não pare, repasse
Se livra, se joga
Não pense, repense
A PLENITUDE É O HORIZONTE DO SER
E A MAIOR MALDIÇÃO DA HUMANIDADE É CRESCER
Vozes guardadas
Sonhos aparecendo
O sussego da vida tomou conta de mim
O preto da escuridão ficou sem fim
A estrela brilhante
A lua magnífica
Cantam o silêncio da noite
Tirando o berro das pessoas tão forte
Deixando o medo dos sonhos surgirem
Escureça, e deixa o preto brilar em minha vida
Dia-pos-dia, caminho sem saída
Mentes apedreijadas com o sono
Olhos ocultos pedindo socorro
A noite tirou a minha voz e deixou o silêncio
O medo volveu-se em obscuridade
Ou, É, ou, É, Hei...
O silêncio da noite, O silêncio da noite
O som da escuridão
Vozes rogando perdão
Berros guardados sem permissão
Ou, É, Ou, É, Hei... O silêncio da noite
Se eu preto e branquear o horizonte
Desnudaria todo verdejar
Faria muitos tons de cinza
E tiraria o azul do céu
Não teria nuvens cheias
Nem flocos brancos formariam estas imaginações
Se descolorir...
O TIGRE E O SOL
Uma deusa pintou o mundo de amarelo e preto
pôs duas presas, muitas surpresas então surgiu o tigre
quando o sol se punha
a tigresa era o punhal no peito do pensador
seus beijos eram as unhas
que arranhavam o amor
e quando o sol se nivelava com a floresta
o tigre pulava pros trópicos em chamas
o tigre urge e o tempo ruge,
quem diz o contrário se engana.
Nas noites os olhos do tigre iluminava as savanas
predador sem igual ele caça o sol
ou o calor que emana no sangue
o tigre e o sol viram as florestas arderem em chamas
viram as árvores tombarem
ante a violência humana
e a solidão felina aderiu a noite como caminho,
a solidão como ninho
e o crepúsculo como o carinho da diva solar...
A minha Ribeirão Preto não é a gênese, é a revisita. Não é a metrópole , é a cidade pacata do quarteirão francês. É onde o público ensina e forma os jovens a se transformarem líderes da coisa privada.
É a cidade largo, outrora capital da cultura, do renascimento, do experiente cheirando a novo.
É a do Teatro do Imperador, das praças e do cafezinho. É Única. Altiva, capitaneia a região soberana , congrega os locais.
A Ribeirão pela qual me apaixonei é a do Otoniel, do antigo e , ao mesmo tempo, renovador, colégio Estadão. Diretor herói do Sertão, que clamava pelo Hino Nacional com respeito e orgulho.
Ribeirão, das domingueiras recreativas aos sábados da Nove de Julho. É a cidade dos nomes globais. De Heraldo a Ernesto. Do Nacional ao Fantástico. Do Pereira ao Paglia. Universo das rádios, do Datena ao Marcio, irmão do Zé e do Edmo.
A Ribeirão em que meus filhos e meu neto nasceram não é menos charmosa, é mais comercial. É política, com conquistas e dissabores.
A Ribeirão que me entristece é a que não reconhece. Grandes nomes da educação, da cultura, das artes e do esporte. Figuras carimbadas , hoje desdenhadas. Esta não é , definitivamente, a minha terra.
A minha terra tem palmeiras na Jerônimo, tem Museus, tem Bosques, tem Condomínios de luxo , tem estádios grandes e vazios, tem desenvolvimento, tem futuro.
Quem tem raíz, tem vida. Tem o chopp na veia, tem a história bem formulada , nunca acabada. Tem orgulho e cuidado. Somos responsáveis pelo que amamos.
A Ribeirão, enfim , que queremos é a que iremos construir, divulgar e respeitar.
Não pinta a vida de preto nem vervelho,
Não pinta a vida de branco nem de rosa,
Não pinta a vida de azul nem de verde não viva pintando a sua vida de cores para depois acolher o significado da cor que na qual pintaste a sua vida, mais pinte sempre a sua vida a cor do bem
Dó.
Chorava aos berros o bezerrinho preto.
De fome e da ausência da mãe.
Roubaram a Julieta, a vaquinha de meu afilhado,
lá na Cachoeira de cima.
Ela, mesmo parida, estava enxutona, boa de carnes.
É mesmo um despautério. O ladrão de gado amansou.
Já é a quinta cabeça que ele nos rouba em três meses.
E o safado é conhecido na vizinhança.
Está enriquecendo a custa do alheio.
Polícia? ... Na Comarca nem temos mais investigadores
e os militares não dão conta da cidade.
Fica a saudade do tempo da jagunçada.
O cabra ficava mês inteiro de tocaia
a espera do gatuno.
Dois ou três balotes: e o danado ia roubar
lá nas pastagens do inferno.
Aí a ladroagem parava.
Um mundo complexo
o mundo gira em golpe de reflexo
em preto e branco ou colorido
tudo parece mais difícil
para quem não tem fé
pensa que as coisas estão fora de seu alcance
amor, compaixão e solidariedade
são os ingredientes escassos em nossa sociedade
dinheiro e poder
ofusca aquilo que conhecemos por felicidade
feliz é quem ama sem dinheiro
tudo aquilo que o dinheiro não consegue oferecer
que ama tudo que tem
mesmo não tendo tudo que quer
por isso Deus nos deu a Fé
cultivada pela humildade
poderemos sentir a alma da HUMANIDADE
Rei
Quando à gente ama tudo fica mais bonito ,
À vida passa do preto e branco para o colorido .
O centro do Universo não é mais o sol , você,
você é o centro do universo .
O centro do Universo e o Rei,
O Rei do meu coração.
Longe
Às vezes lembro
que ainda não te esqueci,
e enxergo:
pontinho preto,
bem pequenininho,
bem ali no fundo
bem escondido dentro de mim
Mistérios
Meu mundo é em preto e branco,
Alegrias envoltas em prantos,
Castigos e descanso,
Mesmo assim,prossigo e avanço.
O tempo, tudo explica,
O certo jamais se complica,
Mistérios de uma voz que grita,
Para um coração surdo e duro como brita.
Há um tempo pra tudo,
Tempo de começar e de terminar,
Algo implícito e profundo,
Algo que temos que aceitar.
Pra quê chorar,
Na despedida desse último beijo,
Caminhar e sempre acreditar,
Nas asas do insensato desejo.
Desejo de sempre ser feliz,
Não importando a companhia,
Vivendo como um aprendiz,
Abandonando as velhas manias.
Então,vista sua melhor roupa,
Para a festa no paraíso,
Viver sensações loucas,
Com dedicação e muito juízo.
Choro ou sorriso?
Qual vai ser?
O amor é um feitiço,
Simplesmente, pode crer.
Lourival Alves
Branco e preto
De todos os medos e receios que a vida me deu , só quero poder aproveitar cada segundo.
Só quero poder acompanhar cada passo ,cada tropeço, cada tombo.
quero poder sentir o gosto do sorriso, a suavidade de uma lágrima.
Quero poder sentir o peso de uma inchada e a leveza de uma caneta .
Quero poder sentir em cada espaço que a em meu corpo um sentimento diferente, poder dizer o que me falam que sei o que é realmente .
Quero poder lá na frente dizer que tudo isso foi bom.
poder dizer aos meus netos que o amor dói e o nascimento nos fortalece .
Quero poder dizer que a cura de tudo e o tempo e que ele também e traiçoeiro.
quero poder dizer em cada ruga em minha face tem uma história com sensações diferentes e que graças a elas sou gente.
Gente que amou ,foi amada , que odiou e foi odiada.
que sofreu e fez sofrer, que machucou e se machucou.
que sorriu e fez sorrir.
que chorou em todas as etapas possíveis que a vida forneceu.
quero poder dizer em um ápice de minha morte que vivi intensamente .
Foda se a sociedade
Talvez eu não seja normal
Gosto da solidão, e do preto em qualquer estação
Cheio de defeitos, mas quem é perfeito?
A cada dia mais ao fundo do poço
Sorriso no rosto
Ninguém viu
Enquanto sofria ou sofro
Sociedade cruel
que nos empurra um pedaço de papel
Que nos dão um nome e uma religião e
Nos engana com mentiras
Prometendo nos, uma vaga no céu
Foda-se
Essa sociedade que julgou e julga
Que prega a liberdade de expressão
A uma população educada a ser muda
Que fabrica história e distorce a verdade
Nesse mundo de ilusão e meias verdades
Criei minha própria realidade
Tem vezes que está tudo preto e branco né?
Pra todo o lado que você olha está preto e branco. Aí você respira, suspira e fecha os olhos por alguns segundos.
Fechou?
Sim, muitos dias são assim...
Dias com sabor de tangerina, outros nem tanto.
Quando o seu coração disser: amanhã as cores voltam!
Espere.
Te contemplar, mesmo sendo tempestade, tornou-se o caos que mesmo em preto e branco é bonito, uma poesia escrita entre linhas tortas, tornando a
linguagem de seu ser em uma incógnita perfeita, onde o seu vazio é abundante e cheio de mistérios incertos que me deixam extasiado sempre à
procura de desvendá-los.
-ADOMME
Hoje o céu esteve azul
Hoje o céu esteve preto
É pra combinar com este sentimento
Que eu carrego , dentro do meu peito
No dia em que eu me tornei invisível
Passei um café preto ao teu lado
Fumei desajustado um cigarro
Vesti a sua camiseta ao contrário
Aguei as plantas que ali secavam
Por isso um cheiro impregnava
O seu juízo, o meu juízo
Invisível e o mundo ao meu favor
Para me despir e ser quem eu sou
Logo que o perfume do invisível te inebriou
Você me viu e o mundo também
E o que tava quietinho ali se mostrou, meu bem
ENQUANTO EU FOR EU
Enquanto branco, sou preto...
Enquanto músculo, sou esqueleto...
Enquanto isso, sou aquilo...
Enquanto irado, sou tranquilo...
Enquanto rico, sou pobre...
Enquanto plebeu, sou nobre...
Enquanto verdade, sou mito...
Enquanto maldito, sou bendito...
Enquanto público, sou privado...
Enquanto vivo, sou enterrado...
Enquanto homem, sou bicho...
Enquanto luxo, sou lixo...
Enquanto doce, sou amargo...
Enquanto liberação, sou embargo...
Enquanto rígido, sou maleável...
Enquanto abstrato, sou tateável...
Enquanto real, sou lenda...
Enquanto rocha, sou fenda...
Enquanto calmo, sou impaciente...
Enquanto são, sou doente...
Enquanto pai, sou filho...
Enquanto elegante, sou maltrapilho...
Enquanto duro, sou frágil...
Enquanto lento, sou ágil...
Enquanto mortal, sou Zeus...
Enquanto amor, sou adeus...
Enquanto juiz, sou réu...
Enquanto terra, sou céu...
Enquanto guerra, sou paz...
Enquanto útil, sou incapaz...
Enquanto tempestade, sou calma...
Enquanto corpo, sou alma...
Enquanto crente, sou ateu...
Enquanto eu, sou teu...
Preto e branco
A vida é um quadro em branco e preto.
Uma tela em que as sombras dançam e interagem.
Onde a natureza humana se revela,
Nos contrastes que o tempo traça.
O preto é a noite da alma.
As fases de dúvida e dor,
O branco é a luz que ilumina a esperança.
O brilho das alegrias e do amor.
No meio do tom cinza,
Onde se oculta a complexidade,
Vivendo as nuances da existência,
Cada detalhe é uma parte essencial da verdade.
A alegria e a tristeza estão intimamente relacionadas.
Em um balé silencioso e infinito,
A cada dia, surge um novo traço.
Cada passo conduz a um destino incerto.
Na escuridão e na luz, o ser humano se encontra.
Procurando sentido, buscando explicações.
A simplicidade da linguagem em preto e branco,
É reveladora a essência do coração.
Não se limita ao contraste, mas também à harmonia.
É o elemento que define o panorama da vida.
E na simplicidade das cores,
A alma possui sua própria medida.
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