Pequenez

Cerca de 54 frases e pensamentos: Pequenez

Deus de si


O homem é Deus de si, ele determina o tamanho da sua pequenez ou da sua grandeza; arquiteto do seu mundo interior, pinta em tons de negro a sua aquarela sem cores. Eu já disse: “homem lobo”, “homem livro”... Não há como deter um rio; não há força que detenha a tempestade; não há força que contenha o alto-mar. Na alma de cada ser: há a tormenta ou a serenidade.

Na verdade, o homem escolhe seu destino. Não existe sina; existe a vontade de cada homem. E nessa ninguém pode interferir, pois todos sabemos da intervenção de todos para mudar o destino e continuamos com mãos atadas. Concluo no meu entendimento que destino é opção, vontade e direito de ser como é.

Não falo das doenças inevitáveis; não falo da velhice – decrepitude natural do homem -, pois se bons ou maus, todos envelhecem. Ouvi certa vez de alguém: “canalhas envelhecem”. Criaram seus próprios destinos: Dulces, Teresas, Maria Bonita ou Lampião... Cada um escolhe o tema e escolhe sua história, que pode virar um bom drama ou um grande prêmio no cinema... Cada um escolhe seu chão e rasga a vida, sem poder culpar ninguém. Homem: bicho tolo que pensa, faz da vida seu cárcere e nele come o que vomita, inala a podridão do seu respirar; alimenta-se do seu oxigênio impuro; oficina de fazer maldade ou santuário é seu coração. Homem é uma obra inacabada e quem o criou desistiu de sua confecção. Entrou em conflito com a obra de suas mãos.

O homem é Deus de si, portanto não precisa de milagres ou deuses; espinho de si mesmo... Assim é o homem, escolhe seu destino, segue sua própria direção, traça seu próprio caminho... Assim é o homem...

Poderia dizer mais, mas hoje estou cansada do homem!

(Ednar Andrade).

Inserida por EdnarAndrade

GINA

Ela é de uma pequenez
No seu tamanho chinês...
Mas bem de perto
Quando se mostra
Sua sombra vai às costaneiras,
Se curva nas ribanceiras,
Até chegar no luar.

Ela é de uma timidez
Com sua voz de escassez
Mas quando ela fala
Enche-se o mundo de música...
E quando sussurra no meu ouvido
Já tenho me recaído.

A mulher única, é como ela
E todas são tão iguais...
Mas é do mais
Que ela tem,
Do tanto que ela faz.
E é de tudo, que existe
Dentro de um átomo.

Mas não me iludo.
Todos têm suas miragens!
E não sou surdo
Nem calo de afonia.
Seguramente sei distinguir
A fruta doce
O fruto travo

Inserida por naenorocha

A pequenez de um homem é medida a partir de suas pequenas atitudes

Inserida por lavinialins

Quanto mais tento compreender o tamanho do cosmo e minha pequenez intergaláctea, passo a questionar, teimosamente, minha própria existência... mas quando, subitamente, meu pequeno filho se vira pra mim, e se lança num abraço cósmico... pronto, tudo passa a fazer sentido.

Inserida por Lucianoprada

O problema em ser medíocre é não enxergar a pequenez do seu tamanho

Inserida por Raphael859

Aqueles que buscam somente as grandezas materiais encontram apenas a pequenez moral.

Inserida por Roberto2011

Percebi a minha pequenez quando vi meu erro e por poder mudar o ângulo e percebe-lo, descobri a minha grandeza....

Inserida por thalitamarangon

É somente através da nossa PEQUENEZ que revelaremos ao mundo a GRANDEZA de DEUS.

Inserida por PrincipeAilton

Quanto mais conheço, mais vejo a minha pequenez diante de DEUS.

Inserida por RenatoMachado

Quando olho para o ceu,com toda sua magnitude e universalidade, percebo a pequenez do ser humano

Inserida por larissalinhares

A escuridão é imensa e parece impor seu tamanho sobre nossa condição de pequenez. Aproveita-se da nossa insignificância para ganhar profundidade. E toma conta do espaço e o consome. Tanto e tanto que ninguém o vê. E cresce. Alguns tem medo, alguns dormem, outros ficam impacientes. Cadê a luz ? Luciferases que trabalhem !!! Só breu, não tem se quer um vagalume. Só silêncio. O escuro silenciou a cidade. Foi grande a escuridão, não se fez entender apenas agiu e eu não sei nada sobre sua amplitude mas sobre as pequenas coisas talvez eu saiba menos.

Inserida por renecadide

O sentimento derivado da grandeza de espírito é
inversamente proporcional ao derivado da pequenez
Quanto mais grandes somos, menos importantes nos
sentimos e mais humildes nos tornamos.
Quanto mais pequenos somos,
mais importantes e orgulhosos nos sentimos.

Inserida por FrancisIacona

" A grandeza ocupa pouco espaço, mas a pequenez ocupa muito espaço".

Inserida por FrancisIacona

Será loucura, ter sonhos tão grandes diante a minha pequenez?

Inserida por elizetemacedo

Mas se quiser viver de pequenez, deixe que eu brilhe por você. O Sol e eu bastaremos.

Inserida por djoongo

O verdadeiro valor de uma obra de arte está na pequenez dos detalhes, que aos olhos mais insistentes permitem brilhar.

Inserida por FERNANDOMAURICIO

A nossa ignorância e pequenez é provada quando atribuímos ao ouro as qualidades do sol, tornamo-nos crianças, crianças egoístas, crianças míopes, cegadas pelo brilho falso do ouro que queima a vista de nossas múltiplas inteligências, em decorrência da busca incessante do conforto aos nossos cinco sentidos.

Inserida por franciscusfalerius

É na imensidão do nada que percebemos a nossa pequenez. Mergulho profundo no vazio absoluto quando o pensamento me deixa. E procurando me agarrar a qualquer fragmento que possa encontrar nesse espaço, percebo que nada sou e que são as coisas que me completam. Sinto-me perdida, tenho tudo do nada, mas de tudo me falta para eu ser completa. Minha mente vazia é um tormento; preciso de pensamentos para que eu possa voltar e ser algo.. alguém.. de novo.. que eu pensava que existia!

Inserida por ClaraPensamento

O Galo
Impotência, inutilidade, medo, pequenez. Chame como quiser. A verdade, é que as palavras jamais conseguirão expressar com exata precisão o que eu sinto ao ver aquilo. O que? Um galpão. Um imenso, fedorento e decadente galpão. Milhares de olhos tristes emolduram os rostos grandes. Bolas negras de inocência dilaceram meu coração em bilhões de pedaços. São os olhos da carne. É a comida demonstrando sentimentos adversos, tentando impor, de forma inútil, a vida que nunca lhes pertenceram.
O que acontecerá depois de hoje? A quem pertencerão?
Um futuro incerto, recheado de crescimento econômico está sendo pactuado em contratos legais de compra e venda. Eles não são animais, são coisas. Bens que nos pertencem e podem ser vendidos, assassinados, comidos ou amados. Nas jaulas frias, flashs de câmeras fotográficas inibem uma psique descontrolada. O bico frenético do galo negro morde, com demasiada ansiedade, meus dedos trêmulos.
“Você vai ficar bem”, tento dizer de forma inútil, enquanto percebo a mentira que escorre pela minha fina linha de voz. Falo como um sopro. As lágrimas me veem aos olhos, transformando diversos sentimentos em uma gota de agua palpável, a matéria da minha subjetividade não compreendida. O galo tem o olho esquerdo machucado, as patas são enormes, o corpo beira o absurdo. Hormônios. O animal foi vendido por quinhentos reais, as placas indicam que ele é o vencedor no quesito de reprodução de matrizes. Misturar raças e rações é o segredo para essa geração de aves mutantes. Claro, precisamos de galinhas fortes, recheadas com proteínas induzidas para nos dar alguma dose de energia. Mas ele não sabe, não percebe. Seu instinto diz que precisa reproduzir, seu corpo pede por comida, seus olhos ardem. O estresse diminui sua produtividade como galo. Meu Deus, será que o galo sabe que é galo? Acho que não. Está perdido na escola do professor Xavier para super dotados. O galo é um super galo. O galo me bica, pra tentar impor sua grandiosidade. O galo é apenas o galo que engole medalhas pela garganta e, ainda assim, não deixa de ser galo. Mas eu, a garota de fora que esconde o choro, sei que ele é apenas um galo que foi induzido a ser, literalmente, grandioso.
Vou embora, me despedindo daquele ser perturbado. Dobro à direita e encontro mais jaulas. Gaiolas pequenas enfestadas de animais sensíveis de pelugem branca reluzente. Eles são os melhores no quesito de pelugem, os melhores no quesito de carne, os melhores no quesito de venda. São coelhos. As orelhas pontiagudas saem por fora dos buracos minúsculos, os flashs desafiam a capacidade visual dos animais, induzindo-os a um estado de torpor. Os corpos trêmulos demonstram fragilidade. As placas brancas de madeira rústica, demonstram preços. Eles são separados de acordo com seus quesitos mais impressionantes. Crianças se amontoam à minha frente, com os dedos pequeníssimos a tocar-lhes o pelo premiado. Mães sorriem, tiram fotos, explicam a vida do ser que está enjaulado como algo banal, um destino certo, uma beleza que está ali para ser vista e depois esquecida. Nada de nos aprofundarmos. Corações tão rasos quanto seus interesses. Eles são a base sólida de um mundo já corrompido, a ignorância em massa que carregará para sempre os mais aptos nos ombros. A ignorância que alimenta a violência, que educa com cegueira, que vive em vão, que morre sem orgulhos.
Ao lado, uma loja de roupas vende casacos de pele, paralelo a uma loja de filhotes de chinchila. Mais fotos, mais crianças. O peso de não se ser ignorante em uma terra enfestada de burrice. Tento sair dali, trancar minha respiração, fechar meus olhos. Temo não suportar o abismo que se abre em frente aos meus passos febris. Mas suporto. Suporto o suficiente para chegar até o galpão ao lado, onde o meu principal destino se encontra: os bovinos.
Nada de jaulas, nada de flashs. Aqui, há somente vacas, bois e cheiro de estrume. Placas enormes indicam os melhores matadouros, a melhor vaca para alimento, o melhor touro para reprodução. Cartazes esplendorosos exibem, com certa soberba, o orgulho de um boi em especial. Não lembro com exatidão o nome dele, mas sei que era muito, muito especial. Seu Sêmen foi vendido para dois continentes. Sua espécie, sua raça, ou sei lá o que, eram do mais alto escalão de linhagem bovina. Se você quer carne macia e animais dóceis, venha até mim. Se você quer animais submissos e uma linhagem mais rápida, venha até mim. Meu boi é o melhor e maior reprodutor do mundo. Venha até mim.
Eu vou.
Vou até o boi de quem tanto falam e não vejo nada além de um boi. O boi que, de tanto ser exaltado como boi, também pode se ter esquecido de que era boi. Mas eu... Ah, eu sabia que ele era um boi. Ele não me vê, estava ocupado demais regurgitando aveia. Mas eu estava lá. E eu via. O tamanho anormal, o pelo excessivamente penteado. O principal objeto de consumo, a melhor propaganda possível do objeto mais caro. O capitalismo agindo na sua forma mais pura para manipular a pecuária de que tanto dependemos. Continuo olhando e vejo apenas um boi. Um boi lotado de compromissos, fotos, folders, medalhas, filhos e linhagens inteiras de comida. Ao lado, mais bois. Todos os tipos de bois. Não conheço raças nem nada, mas sei distinguir cores. Bois brancos, bois marrons, bois pretos. Todo tipo de boi. E todos os bois que eu vi, devolviam o olhar meio incerto. O destino que nada lhes trazia, a compaixão que não lhes era devida. Olhos tristes. Bolas negras, repletas de mistérios e amores não percebidos. Bolas negras que continuavam a perfurar meu coração.
Será que o galo sabia que era galo ou apenas se convencia do contrário?
Por que estou começando a perceber falhas na minha identidade que não condizem comigo mesma. E, talvez, também ache que sou um galo. Na minha fraqueza, na minha pequenez. A indústria que consome meu dinheiro, de forma indireta. A pecuária que me engole pelas pernas contra a minha vontade. O mundo gira, enquanto acho que sou galo. E, nesses giros em descompasso, me perco numa identidade já não tão natural. Sou um galo que não se reconhece como galo, e, talvez por isso, me intitule como humana.

Inserida por sararibeiro

Nunca deixo de me impressionar com a pequenez da alma humana diante da felicidade do próximo.

Inserida por RogerioCarvalho