Periferia

Cerca de 181 frases e pensamentos: Periferia

⁠Vivo na periferia...
As pessoas te medem...
A guerra pela sobrevivência é as palavras que te magoa...
A cada segundo que tenta se levantar a alguém para te derrubar...
Nada resta nas ruas apenas verdades que te consome... Momentos bons são sonhos...
Mexa se não pode ficar aqui...
Tudo parece se tornar parte de pesadelo sem fim... A sociedade parece gentil mais somos ignorados pela verdade...
A luta continua para continuar a ver que no mundo existe pessoas boas...
Em todas histórias existe o amor...
A esperança parece algo doce...
A morte parece algo tão especial...
As pinturas são expressões de um artista...
Minhas palavras são poemas nas paredes...
A fome e a sede parece quase nem importar...
Sonhos são enigmas da minha alma.

Inserida por celsonadilo

A mulher negra da periferia sempre foi feminista. Por que? Porque a gente faz tudo, mas só não temos consciência disso. Minha mãe criou quatro filhos, de quatro homens diferentes. Ela sempre foi independente, sempre fez as coisas dela. Ela nunca se submeteu a nada, ela nunca ficou, nas palavras dela, sob o pé de ninguém. Ela criou três filhas dessa forma. Somos três mulheres e um homem. Às vezes lutamos de uma forma mais silenciosa, outras vezes a gente vai pra cima, mas a gente luta.

Inserida por pensador

Quando falamos das habilidades do futuro, uma das barreiras na periferia são os termos do empreendedorismo. Você fala em flexibilidade, proatividade, empatia. Já ouviu falar? São todas habilidades que todo mundo na periferia já tem de forma compulsória. Somos proativos porque temos que buscar oportunidades, uma mãe solteira é flexível por ter que cuidar da família e trabalhar. Mais criativo que periferia não existe, mas aí é chamado de gambiarra. Na verdade, é a inovação da quebrada, a inovação do improviso. Então, é preciso se preparar para o futuro. Eles já têm as qualidades e precisam estudar a técnica para entrar no mercado. Falta juntar o talento com o conhecimento técnico.

Inserida por pensador

MULHERES DA PERIFERIA
A mulher é uma obra sagrada, poderosa, bonita e de grande valor, não existe mulher, feia,
seja loira, branca, ruiva, preta, morena, galega,queimada ou de qualquer cor.

Não importa a sua pele, tribo, profissão, pobre, rica, classe social, trabalho e condição,
são todas obra do divino,bela flor,companheira e cabeça do homem,de Adão, foi o único
amor.

Viva as Socorros, as Goretes
as Marias, os anjos do recanto
da cidade, filhas, irmãs, mães de leite, de sangue,do coração e de todos os dias.

Guerreiras imbatíveis na arte do viver, driblam o preconceito e as adversidades, são elas, as Deusas de Ébano, "chamadas" de pretas, putas e pobres" da periferia da cidade,maldade...

Elas são autênticas honestas, inteligentes e verdadeiras, não
se incomodam com títulos, rótulos, fofocas, preconceitos
e outras besteira, são felizes, lindas e representam a mulher
brasileira. (Eron) João Pessoa.17/04/20.

Ela é a mulher
Da escadaria
Da periferia
Mulher de mil vidas
Que muito ouve
E finge que acredita.

Inserida por claudialundgren

⁠Em qual periferia digital a sociedade te obrigou a viver?

Inserida por joanacavalcante

A Revolução dorme na Periferia

Revolução nasceu na periferia, magrela e desdentada mal podia chorar. Não teve forças pra mamar pela primeira vez no peito murcho e já quase seco de sua (ama de leite), vizinha de parede, que havia parido alguns meses antes uma dupla de desajustados (como fez saber alguns anos depois a escola). Ela, Revolução, cresceu em uma rua de terra agitada no bairro mais violento da Zona Norte, onde até o medo tinha medo de estar. Lá não tinha nada (parques, praças, quadras, ruas asfaltadas, essas coisas), mas também não tinha nada de mais, era um lugar comum, feito qualquer um, feito outro lugar qualquer. Era lugar onde se podia encontrar a mais variada gente, onde a alegria vivia cercando as pessoas e a vida pulsava em uma intensidade diferente.
De fato, lá tudo era mais intenso! Os sorrisos, o choro, o cheiro de frango frito, a catinga da cachaça no hálito seco e duro dos bêbados quase mortos caídos na calçada de qualquer jeito e o cheiro da erva, da pedra e da dor que ecoava da tristeza dos olhos da mãe resoluta, sem saber o que fazer diante do excesso que a intensidade do lugar propiciava. Lá democracia era na (b) fala de quem pudesse se impor e, o silêncio, a primeira lição aprendida já ao nascer. Lá buraco era buraco mesmo, fundo, bem fundo! E cavava-se até não ter mais como continuar e quando o buraco já estava mudo, criando impossibilidade de se continuar, cavava-se ainda um pouco mais até o fundo escondido abaixo do fundo que existia no buraco, antes desse se tornar cova. O que não era incomum!
De Revolução só se sabe os sonhos que contava baixinho ao pé dos ouvidos da professora, única pessoa que ela confiou até hoje. Uma senhorinha bem velha, com hábitos estranhos e vestes (alternativas), que contava com orgulho ter pegado em arma nos tempos de escola, durante o período da ditadura militar, onde se reunia com suas colegas durante a noite dentro de uma manilha abandonada na Rua Um (primeira rua a ser pavimentada no bairro), e lá tramavam subversivamente contra os desmandos do governo golpista. Revolução lembra-se dos limões que chupava pra matar a fome e do nó nas tripas que sentia sem poder gritar, lembrava-se dos amigos e amigas que morreram mudos e também dos que conseguiram a liberdade, ainda com pouca idade, na mão de algum salafrário abusador. Revolução reconhecia naquela senhorinha a sua única saída, se espelhava nela e em sua filosofia de vida; a Educação tanto falada pela professora tornou-se seu hino da mudança, sua única esperança de evoluir, já que tudo ali parecia fadado a murchar. As manchas brancas e a pele áspera de Revolução eram dos vermes e das lombrigas adquiridas no contato com a água podre que corria sob sua casa. Revolução cresceu faminta, lambendo os beiços enquanto assistia o frango rodar na ilha de assar exposta no passeio da padaria de seu bairro, onde aprendeu desde muito cedo a se virar. Aos treze anos, Revolução se perguntava por quem todos ali morriam? E perguntava-se também, porque morriam tantos ali todos os dias? Revolução era feliz, apesar de tudo! Talvez procurasse algo, talvez não soubesse ainda o quê, tateando sempre no escuro era mesmo difícil de saber.
Revolução já dava sinais de cansaço e andava meio sonolenta nas aulas, já não se importava com as revoltas nas ruas, nem se revoltava com as incursões da polícia na favela, nem com a iminência da morte de seus amigos subindo e descendo vidrado(s) feito soldados, nos becos e nas vielas, nem com o cheiro de pó e pólvora que impregnavam as suas narinas e oprimiam seus olhos. Revolução incrédula olhava pela janela e sem poder acreditar via a vida diferente. Mas não sabia explicar o que estava vendo ou sentindo! De repente, tudo que foi sempre torto parecia ter se endireitado, parecendo fazer algum sentido. Revolução sentia as juntas doerem e parecia ter os sentidos alterados, as pernas reclamavam o peso de seu corpo e os enjoos e náuseas acentuavam. Já sem paciência, Revolução curvou seu corpo franzino e em meio ao sangue que jorrava angustiante por entre as suas pernas juvenis, pariu gêmeos. Caída no chão da cozinha e sozinha no barraco, nem lamentar podia. E se lhe perguntassem quem era o pai... O que ela diria!
Os dois filhos de Revolução foram criados pela professora e cresceram e viveram até a vida adulta e, apesar da culpa, todos entenderam a importância da luta daquela mulher. Filhos (bem sucedidos) da Revolução nasceram do ventre estreito de sua genitora, mirrados, sem esperança e famintos, foram acolhidos pela professora; e apesar do karma em seus (DNA’s) cresceram argutos, espertos, astutos e hoje lutam pra que outros também possam revolucionar. Lutam para que outros vivam, para que outros não se calem, nem sejam silenciados. E se hoje vivem, é para servir de exemplo, ser espelho da Revolução que na periferia ocorreu... Preta, catadora de lixo e guerreira que nos pariu e morreu. Revolucionária do dia a dia que viveu e morreu um dia de cada vez, que cresceu ouvindo a professorinha dizendo que quem luta e não se cala, cala a fala de muitos e muda a forma que o mundo conforma quando distribui a sorte e desenforma a forma que o deus dos brancos escolheu. Cresceu ouvindo a professorinha dizendo que: - “Quando a periferia tomar consciência de sua importância para a sociedade verá, nesse dia, o desencadeamento da maior revolução da história do Brasil”. E de tanto ouvir a professora falar moveu seu mundo e mudou o rumo de tudo, revolucionando o rumo que a vida preestabeleceu, seguiu em frente orgulhosa enquanto o futuro moldava o presente de toda aquela gente que o passado estranhamente esqueceu. Hoje dorme na memória revolucionária da periferia que na história dos livros ninguém leu.

Inserida por JWPapa

⁠A periferia luta e sempre lutou com todos os problemas que nela afetam, porém, mesmo com todas às dificuldades, o nosso povo continua lutando com Fé.

Inserida por rodrigosantospoeta

⁠Seja elite, favela ou periferia.
O respeito é o mesmo!

Inserida por DrikaLopes

⁠Cancelamento na Periferia é cabeça decepada !

Inserida por Netrax

⁠Estudei em escola pública, morei na periferia, trabalho desde a adolescência e hoje tenho uma remuneração de cinco dígitos. Vou revelar a fórmula mágica: ESTUDAR SEMPRE!

Inserida por ReinaldoCiqueira

⁠- Periferia Favela
Nas vielas e ruas da favela,
a vida continua a todo vapor.
Entre os barracos e a poeira,
há uma força que vence a dor.
A cada dia, um novo desafio,
a cada esquina, uma nova história.
Os sorrisos são mais fortes que o frio,
e a esperança alimenta a memória.
Nas periferias, a vida é forte,
a vontade é maior que a realidade.
Os sonhos se tornam fonte,
de coragem e persistência na luta diária.
Aqui, a vida é uma obra prima,
desenhada com o lápis da resistência.
Cada casa é um monumento à sobrevivência,
cada rua é uma teia de solidariedade.
Nas favelas e nas periferias,
há mais que pobreza e desigualdade.
Há uma comunidade que enfrenta a realidade,
e tece a própria identidade.

Inserida por CesarKaabAbdul

⁠Vozes da Periferia: Um Grito por Igualdade e Oportunidades

No camburão, o jovem negro foi levado,
E o repórter, com intenção cruel e desvairada,
Buscava audiência em humilhar o "Criminoso",
Mas foi a resposta do jovem que ecoou de modo grandioso.

"Já não sou nada mesmo", disse ele com pesar,
"Quem quer comer vale", suas palavras a ecoar,
"Aceito qualquer salário", um grito de desigualdade,
A juventude negra, periferia em dificuldade.

Oportunidades escassas, sonhos postos à prova,
A luta pela sobrevivência, árdua e renhida trova,
Sem carteira fichada, sem seguro de vida ou amparo,
A juventude negra enfrenta um caminho tão amargo.

Que ás periferia seja um eco, uma voz a clamar,
Por justiça, igualdade e oportunidades a brilhar,
Que todos tenham chances, que todos possam alçar voo,
E que a juventude negra encontre um futuro.

Inserida por Mykesioofc

( Poetas somos todos nós)

Sou poeta, da dificuldade, da periferia.
Enrolo versos pra te trazer amor, alegria.
Sou poeta marginal,
Poeta coisa e tal
Poeta sem grana,
Poeta sem fama
Poeta pra dar encanto a algum coração...
Meu legado, ilusão
Minha herança, um quiz.
Mas não sou um poeta triste
do meu jeito sou feliz
Pra te ver sorrir, quem sabe sonhar.
Irei até onde a sina me levar
Sou poeta.... Poeta de versos simples
Mas de paixão, poeta das madrugadas,
De muita fé e solidão
Rimo sonho com componho
E mão com coração
Só não rimo minha sorte
Por que essa não tem um norte
Que me tire a emoção..

Inserida por OscarKlemz

⁠A mídia capitalista coloca burguesia contra periferia, periferia contra burguesia, hetero contra gay, gay contra hetero, branco contra negro, negro contra branco, escravo contra escravo...

Políticas afirmativas foram feitas para reparar, mas a mídia usam para separar.

Inserida por I004145959

⁠Para alegria dos donos do mundo:

Na burguesia aprende-se a odiar a periferia.

Na periferia aprende-se odiar a burguesia.

Inserida por I004145959

⁠⁠Enquanto burguesia e periferia brigam entre si.

Os donos do mundo cuidam de si.

Inserida por I004145959

⁠Mudar da periferia para burguesia nem sempre é visto com bons olhos.

Parece que a busca por melhoria de vida não pode acontecer fora das comunidades, sob pena de ser considerado um "metido a besta" que abandonou suas raízes, ou seja, não presta mais, deixou de ser uma pessoa de bem.

Inserida por I004145959

⁠Seja aristocracia, burguesia ou periferia a arte é de toda gente. A arte é onipresente.

Inserida por I004145959

⁠A esquerda brasileira precisa aprender a falar com a periferia e com a pequena burguesia.

Uni-los, deixando claro que as políticas afirmativas foram criadas para reparar e não separar.

Escravos sem unidade não mudam a sociedade.

Inserida por I004145959