Coleção pessoal de vihaureliano

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É automático: eu deito, coloco a cabeça no travesseiro e começo a pensar em milhões de coisas que eu queria que acontecesse.

Gosto de ficar sozinha em casa. Gosto de poder andar descalça pela casa e sentir o chão gelado. Gosto de ouvir os pingos da torneira baterem na pia. Gosto de ficar deitada na minha cama, olhando o teto, sem pensar no depois. Gosto de rir sozinha de pensamentos idiotas que eu tenho. Gosto de ficar me olhando no espelho e fazer milhões de caretas. Gosto do meu chocolate quente e do meu edredom, são a dupla perfeita pra mim. Gosto de ficar o dia todo de pijama, sem me importar com roupas e outras coisas. Gosto de fechar os olhos e sentir como está frio aqui. Gosto de chorar sozinha, de pensar em tantas coisas ao mesmo tempo, que já nem lembro o motivo de estar chorando e dar risada da situação. Gosto dos meus pensamentos, me deixam louca mas eu gosto. Gosto de pensar que a vida é tão simples assim, quando não é.

A nossa lei é falha, violenta e
Suicida. Se diz que, me diz que, não se revela: parágrafo primeiro na lei da
Favela. Legal... Assustador é quando se descobre que tudo dá em nada e
Que só morre o pobre. A gente vive se matando irmão, por quê ? Não me
Olhe assim, eu sou igual a você. Descanse o seu gatilho, descanse o seu
Gatilho, entre no trem da humildade, o meu Rap é o Trilho.

Eu vou procurar, você não bota uma fé, mas eu vou atrás
(Eu vou procurar e sei que vou encontrar)
Da minha Fórmula Mágica Da Paz.

Não é por nada não, mas aí, nem me ligo ô, a minha liberdade eu curto
Bem melhor

No começo doeu tanto que virou anestesia. O coração ficou dormente. Minhas mãos ainda desnorteadas pela ausência das suas entrelaçaram-se sobre meu peito inquieto e conformaram-se com a companhia uma da outra. Meus olhos insistiam em mirar o teto na esperança dele nos içar da sua ausência e, vai entender, minha consciência preferia não sentir nada a não sentir você. É assim quando dói muito: para poupar a gente, a mente mente.

Diz que está tudo bem. Que nem doeu tanto. É mecanismo de defesa da cabeça que se compadece das burradas desses corações tolos que amolecem por tão pouco. Doía e eu nem sabia. Corroía e eu não percebia. Com o tempo eu comecei a sentir. Buscava seu cheiro no travesseiro e amaldiçoava a poluição e o mau tempo por não encontrá-lo na minha respiração.

Procurava seu peito para me aninhar e estranhava o formato do travesseiro por não se assemelhar ao do seu abraço. Carecia da sua voz e me irritava com as canções que não a traziam para acalmar meu coração. Enfim doeu. Chorei, sofri, doeu e só quando doeu passou. Enquanto minha mente fugia da dor sua falta ainda me corroía. Hoje não mais. Hoje não dói. Hoje não dói porque eu assimilei o fim e meu coração voltou a ser calmaria. Hoje falo de você com mansidão e minha consciência, vai entender, está tranquila em sentir nada. Ela não quer sentir você e não é mais anestesia.

“Engole esse choro, menina!” – Passei a infância escutando esse conselho. Fui criada pela mulher mais forte que eu conheço, em cujo rosto raramente vi rolar uma lágrima. Só no velório do meu avô ou nas vezes em que o seu mundo desmoronava e ela desistia dos seus disfarces de grande mulher inatingível e desabava no nosso colo.

E eu sempre achei cruel essa coisa de sofrer calado, como se fosse pecado. Essa coisa de ter dó e certo desprezo por quem chora, por quem ama, por quem sente saudade. Como se cada lágrima só pudesse ser sinônimo de fraqueza, e não de força ou sabedoria.

É que a gente cresce achando que a vida é sempre sobre levantar a cabeça e seguir em frente: Como uma grande competição pra ver quem supera primeiro. A gente não pode se dar ao luxo de sofrer, de amargar uma perda, uma dor, uma decepção. O mundo se move rápido demais e, se a gente fica muito tempo afundado na nossa tristeza, acaba ficando pra trás. Pois é, a vida não quer saber de quanto tempo você precisa.

Ainda mais cruel é essa mania que as pessoas têm de se atropelarem. “Estou bem” é como um mantra, palavras mágicas para que você seja considerado agradável, alegre, desejável. Pra que você seja visto como alguém forte a quem as desgraças da vida simplesmente não abalam quando, no fundo, a quem, afinal, a vida não dilacerou?

É cruel sorrir amarelo quando se quer cair aos prantos; se esconder atrás de um sorriso só porque é mais bonito e mais admirável.

Sofrer não é pecado. Luto não é fraqueza. Toda tristeza precisa de um período de recolhimento, do choro que alivia, da solidão que restaura nossas forças, nossas crenças, nossa vontade de vida. É justo, é saudável, é salutar.

Não tenta atropelar a vida porque ela é do tipo que atropela como ninguém. Então, se o choro vem, descarregue; se a tristeza vem, viva – porque ela veio pra ser degustada como quase tudo na vida. Sinta, sofra, chore, amargue – e depois lave o rosto cansado e comece tudo de novo. Sofrer é humano – desumano é querer se esconder das tempestades da vida que chegam pra cada ser vivente em algum momento. E quando se diz que, na vida, é preciso se permitir, isso certamente engloba – também e principalmente – permita-se chorar.

- Recuse convicções idiotas
Cê é do tamanho das contradições que suporta

- Traio o mundo, mas não vou me trair
Derrubo quem for, mas não aceito cair
Tô de pé fluindo, até mudo eu mudo,
Apesar de tudo, vou viver sorrindo

- Se o mundo não te entendeu, cê não se fez entender

- Se acomode ou se incomode
A fé não vale de nada pra mente preguiçosa

- Do submundo vou subverter, ou você
Intimida o mundo ou mundo intimida você

- Pode dizer que meu sonho é inútil
Os loucos românticos sempre riem por último

Agora, eu penso assim: isso vale uma marquinha de expressão? Isso vale uma noite de insônia? Isso vale a minha paz? Não, então tchau.

E cada chaga
Que a gente traz na alma
É a confirmação
De que a ferida sara
E se restaura,
Já foi cicatrizada
Eleve suas mãos pros céus
Que tua alma tá blindada

“Não dê importância à melhor roupa para vestir, à melhor frase para o primeiro encontro, às calorias que deve queimar, à melhor resposta para quem lhe ofendeu, às perguntas que precisa fazer para se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Deixe-se em paz.”

É muito fácil fugir mas eu não vou.
Não vou trair quem eu fui, quem eu sou

Eu não preciso de muito pra sentir-me capaz
De encontrar a Fórmula Mágica Da Paz.

Esses dias estava me perguntando de onde saiu essa minha ideia e fascinação pelo "desapego". Depois de muito pensar, repensar, analisar, eu soube. Ah, entendi tudo. Sabe qual o meu problema?

Eu sou intensa. Não sei ser de menos, amar um pouquinho ou sentir pela metade. Não consigo guardar palavras nos pensamentos ou fingir ser algo que não sou só para parecer normal. Aqui é alma, corpo e coração. É se jogar no abismo sem o receio de não ter ninguém lá embaixo esperando por mim. Quero tudo muito, agora, anda! Vê se não demora, porque também não gosto de esperar. Aqui é oito ou oito mil. Se for pra ser, que seja demais, intenso, dê frio na barriga. Que seja rápido, repentino, gostoso. Que me jogue na parede, puxe pelo cabelo e me leve para viajar no dia seguinte. Que seja algo surreal, que dê borboletas no estômago e me deixe querendo mais. Que seja faísca, fogo, incêndio. Que seja um amor gritante, insano e completamente, único. Mas se não puder ser tudo isso, que seja um nada. Que vá embora da minha vida antes mesmo de cruzar a soleira da porta. Gosto que me transbordem, e não apenas acrescentem.

Nós que somos intensos temos dois caminhos a seguir: o caminho mais fácil e o caminho mais difícil. O caminho mais fácil é o que escolhi desde o início, o desapego. Se é para ser tudo ou nada, que seja logo o nada. Que seja o desapego, a liberdade, a leveza de ser sozinho. Que seja o aprender do caminhar sem mãos dadas, o equilibrar sem apoio, o sorrir sem motivo. Que seja a valorização do eu, a preservação do coração, a armadura que previne o cupido. Que seja sozinho, mas que seja feliz. Se for pra ter um pouco, que não tenha nada.

E qual o caminho mais difícil? Ora, vocês já devem saber. A segunda estrada nos leva ao amor, ao tudo, ao intenso. Só os corajosos tem armas suficientes para combater os inimigos invisíveis que insistem em assombrar esse caminho tortuoso e sem volta. Agora vocês me entendem melhor? Se comigo é tudo ou nada, estou esperando alguém que mereça o meu ''tudo''. Alguém que me ensine a voar, cure o meu medo de altura, me dê as mãos. Alguém que não se importe com meu passado, sare as feridas, remende o coração. Alguém que assim como eu, se protegeu tempo demais, e agora vai se permitir viver – pela primeira vez.

Então não é que eu não acredite no amor. Eu acredito, e muito. E é exatamente por acreditar demais, que eu não posso me permitir vivê-lo assim tão intensamente com qualquer um que ofereça um abraço caloroso.

Um dia, tenho certeza de que o desapego se tornará um grande amor, e assim como tudo na minha vida, vou viver intensamente até o último minuto com um sorriso no rosto e com a certeza de que essa vai ser uma história de tirar o fôlego. E se possível, que o nosso primeiro beijo seja debaixo de chuva.

Às vezes paro pra refletir qual o sentido da vida. Tenho muita dificuldade pra expressar o que sinto em palavras. Não sei se me dói o tempo perdido ou se fico feliz por PODER recuperar esse tempo. E de repente, parece que tudo o que eu sentia falta estava mais perto de mim do que eu imaginava. FAMÍLIA E AMIGOS. E aquele medo da solidão? Acho que está indo embora pois nunca me senti tão amada, tão importante, tão bem quista na minha vida. Achava que passar um final de semana longe de certa pessoa seria um sacrifício, que minha cabeça estaria longe e que eu não poderia aproveitar o momento.. E hoje percebo que não poderia estar mais feliz e mais completa do que me sinto agora. Nesse exato momento estou com minha família, de onde eu nunca deveria ter me afastado e pensado mal, vejo minha mãe e curto com ela, minhas tias tão feliz e fazendo questão que eu não vá embora daqui, uma questão sem posse e sem cobrança, uma questão sem interesse ou segundas intenções acompanhadas de desconfiança, uma questão repleta de saudades! Vejo o mar, vejo minhas primas brincando, vejo a minha liberdade. Não sabia que para me sentir assim precisava de tão pouco, precisava de algo tão acessível... Eu simplesmente acreditava que para eu deixar de me sentir assim "precisava deixar de sentir o que eu sinto por tal pessoa" , mas hoje vejo que não necessariamente é isso. Que consigo momentos de felicidades com coisas tão simples. Estou procurando viver um dia de cada vez, controlar a ansiedade a impulsividade sempre presentes dentro de mim e, como diz um sabio compositor "uma onda segue a outra assim o mar olha o pro mundo". Medo da solidão? Ainda tenho, mas há uma diferença, agora eu tenho medo de perder O QUE REALMENTE IMPORTA E ME ACRESCENTA. Não sei o que vai ser de mim amanhã ou depois de amanhã e seria hipócrita em dizer que não me preocupo ou que não me importo, mas tenho CERTEZA que seja lá o que for terei pessoas sublimes para me guiar. A marca na minha pele me diz uma sábia frase: enquanto houver vida, haverá esperança. E assim será. Obrigada senhor meu Deus e meus guias espirituais por estar me fazendo enxergar as coisas de uma forma tão espontânea e instantânea. Ainda que meio triste, eu me encontrei e não poderia estar mais feliz e agradecida por isso. Este é um texto escrito num momento de felicidade.

"Eu só enxerguei a mim mesmo, depois de ver."

"Eu quero alegria espontânea pureza. Meu estilo é free, vem da natureza..." ✌

Hoje os tempos mudaram, minha visão é outra. As pessoas tão presas e as ideias tão soltas, alguns falam pelos medos, outros falam sem a boca. A vida é normal, a morte que é louca...

Minha interessância está além da sua curiosidade..

Mas tá tudo bem, tá massa. Faz o seu que eu faço o meu, só não embaça que eu to ligada que com o tempo o vento passa e leva a máscara. Ai fudeu vacilão, perdeu. O que tiver de ser será meu.

toda mulher tem um pouco....
De puta, de criança, de maluca.
Toda mulher tem um pouco.
Falo por mim porque vivi pouco tempo para fazer afirmações maiores.
Falo por mim porque estou egoistamente presa na minha própria descoberta e existência.
Mas pelo que tenho visto por aí, toda mulher tem um pouco de tudo.
E como é difícil ser feliz com tantos poucos para agradar.
Fora os milhares de hormônios que tornam cada um desses poucos mais do que dá para aguentar.
E a cada suspiro, meus poucos se atrapalham: estou feliz ou com medo?
Estou cansada ou excitada?
Estou carente ou encantada?
Estou fria ou fugidia?
Numa única noite eu fui um pouco tudo, eu quis um pouco de tudo.
Quando alguém vai acompanhar meu ritmo?
Eu quis que ele não soubesse meu nome, depois quis ter o dele logo depois do meu.
Eu quis que ninguém soubesse de tamanha traição.
Depois quis gritar na janela como o proibido era sopro no meu coração.
Eu quis sentir o poder de abalar com a vida dele.
Depois quis que ele voltasse direitinho pra casa e esquecesse que existe a fraqueza.
Eu quis ele por uma aventura, uma risada, uma distração.
Depois quis o colo dele para sempre, mas fiquei com o meu pouco puta estampado na cara.
Como eu preciso ser amada meu Deus, pra parar de dar de bandeja o meu sorriso por aí.
Eu tenho meu pouco criança estampado em cada linha que escrevo e em cada bobeira que falo na espera de atenção.
Maluca?
Nas raras vezes que sou séria, me sinto tão maluca, que devo ser sempre maluca.
De pouco em pouco encho o papo de ansiedade.
Quando o muito virá?
Eu nunca poderia ser feliz sem meu pouco trágica.
Eu nunca posso estar satisfeita sem meu pouco idealista e eu nunca poderei ser mulher porque ainda falta pouco, muito pouco, mas eu sei que sempre faltará.
Me completo de poucos, mas sigo esperando demais de tudo.
Comida para cada um desses poucos que são buracos na minha alma.
Meu pouco puta, safada, tarada, não tem um pingo de compostura.
Meu pouco criança sofre e se diverte com o meu pouco louca.
Meu pouco adulta perdoa tudo porque tem total consciência do meu pouco criança.
Mas cada pouco espera o grande momento.
A grande virada.
O longo suspiro de paz.
Cada pouco espera o colo, a excelente trepada, o beijo silenciador de neuroses, o abraço aquecedor de angústias.
Cada pouca criatividade espera o salário digno, o carro novo, o cheiro de cada coisa minha conquistada, o sono de quem não deve um centavo a ninguém.
Corro no desespero desses dias, da vida que virá, dos sonhos realizados, da felicidade, do sorriso banguelo da pureza infinita de um ser gerado por mim.
Da luz.
Meu pouco pessimista sabe que nada disso pode acontecer.
Mas sigo com meu pouco otimista, aprendendo que ele a cada dia aumenta um pouco.
Quem em cada pouco põe tudo que é merece ser feliz.
E muito.