Parte de nós
Seria uma felicidade para a maior parte de nós – pouparia a agonia de centenas de açoites e mortes miseráveis por fim – se o generoso mar tivesse naquele dia nos subtraído das garras de homens sem coração.
É que algumas ervas daninhas fazem parte de nós, não conseguimos mesmo arrancá-las e acabamos por nos acostumar a elas, mesmo que sejam maléficas.
A melhor parte de nós é o lado de dentro; aquela que só o silêncio e autoconhecimento conseguem tocar.
Às vezes ficamos tão sozinhos, que a solidão já não importa tanto, ela já faz parte de nós, aprendemos a conviver com ela e a suportá-la, não porque queremos ser assim, mas as vezes é única forma que temos de seguir em frente e não desistir.
Opostos e Complementares - Parte I
Nós dois somos assim, pequenos magos de pequenos truques.
O seu desejo de pecado se contrapõe à minha fé. Afinal, de santidade você disse que eu entendo.
Mas ambos caminham lado a lado e é tudo o que nos escraviza; nosso futuro, nosso passado e nossa libertação.
Você sabe que eu me encerro no meu quarto e me permito todas as divagações, fantasias, obsessões, perseguições e que me viro de inventos, que eu mal me resolvo e me aguento.
Você sabe que eu sou desorientada pelos meus instintos, que um lado meu é meio de farsas e o outro é meio de aforismos.
Você sabe que eu sou de todas as misturas, que sou agridoce e também torta de limão. Que eu sobrevivo de paixão e também de anarquia.
Você também sabe que entre o seu signo e o meu existe uma possibilidade de veneno, que talvez te mate ou que talvez te salve.
Mas há de sobreviver o nosso pior porque os opostos se tocam sempre e sempre...
É inútil se afastar. Aonde quer que você vá não há retorno.
Dizer adeus a um amor é cortar o coração aos pedaços; é abandonar uma grande parte de nós; é conhecer uma dor que tempo algum nos fará esquecer.
Quando amamos sonhamos ficar junto da pessoa amada para sempre, e quando percebemos que isso não será possível, o mundo desaba nas nossas cabeças.
Perdemos o chão e a razão. Deixamos de ter motivos para sorrir e até de continuar a caminhar.
Não temos vergonha de ver a nossa sombra. Aceitamos a sombra como parte de nós mesmos, porque senão ela não diminui.
Não tem como esquecer o passado, ele faz parte de nós. Temos que nos acostumar com as ausências que ele trouxe e com as dores que ele causou. Só assim conseguiremos seguir em frente.
Muitas vezes nos tomam a alegria .
Mas ela é nossa, faz parte de nós, temos direito
de tê-la.
Sendo assim, não deixe que ninguém tire-a de você,
defenda-a, defenda-se, com toda força do teu coração.
Flávia Abib
Parte 1
Nós dois somos uma vida unida em um mesmo propósito,somos um amor forte e intenso que a cada dia se renova e aumenta,Somos dois corações que estão sempre sincronizados na mesma conexão, somos um amor por mais de uma vida e duas pessoas dispostas a tornar tudo real e até eterno, a gente sabe a grandeza que tem esse amor que habita dentro de nós e nos faz querer viver algo que seja para sempre e um amor que contagia a alma, que nos faz querer estar sempre juntos, temos um laço forte de amor profundo , temos sonhos que mesmo quando ainda não existia um nós, já éramos capazes de imaginar tudo, um dia sonhamos com tudo isso e hoje estamos aqui, prontos para tornar real esse amor, prontos para viver o melhor que deus tem para nós.
Há uma parte de nós que está presa a ciclos. Ela não evolui, não se transforma, nem se comunica. Ela apenas se repete.
A saudade de um amor nada mais é que a falta que sentimos de parte de nós que se foi com quem amamos.
Por isso a angústia, por isso o vazio.
O trauma é uma toxina que se prende em nossos cabelos, órgãos e no sangue e se torna parte de nós, como os metais pesados. Nossos corpos nada mais são do que uma camada de carne em torno de tudo o que foi ingerido e experimentado por nós.
Há diversas drogas temidas e conhecidas por maior parte de nós, porém, há uma muito mais tóxica e desmotivadora da nossa evolução , o PESSIMISMO!
A alma angustiada grita sem ser ouvida por ninguém e leva parte de nós. Como uma avalanche destruidora, leva os sonhos e a vontade de viver.
Simbolicamente deixamos morrer parte de nós para promovermos um divisor de águas e nos darmos novas chances para nos renovarmos mais uma vez. Porém, na maioria das vezes nos esquecemos de nos conectarmos conosco para
promovermos uma escuta sincera, profunda e catalisadora de transformações das nossas reais necessidades em nosso projeto de vida neste mundo.
Quantas vezes temos reverberado no
autoengano, sendo portanto necessário abandonar o campo de batalha infrutífero que somente nos causam dor, confronto, desconforto, desgaste e derrotas, sendo materializado por pessoas que queremos ao nosso lado, lugares desabitados de sentimentos, circunstâncias em que não há reciprocidade e propostas decadentes que gritam em seu último suspiro por serem abandonadas. Isto porque de algumas
experiencias praticamente restou
somente a nós mesmos e a nostalgia de vivências que não poderão mais retornar,
somente ressignificar.
Quando abandonamos o confronto com batalhas infundadas, nos desarmamos com a vida para podermos então voltar o nosso olhar para o autocuidado e para outras perspectivas de tudo o que nos acontece.
Infelizmente decidimos muitas vezes por não desapegarmo- nos, negando-nos que a vida nos presenteie novas chances para nos sentirmos integrados e vivos mais uma vez.
Soraya Rodrigues de Aragao