Pedra no Lago
No fundo do lago onde tudo é lento e parado,
Queria poder viver lá, assim poderia parar meu tempo,
A vida segue como correnteza de um rio num ritmo rápido e continuo,
Nunca para e não pode ser parada,
E os que lutam para parar, morrem afogados.
Vejo água,
rio, lago
ondas do mar
Tudo me trás,
me leva,
me tem.
Sentimentos bons,
familiares,
de casa ou lar
Sinto Oxum,
braço d'água,
colo ribeirinho
Pedindo calma
Amor,
Está tudo bem
Sua força está
no seu jeito de amar
e se deixar levar
Ossanha lhe acompanha
quando sente o chamado
de cuidar da Terra
Ame a ti mesmo
como ama o Sol,
a chuva e o vento
Que um dia retornarás
ao seu lar de direito
em meio a árvores, águas e o ar
Segue o baile
Sem perder o anim-al
que te dá poder e guiança
O planeta Terra pede sua cura
pede tua cura,
pede você inteiro, guerreiro
Nunca se esqueça
Que na plenitude
o impossível jaz manifestado
E que toda a existência
Mesmo que lenta
te trás sempre o necessário.
Sentado a beira daquele lago, procurando algo importante para dizer, mas como, Leonardo da Vinci disse uma vez, "as mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar".
Como no mito de Narciso que se apaixona pela própria imagem refletida no lago, algumas pessoas, simplesmente, não conseguem desviar os olhos de si. Seu mundo se resume em apreciar-se apenas! Negando qualquer valor, beleza ou talento em seus semelhantes.
Todos os dias nos vemos cercados de "Narcisos e Narcisas"
certos de que não há ninguém mais inteligente, mais belo, mais genial, mais...mais... que eles. Esquecem-se que "perfeição é meta inatingível".
Grandes gênios da pintura, da escultura, da literatura, das ciências, embora os achemos perfeitos, não sofreram da síndrome do Narcisismo, uma vez que nunca sentiram que sua obra estava perfeita, mas morreram acreditando que poderiam ter feito melhor.
Cika Parolin
No Ritmo do Passacale
Sou natureza
Tua presa
Com planícies e montanhas,
Cerrados, ilhas e lagoas.
Na sedução tu não me ganhas
Eu oferto e tu me doas
Escalas os picos, passeias no vale,
Mapeias no ritmo do passacale.
Descortinas o véu
Exibo meu céu
Nadas em mim
Exalo jasmim
Deitas nas pedras
A seiva medra
Sorves nas fontes
Gritas nos montes
Ecoa num rio de paz
Cavaleiro audaz
És minha presa
Sou tua natureza
ÁGUA MORTA EM TERRA BOA
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Água morta, em terra boa,
não é lago, nem lagoa,
mas é vida na barragem...
Quando o vento sopra à toa,
tudo passa e tudo voa,
mas a terra é mais que aragem!
Água morta, nevoeiro...
Berço eterno e derradeiro,
nas entranhas do meu chão...
Vai-se o tempo, tão ligeiro,
como as águas dum ribeiro,
mas a minha terra não!
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16/09/2014
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in "MAR REVERSO (Ecos da Terra, do Mar e da Vida)", 2015
📜© Pedro Abreu Simões - Poetautor ✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes
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Possa nossa alma, assim como um lago que se completa com suas águas serenas, abastecer-se da força Divina e suprir-se a si mesma
Julgar é inconcebível, deveríamos saber mais sobre o que há dentro de nós, sobre aquele lago de águas negras que o espelho não mostra porque é indulgente.
by/erotildes vittoria
Poesia Social
Vejo meu reflexo
No lago social.
Eu no meu mundo
Refletido.
Eu no meu mundo
Refratado.
Projetado sobre as curvas sociais,
No transpasse.
Projetado sobre as curvas do eu,
No reflexo.
O fenômeno ocorre pela presença da luz.
Sem ela, tudo existe,
Mas não pode ser visto.
Na beira do lago, siimplesmente passeava, eternamente pelo coração, a paz não é agora pro tanto faz, prá lacuna do observatório retornar, com a mesma largura do concretizar.
Quisera encontra-lo
Quisera encontrar-lo
Em um lago cristalino
Ou num oásis
Nas ondas do mar
Nas nuvens no Céu
No infinito das estrelas
Na brisa da madrugada
No nascer do Sol
Ou quem sabe
No perfume dos lírios do campo
Numa nova canção
Nas cordas do seu violão
Dedilhando o meu coração
Fazendo de mim
Uma melodia para seu coração
Quisera encontra-lo
Dentro da filosofia do amor
Autora: Simone Lelis
JORGE AMADO
Mergulho no mesmo lago
de Jorge Amado.
Cochilo, ao calor dessa lareira baiana.
Para esvanecer meus fardos
caminho descalço
por cima de Jorge Amado.
Poeta potente, que hoje é pó!
E pó de poeta potente:
o vento leva
Leve e quente...
Nada é pra sempre!
É começo, meio, fnal.
Só a poesia é imortal
O resto: é pó!
Ádyla Maciel
Sinto-me como um lago Ártico com sua superfície congelada e e opaca.
Gélido e sem vida aparente, calcinado com o frio sopro da solidão que faz questão de lembrar sua presença.
Mas a vida grita e transborda em seu interior, suplicando pelo afago quente do sol, que mesmo longe lhe dar esperanças e fôlego de vida.
Esperança de uma dia poder sentir seu abraço cálido e terno.
Firmado nesse convicção de que o sol brilha ou brilhará para todos um dia ele segue em sua silenciosa vigília.