Para uma Pobre e Coitada
Ai Deus, cuida de mim…
Pobre sei que sou!
Pois amar é só o que sei!
E amar, só posso e só quero uma única mulher
essa que está aqui, prestes a acordar!
Vejo o meu retrato: um menino pobre de Porto Barreiros que chegou a Goiânia num caminhão de mudanças. Penso que evoluí muito.Mas não importa o quanto eu tenha evoluído, eu continuo num caminhão de mudanças.
O homem, pobre ser humano, tem o universo para conhecer, porém, passa a maior parte do tempo dentro de prédios. Anda pelos mesmos caminhos, igual a uma lagarta que não sabe que, num belo dia, o seu destino a fará voar.
Soando o som da vida.
O som do coração... Pobre coração, que com tanto esforço guardou-se, fez uma construção.
Pensou que estava protegido de bandidos, das pessoas.
Iludiu-se
No som da gaita que soava o som da vida escutaram, som de machados.
Alguém quebrava seu muro, sua proteção, tirava do castelo.
E te trazia pro mundo, o som da gaita aumentava.
A vida aumentava
Agora não havia muros para atrapalhar a visão, estava tudo diante de si,
A dança, o cheiro, o tono da voz, as cores ganharam vida,
E a gaita aumentava a vida,
E o passo diminuía, diminuía e depois de sentir a vida, dois rodeios...
A queda
Não havia mais proteção, nem muros e quem a tirou da construção, partiu.
Estava perdida num mundo que não conhecia, que se protegia
A queda, a gaita,
Não havia mais som,
Não há mais o som da vida.
A ausência causava dor.
E o som morria dentro de si.
Amar, Amar...
Nada se dá a ti pobre coração, se de morada foste um dia e agora na vermelhidão de seu amor se encontra por amar, amar e não ter a quem amar se apega nestas palavras que um dia virá a oferecer, no declarar de um só gesto um só olhar, esse coração eis de dar a ti, que por minha irei chamar.
Não entristeça o teu pobre coração, pois a guerra ainda não acabou... Mostre-me a mulher aguerrida que és! A mulher corajosa que se transformou!
Sei que os caminhos não são sempre de flores e que as dificuldades podem nos surpreendermos, mas com a positividade guardada em nosso coração... Tudo é superável;
Pobre menina, falava e até amava sozinha. O era uma vez com final feliz definitivamente não era pra ela. Na verdade ela nem gostava de finais, felizes ou não, finais não são bons. Foi ai que ela acordou e resolveu deixar pra la essa historia de conto de fadas, esse tal de príncipe encantado que ela jurava ter achado mas que nem depois do beijo deixou de ser sapo, e foi ai que ela trocou o "era uma vez..." pelo "É DESSA VEZ!" e foi viver a sua vida real, do jeito dela. Não era mais a pobre donzela em perigo que vivia choramingando pelos cantos a espera do príncipe que a salvaria. Era sim dona de seus atos, unica e exclusiva responsável pelas suas consequências, que não esperava mais príncipe, nem coisa alguma.
É, eu preciso mesmo estudar, porque pobre com todas essas alergias não dá.
(Pensei quando conversava com o alergista)
