Ouvido
Não gosto de conversar contigo,
Gosto de sussurrar ao pé do teu ouvido;
Sobre o nosso tempo e as suas areias:
Eles podem até se desencontrar ao [vento,
Todos no fundo possuem um oásis,
E ao mesmo tempo uma história de [deserto.
Em matéria de amor só temos duas opções:
Podemos ser oásis ou [deserto.
O amor não aceita ambiguidades,
Ele só enxerga o [concreto.
Do teu ser quando em posição horizontal,
Garimpo o quê há de mais dourado,
e mais [belo.
O desencontro só existe para aumentar
Ainda mais a poesia,
Porque só o tempo educa o amor.
Para amar existe tempo de ser:
Veludo, seda, cetim e organza.
Depende sempre do deslanchar da hora
[até se for durante a aurora],
Não importa, para amar não existe hora,
Mande a vergonha embora!
Deixa a vida se encarregar,
Apenas se entregue,
Permita que o prazer te deixe levar,
Ame em todos os tons e texturas,
O amor requer dedicação e bravuras,
Ele te conduzirá até as alturas,
Traduzindo além das falas,
Fluindo como um rio de água doce
- mil ternuras -
Extraindo dum beijo - mil doçuras.
A fulguração do desejo em teu rosto,
Aumenta o sentido e me dá gosto,
Faz com eu prepare algo ainda
Mais saboroso,
Para que eu me torne mais do que tua mulher:
uma poesia inteira.
Rompendo métricas [sem perder]
a estética,
Uma prece faraônica - perfeita.
Para revirar os teus sentidos,
E fazer-te perder a noção de quem comanda
ou obedece,
Sou a diversão que lhe mantém
entretido,
Com os meus lábios mantenho os teus
emudecidos,
Com poesia mantenho os nossos
corpos aquecidos,
Tracejando em nós segredos infinitos.
Carrego em mim
o silêncio e a jura,
mesmo sem ter
jamais te ouvido
antes na vida,
e me fixo tua.
Cabe a nós
o recato para
a preservação
daquilo que
nos espera
e faz o coração
permanecer
em sinfonia.
Quando o amor
é inevitável,
os astros dançam
no absoluto
e indomável,
em nós o paraíso
já é impenetrável.
Certa daquilo que
nos une e move
as montanhas,
venho preparando
o quê há de ser
além dos dias
e distâncias;
e assim será.
Não é preciso
inventar história
para ter o quê para
o mundo escrever,
basta ter um
bom ouvido e falar.
A poesia da noite
também pertence
aos observadores
da cena que veem
a democracia desmaiada,
as lideranças retraídas
e a prisão a cada dia
com muros mais altos,
portas e janelas fechadas.
Não é possível que
não haja uma saída,
a justiça é um poder,
mas não uma ilha,
não me permito
acreditar na desdita.
Os versos na cadência dos teus carinhos, Delineiam o nosso poema-canção sussurrado ao pé do ouvido, Delicadeza poética que também é abrigo.
A cada véu revelado, O mistério reverberado ao pé do ouvido, É nesse profundo dos castanhos dos teus olhos - o amor será a cada dia revelado
Mordisco o canto da tua boca, Corro o risco só para tê-lo rendido, Faço versos ao pé do teu ouvido, Quero que este colo seja o meu abrigo.
A tua voz não saiu da minha cabeça, Ao pé do ouvido conseguiste marcar presença, Não duvido de que um dia você volte outra vez, e permaneça.
A tua voz é sopro divino ao pé do ouvido, Te guardo no coração como ouro, Cuide desse teu amor como quem cuida de um tesouro.
Fones no ouvido, silêncio absoluto no quarto, olho para o teto branco, as batidas do meu coração, o som da minha respiração e gritos internos.
Dou play no tocador, fecho os olhos, sinto meu coração se juntar a melodia. Tudo parece tão simples, tão fácil.
Escrevo e escrevo e nada faz sentido, nada nunca faz sentido, mas eu sei, ela também sabe.
Eu sinto saudades de 2015, sinto falta dela também, das conversas e de como tudo se mostrava tão leve.
Penso em muitas palavras das quais não posso pôr no papel, como parte disso, guardar num potinho que parece casa, enterrar a chave e mudar de bairro.
Passei na frente algumas vezes, gostava de olhar a imensa e linda árvore que tinha na frente da casa, colhia algumas rosas do jardim, bem, outras já estavam mortas, e eu nunca mais plantei nada, não podia, o que eu colheria? Espinhos.
Faz um tempo que não passo em frente aquela casa, não sei se a árvore morreu, se o jardim foi coberto por folhas secas e sem vida, se a tinta da parede ja perdeu a cor, não sei. As vezes sinto vontade de ir lá, mas já não mora mais ninguém que eu conheça naquela casinha. Guardo uma foto, uma única foto de quando tudo era lindo, feliz e colorido. Prefiro essa lembrança as que tenho agora...
Abro os olhos, dou uma leve risada, coloco os fones ao lado da cama e adormeço. Mas meu coração nunca dorme, ele sente saudades de ir naquela casinha. Ele sente saudades dela.
Ao ter dito que te
dei o paraíso por ter
ouvido a minha voz,
invadiu este coração
uma sublime paz
com muita sedução
e fez perceber que
não mais pertenço.
A nossa memória
amorosa é o quê
tem me aquecido
na solidão da noite
na cidade coberta
ao som chuva fina
e envolvida pela
atmosfera gelada.
Os olhos buscam
por você ao som
de antigas e novas
canções românticas
que fazem prever
que numa travessia
que vou embarcar
para a terra onde
vou me encontrar.
O teu casto amor
me reconduziu
ao caminho certo
e através de você
me fez renascer,
e sinto que muito
em breve estarei
sob o seu poder
de Lua e Estrela
irei corresponder.
De uma terra distante
o teu acorde não
falou mais alto e nem
bonito no meu ouvido.
O Pai de Arpa e Thor
foi condenado,
mais não foi esquecido.
Podem falar em todas
as línguas para tentar
ser convincentes.
Será muito difícil,
pois nada haverá de
ser como antes.
Se não se conforma
com a sua imaginação,
Nada posso fazer,
Estou a implorar para
saber do paradeiro
de um General que foi
preso injustamente,
e segue desaparecido.
Sou livre para falar
o quê eu quiser,
e manifestar a quem
eu bem entender.
A esposa espera
o corpo do marido
Capitão-de-Corveta
para enterrar,
Não estão querendo
à ela entregar,
E o vexame a cada
dia só faz aumentar.
Cem mentiras sussurradas à vulnerável parte auditiva, não podem abafar uma verdade dita ao ouvido cauteloso e fiável.
"O Evangelho não é apenas para ser ouvido, mas para ser vivido. É um chamado à santidade e à transformação de vidas."
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