Passado e Pagina Virada na minha Vida
GINA
Amo, que sinto, desando
Gosto de ter em meus braços
Sempre minha flor dormindo.
Ela é uma obstinação minha
E da roseira ainda pra rachar-se.
Vejo a mulher e me provoca a rosa
Acochado o meu coração.
Primeiro veio o botãozinho,
Logo se abriu num soninho
Minha delicada, tão mínima
Todo diamante é assim.
Porque não haveria de ser
O amor, todo de estimação
E Ela além de ser muito mais que gente
Por aí, chamo meu amor, coração
Só do batente pra dentro
Meu coração a tem nos braços
Pra onde ela pousa subindo,
Amo esta mulher pequenina,
Como já a botei em minha sina,
Amo esse anjo encantado
Amo essa força de cima,
E para que todos sabem
Desse amor que a mim anima
O nome dela confesso,
Eu mesmo não sei qual daria
Mas quando a viram no galho
O mais alto da rosa-mimo,
Já foram logo chamando,
O meu amor, de GINA.
_____________
naeno*comrervas
Espero pelo seu doce abraço
O toque que cessará minha dor
Por um minuto fecho os olhos
Na tentativa de fugir da realidade
E dormir em seus braços.
Os braços que me fazem desaparecer.
Que ao invés de me prender,libertam-me
Libertam-me do medo,de minha dores...
Fecho os olhos,na tentativa de fugir
Pois o mundo vai desmoronar.
Eu não quero ver.
Você não vem?
Suavizar minha dor...
Me deixará assim?
Você não vem
suavizar minha dor?
Logo o dia surgirá.
Você não vai trazer a luz para o meu quarto?
Quebre as algemas dos meus braços
Liberte-me
Rompa o selo de lágrimas e fel
Eu ainda espero o seu doce abraço
Você vai esperar pra beijar meu cadáver?
PASSARINHO
Estou fazendo a minha parte,
Passarinho,
Estou vertendo água dos olhos.
Gota a gota, derramando, passarinho.
Sem nem ter quem me console.
Estou fazendo dessa dor
Uma promessa
Que sem nem ver, estou pagando
E sem ter razão, que vida,
Passarinho, eu canto ainda,
O teu nome vou chamando.
Passarinho um rio indo
Na corrente é um destino
Que só se acaba com a morte.
Contravir é sacrifício
Que só peixe faz perdido
Confundindo o sul e o norte.
Não há nenhuma evidência que me responsabilize pela minha existência, portanto, eu não tenho o que pagar!
Estações
Quando acordei já era hoje, havia um sol tão forte que queimava a minha pele como ácido de minhas próprias criações, me fechei dentro de mim por todo o verão, não vi as crianças correrem na praia atrás de uma felicidade simplória, não observei o passeio do casal de velhinhos que moram no andar de cima do meu apartamento, que costumeiramente saiam com seus chapéus de pano e um óculos bem engraçado todas as tardes com seus dedos entreleçados, parecendo não deixar que o suor do cansaço os separassem, não escutei as músicas que mais tocaram nas rádios e fizeram a trilha sonora na vida de muitos vivantes, não fui beijado por vários lábios, não pratiquei exercícios físicos que fortalecessem minha auto estima, não fui convidado para uma noite quente, em meio a risos e um total despreendimento sobre o dia seguinte, não alimentei os pássaros que suicidamente bateram no vidro da minha janela querendo entrar, não frequentei nenhuma exposição de artes ou uma temporalidade cultural que me inspirasse, não tomei aquele sorvete de maracujá que tanto gosto na sorveteria perto da revistaria do seu Pedro, não cantei no chuveiro depois de ter transpirado de tanta alegria, não tive conquistas, nem amores de estação, não dancei até perder as forças nas pernas, não me entreguei ao novo e desconhecido e muito menos me joguei do alto do morro agarrado em uma asa delta, não houve grandes aventuras e nem elevações em meu nível de adrenalina, foi apenas mais um verão que se passou. Agora, abro o guarda roupa e procuro minhas vestes de frio e me agasalho em plena nostalgia, tomo aquele velho vinho deixado na estante da sala para abrir com alguém especial, assim fiz, o bebi. Meu coração se aquece a cada vento frio e pego os álbuns de fotografia e me transporto a cada imagem que se mantêm viva dentro de minhas inócuas lembranças, ouço velhos discos e até me arrisco em alguns passos, mas, mesmo assim o silêncio da sala me agridem como punhais e o tempo faz questão de mostrar o quanto o calor da vida vibra, resolvi bater na porta dos meus vizinhos do andar de cima e lhe oferecerem um pedaço de queijo e me deparei com correspondências jogadas ao chão perto da porta, banhadas com uma leve poeira, quando repentinamente a voz do porteio me disse em meio a surpresa o que eu não sabia, chorei e desmoronei lentamente quase que acompanhando o toque das lágrimas em meu rosto, corri sem direção e gritei sobre as grades do prédio: "já é inverno", e mesmo assim meus pés não respondiam ao meu desejo de ultrapassar as barreiras que eu mesmo construi e poder ver aquelas pessoas e certos lugares, de me encantar com o nada, de rir das minhas peripécias, de fazer novos amigos e rever os antigos, de escrever uma carta de desculpas, de viajar e obter novas memórias, de retomar os meus projetos profissionais e sonhos pessoais, de deixar o coração bater até sentí-lo saltar pela boca, de me emocionar e realizar a auto cura que tanto espero. Não conseguirei resgatar todos aqueles dias de verão, mas posso transformar este inverno no começo da minha nova estação, pois, um dia ainda quero admirar o brilho deste planeta amarelo, sentir as cores me dominar, ler um livro no banco da praça e esperar que ali se aproxime a pessoa que tanto espero e me convide a ver o pôr do sol.
A frase mais sem sentido pra mim é "Querer não é poder"
Pois na minha imaginação ninguém se mete.
E lá eu posso tudo!
Minha maior mentira foi tentar enganar meu coração, dizendo que eu não me importava com suas atitudes e nem por onde você andava.
Preciso de um tempo para mim
Ser o centro da minha atenção
Buscar o que me agrada
O que dá prazer...
ouvir música...
soltar o corpo numa dança...
ou a imaginação em um livro...
dirigir sem destino...
cuidar do corpo e da alimentação...
curtir um hobby...
pintar...
Preciso de um tempo para mim
Um tempo para nutrir minha alma
Um tempo para ouvir meu coração
Um tempo para conversar com DEUS...
Eu cada dia, mato um pouco de mim mesmo, com o objetivo de fazer calar minha voz interior, ou melhor, estou tentando me livrar das perturbações interiores desenvolvendo uma consciência depravada, fraca, viciada que me faça feliz no torpor da vida. Quero me aquietar diante dos homens e de Deus. Ou perder o respeito de mim mesmo. Ou ainda deixar de preocupar com o que os outros pensam de mim. Nesse suicídio a prestações, mareio meu brio.
REFÉM
Algemada, fruto do meu coração
Consumada, minha própria condenação...
Viver sem ti, é estar sem mim
Mesmo sabendo aonde estou
Certo de que nada sou.
Certo demais,
De que não sou capaz.
Confinado, olhos da minha razão
Fustigada fio da minha canção.
lembro os teus olhos
Entre as vidraças
Te acostumando ao pavor
E eu me entreguei ao sabor
Da mesma pena e da mesma dor.
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naeno*comreservas
PALMA DA MÃO
Eu não conheço a palma da minha mão.
Entre tantos cruzados de linhas,
E mais de um veio principal
Onde descambam as águas dos meus dias.
Não tenho noção do que seja a palma da minha mão,
Reconheço, e já é volumoso
As coisas que toco, a embaralhar meu destino.
Reconheço, quando a espalmo frente aos olhos,
Alguns poros suados, o anel centenário,
A cor, que coincide com a cor do meu corpo inteiro.
Na aventura a que me lancei,
Em me procurar e me achar,
Em algumas partes de mim deu pra ver
Outras nem que eu virasse o mundo o contrário
Daria para medir, saber, esboçar.
Alguém, como eu, desconhece, numa vista frontal
O seu crânio, seu cabelo, tal como tal, são?
Ou conhece seus buracos
Que só na cabeça contam-se sete,
Afora os outros por onde se mete
Nosso temor, dizer explorar.
E os seus encontros de mãos e pernas,
Como uma árvore, quem conhece?
O por trás todo, ninguém sabe o que é.
Sabemos dos outros, também minúcias,
Nada de definido se sabe
O que conhecemos de nós mesmos
Também os ouros conhecem,
E somos mais conhecidos por eles,
Do que por nós, da mesma forma inversa.
Se por fora de nós pouco sabemos,
Imagine um devaneio por dentro.
_________________
naeno*comreservas
CARTA
Um dos meus desejos mais ardentes
Sempre foi o de sair deste lugar
Minha primeira ambição foi ser
Um militar do exercito brasileiro
Sempre os julguei importantes demais
E trabalhadores eventuais.
Porém eu não era do tipo certo
Que recebiam ordens e a executava
E o mais complicado de tudo,
Sou o tipo miúdo, a que se serve quase a nada
E ainda com uma forte tendência a me perder
Nos meus devaneios de poeta.
Pensei, penso e pensarei...
logo ex...isto, pois sinto o som...
(O barulho)
...barulha na minha cabeça...
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