Ossos do Ofício
Com o passar do tempo, percebemos que a carne é fraca, os ossos vão ficando frágeis e a vida tornando-se mais dura.
Eu quero quebrar esses ossos até eles ficarem melhores. Você estava errado, minha cura precisava mais do que tempo.
a névoa fria tampa os ouvidos os dentes ranjem almentando o eco
os pés tocam o chão com ossos de vidro estou no labirinto.
Levou meu foco
Vamos logo sem pensar
Balança os ossos
Me fez sair do lugar
Perder não posso, nem vou cogitar
Se ficar melhor é capaz de estragar
A poesia até tem asas e voa,
mas o poema, depende das mãos
de carne, ossos e tato,
para chegar à algum lugar!
A velhice chega
Como o vôo de uma ave
Com dores diversas
Ossos fraco
Visão turva
Raciocínio e passos lentos
E junto chega também
A falta de respeito
A falta de amor
Tantos anos dedicados
A criação
A educação
O sustento
Nada de retribuição
Velhos abandonados
Nas ruas
Nos asilos
Nos quartos escondidos
Como bichos
Livres mas enjaulados
Ninguém conversa
Ninguém ouve
Ninguém os querem
A velhice causa medo
Não pelas rugas
Pela falta de amor
A noite é sombria
Umedece meus cabelos e ossos
Meu coração lança chamas de dor
A lua me acompanha
Pergunta, se estou bem?
Talvez
Desde a última vez que eu te vi
Não me encontro
A noite antes nossa, agora me perturba
E não tem fim
Não me acostumei
Não tenho paz
Vou embora
Não consigo voltar para casa
Choro em cada esquina
Vou deixar a alegria de outrora
Pegar a mala cheia de saudades
E me vou
Estou tão apaixonada
Com trinta e dois músculos na orelha e duzentos e trinta ossos, opostos dos humanos que tem cerca de duzentos e seis ossos, mesmo assim, os felídeos há um cérebro semelhante a espécie humana.
A Morte
Gavetas mortuária cheias.
Uma geração que daqui se foi.
Junta-se os ossos do passado,
coloca-os em sacos plásticos,
o nossos ancestrais, esquecidos.
Abrindo jazigo para os próximos,
que chegam o fim da vida.
É somente um buraco,
oque precisamos ao partir.
Nessa hora as novas gerações se olham,
se questionam, ficam assustados.
Por que enquanto o tempo passa,
a fila da vida segue, e a morte chega.
Sem avisar e sem pedir licença,
e sem ordem etária, sem motivo algum.
Sim a senhora morte e desorganizada, e ansiosa.
E anda faminta nesses últimos dias.
O cavalo descorado cavalga solto,
anunciando o apocalipse.
As pessoas seguem descrentes,
Quiçá cansadas e desanimadas.
Simplesmente seguem a trilha,
O rasto o caminho largo o mais fácil
Que leva ao mesmo lugar vazio
O nada, o fim!
Tem dias em que o coração tem vontade de sair do peito, e sentisse a pele rasgando os ossos quebrando, nesses dias a única coisa capaz de nos manter respirando é a fé no outro dia!
lá
claro que quando lá chegaram
nada mais havia
nem ossos
nem peles
nem músculos
nervos claro que não também
tão bem estava claro
que mais havera de haver
para quem só tinha corações
somente restariam em cinzas as emoções
forte ser, é acordar amanhã e prosseguir...
piu
"Aqui, além, pelo mundo
ossos, nomes, letras, poeira...
onde, os rostos? onde, as almas?
Nem os herdeiros recordam
rastro nenhum pelo chão (...)
choramos esse mistério
esse esquema sobre-humano
a força, o jogo, o acidente"
não tenho corpo pra fazer carão
minha pele cansa meus ossos
moem de desanimo a cada psiu
e estalo o pescoço mal ajustado
na beira da cama
não vou nunca ser uma velha safa
O velho e o garoto
O velho e o garoto são iguais:
Feitos de carne e ossos
Diferem-se pelos extremos:
O início; e o fim da vida que se faz
O garoto anseia pelo amanhã;
O velho aguarda seu sepulto
E ambos estão suscetíveis
Às consequências do descuido
O garoto é entusiasmado;
O velho é angustiado
O dia agrada o garoto
A noite deleita o velho cansado
Uma breve vida; ao velho resta
Ao garoto; vasta descobertas
Mas o fim é o mesmo
Triste e a esmo
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Paus e Pedras podem Quebrar meus Ossos