Permanecer em Silencio
São nesses dias tão repletos de ausências que eu mais te falo de amor nas entrelinhas do silêncio, nos suspiros longos carregados de saudades, no olhar perdido além do tempo que está te buscando a todo instante.
Claro demais !!
A aproximação com Deus, se dá no silêncio, no amor, e no sacrifício da nossa disciplina interior
Se dá no perdão e na solidariedade de uns com os outros
Tudo isso deve ser praticado na essência, e sentido.
Jesus não titubeou qdo falou do amor puro, limpo e da justiça.
Jamais titubeou qdo nós mostrou a solidariedade.
Jesus na sua simplicidade e sabedoria , nós mostrou que tudo que é injusto, mantém a couraça da escravidão.
O cultivo do amor puro, exonera toda e qualquer forma nociva, porque o amor constroi uma aliança em defesa da nobreza de gestos, suavidade e encanto e da paz.
O verdadeiro amor destila petálas de luz, se dá a junção de almas, com linhas sublimes ao bem, com atitudes de amor e de gratidão.
Ele é simples, singelo, ele não é ostentoso.
Simone Vercosa
A SANIDADE DO AMOR
São poemas...
Nossas juras de amor,
feitas no silêncio pelo olhar...
São dilemas!
As páginas ternas e eternas,
marcados de um livro milenar.
São poemas!
A pena que desliza no papel,
tentando compreender a saudade
que paira no teu céu quando procuras
nas estrelas, o meu olhar.
São poemas...
Essa insanidade das noites de insônias
buscando a sanidade do amor.
╰★⁑☆⁂╰★╰⁑☆╮☆⁂╰★⁑☆⁂
O silêncio também fala, quando falta sabedoria, o silêncio fala muito!...
O silêncio pode até falar quando as palavras falham, quando as palavras são mal e incompreendidas, mal interpretadas..
O silêncio responde até o que não foi dito. hihihihihi...
╰★⁑☆⁂╰★╰⁑☆╮☆⁂╰★⁑☆⁂
SILÊNCIO
“Silêncio, estou ouvindo
Mas não sei se o que ouço
É de fato aquilo que sinto
Ainda não sei o que realmente sinto
Entre suspiros e sussurros
Estou na estrita observância
Da indigência mortal
Ando pelas vielas da cidade
Sem discernir o que o silêncio diz
Talvez, por onde passo,
Pessem as pessoas que estou desnorteado
Realmente estou sem um norte,
Sem uma estrela para me guiar
Fico, então, com a mente a luar
Vejo, atrás dos montes, o sol se pôr
Olho as planícies sendo tomadas pelas trevas
O vento, agora, sopra misteriosamente
Como se algo assustador fosse acontecer
Ouço estranhos ruídos, morcegos, sedentos,
Procuram uma vítima. Querem sangue
Com um mordaz medo
Sentei-me no chão sujo, como se eu nada fosse
Abracei meus joelhos, em lágrimas
Olhei para o céu estrelado
E, enfim, rodeado por trevas
Pude contemplar a esperança.”
Para um solitário, fechar os olhos é enxergar o seu interior, e fazer silêncio é escutar a própria existência.
O mundo interno será sempre transcendente ao real.
3 Espinhos ao Nascer -
Trouxe 3 espinhos ao nascer:
dor, silêncio e solidão
e quem haveria de dizer
que me ficariam no coração?!
No lado esquerdo da vida
levei a dor por companheira
e foi em cada despedida
que a senti ser mais inteira.
Do silêncio, a horas mortas,
fiz a cama dos meus dias
mudei coisas, fechei portas,
sempre triste, mas sorria.
Do Poeta trouxe a Alma
no meu punho, em minha mão
nunca soube o que é ter calma
nasci filho da solidão.
Lágrima e um verso
Quando no cerrado o silêncio vozeou
De uma solidão, gemendo, todo faceiro
Dentro do coração a dor assim zombou
E ofegou o bafejo do suspiro primeiro
E a sofrença sentiu os olhos rasos d’água
A boca sequiosa, cheia de fel e ardume
Ali brotou a flor da aflição e da mágoa
E no peito, a tristura em alto volume
E no árido chão, por onde ele passava
A desventura espalhava feito sementes
E na terra, o padecer então empoeirava
E germinava com as lágrimas ardentes
Foi então que ali me vi na via dolorosa
Tão chorosa a poesia triste de saudade
Com espinhos e perfume, como a rosa
Num cortejo, fúnebre, sem a felicidade
Enfadando na alma os gritos e soluços
Ia a noite assombrada e não dormida
E os sonhos esfalfantes e de bruços
Avivado, e a tecer a insônia ali na lida
E assim se fez o oráculo sem encanto
E num canto o destino algoz e largado
Entre lamentos e um poetar em pranto
Lágrima e um verso, penoso e chorado
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 de novembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Às vezes minhas palavras se despegam de meus pensamentos, fico muda , no silêncio, solitária em companhia de meus sentimentos.
Sinos tocam na minha cabeça quebrando meu silêncio.
Sombras cobrem minha única luz.
Sinto água vermelha escorrendo pelo meu corpo como uma cachoeira em queda livre.
Não sinto dor, mas sinto culpa.
Não sinto arrependimento, mas sinto que poderia ter feito melhor.
Você para faz silêncio, olha para mim
E sorri.
Eu consigo ver a paz que você transmite
É tão fácil admitir
Sim, eu consigo me divertir, com você
É tão fácil perceber, quando te olho e, ao mesmo tempo, sorrio
E então eu esqueço dos problemas
E as coisas ruins se tornam tão pequenas
E nos damos tão bem
Mas eu quero que você fique
E preciso que você não se envolva
Coloque sua mão na minha
Vou embora quando eu quiser
E você me abraça
Não me sinto tão cansada
Nem quero voltar pra casa
A mente humana não foi concebida para compreender a expansão infinita do universo e o silêncio frio e absoluto do vácuo.
