Pensamentos Dor
Dor de cabeça é como um convidado indesejado que fica um pouco e vai embora. Enxaqueca é como um hóspede invasivo que chega sem avisar, traz a família toda e se recusa a sair.
Ser ponte é missão de quem ama.
Quando estendemos a mão,
o abismo da dor deixa de ser fim e se transforma em caminho de recomeço.
A alma é um universo secreto onde o silêncio canta, a dor floresce em luz e cada cicatriz escreve poesia nas entrelinhas do ser.
(LilloDahlan)
Vou transformar sua dor em uma obra-prima. Cada grito será uma nota cada lágrimas uma pincelada, até que o mundo se lembre de você somente como um aviso do que acontece quando alguém ousa machucar você.
O que você através de alguém que te ama?
Dor, solidão, desejo de algo que não consegue.
Olhos tristes;
Alma cansada;
Abraços desconfortáveis.
Não sei dizer se isso é amor, soa mais como uma dependência, um vício ruim.
Amor deveria causar tanta dor?
Aqui eu ouço os que assim como eu, já caminharam entre a dor e a fé.
Assim como eu, tiveram a infância roubada, mas que ainda à esperança e que persistem.
E a todos os que, mesmo em silêncio, continuam lutando para existir.
Minha história é isso, uma colcha de retalhos emocionais onde fé, dor, memória, solidão e lucidez coexistem como os fios que sustentam uma alma ferida, mas viva.
Carrego uma dor antiga, dessas que não gritam,
apenas sussurram e mesmo o sussurro pesa.
Não desprezo o mundo... Eu apenas temo desmoronar na frente dele.
Sobre poesia.
Serei poesia mesmo quando a dor for um degrau que sempre impede, buscarei palavras positivas em todas situações. Sou verso que sempre fala, palavra que sempre espera por encontros.
As notas de Tchaikovsky tocam minha dor, como se conhecessem minhas cicatrizes. No caos da vida, sua música dá forma à angústia e por um instante, ela dança.
Quando o mundo me afunda,
a música clássica me resgata, faz do caos, compasso, da dor, silêncio. Em cada nota,
reencontro o passo que quase perdi.
Sempre fui melancólico, como Chopin. Ele chorava em teclas, eu, em palavras. Sua dor virou partitura, a minha, tinta nos ossos.
Nesse espelho triste, reconheço a linhagem dos que sentem demais
e transformam a dor em arte.
A faca da dor
O real amor;
O amor é como uma faca
a lâmina que pode te machucar
é a mesma que pode te salvar
no fim tudo vai depender de quem a empunhar
Somos cordas… E a vida, um martelo de piano. A cada golpe, dor, doença, preconceito, vamos desafinando… Minhas forças se esvaem, minhas emoções tremem em dissonâncias. Ainda assim… insisto em vibrar, tentando harmonia
onde só há fúria.
A dor me faz triste. Cada fibra em mim lateja memórias que nem a medicina apaga. Sou um retrato ambulante de perdas, do movimento, da autonomia, da esperança. E assim… Atristeza brota sem cessar,
como uma secura interna que nenhum afago alcança.
A melancolia mora em mim… chega com a dor, se agarra aos meus pensamentos como sombra sem fim. A esperança vem… breve, estranha,
quase incômoda… antes de a escuridão tomar tudo de volta.
Às vezes, desejo sair do meu corpo e ser só sombra, livre da dor que insiste em ficar. Mas este corpo pulsa, me chama a resistir. E mesmo na escuridão, nasce uma luz pequena, promessa de que a aurora sempre pode voltar.
