Opressão
É melhor recebermos os dissabores de injustiças de nossos inimigos do que sermos opressores injustos.
O mártir da corrupta liberdade!
Lute!
Lute pelo que é certo, ou pelo que o achar
Lute pela história que consola este país
Lute!
Lute pela ideia dos que sofreram sem uma chance
Pelas dores que lhe fizeram suportar
Lute pelas glórias de um povo corrompido
Destruído, com seus sangues espalhados pelo chão
Chame!
Clame aos teus pais, amigos, irmãos,
Mostre a tua voz, seja aquele que conduzirá o teu futuro
Jogue duro, lute, não baixem as guardas
Não se ganha a batalha sem o prazer da luta
Não se vence a guerra sem o poder das armas:
almas, amor, caneta e papel
Lute!
Entregue aos incrédulos os teus ideais, que leais seguirão seus planos e sonhos
Alcance ao longe com tua voz a anti-democracia dos ímpios
E ainda que sinta resquícios de um povo corrompido
Deixará nas lápides dos seus túmulos o rumo do futuro libertário
Trilhada em suas vidas, uma escolha para seguir como mártir da revolução
Fará evolução com suas mãos e arte com teu sangue
Deixai que os sigam adiante, para a prosperidade da espécie
Trombetas, tambores, aos gritos e flores
Faremos escutar os intocáveis, o poder da voz que emana dos que lutam
Será como um suspiro que alivia a dor
Será da seita o bárbaro que busca livrar das mãos dos tiranos, a liberdade
Liberdade de escolha, de vida, de sonho, de cultura, de amar
E até o fim, lutareis ao lado dos corrompidos, perdidos, sem rumo a seguir
Deixará de lição, então, um caminho de escolhas, não de opressão.
Louvados são!
Amados serão!
Libertos dirão!
Cumprida missão!
Devemos ser sábios em confrontos. Ofender a pessoa que fez algo negativo contra alguém não faz de ninguém vitorioso, só cria um outro tipo de opressor! Qualquer erro se concerta com exemplo, educação. Enquanto pregarmos "olho por olho" ninguém será capaz de enxergar a paz!
Usar declarações de ódio, mesmo que para defender alguém, não faz de você um herói e sim um novo opressor.
Não pode haver oprimido sem que haja um opressor. Da mesma forma, não pode haver libertação sem que haja um libertador.
Me sinto preso dentro de mim mesmo, seguindo ordens da sociedade, onde o pecado e a morte que só me fere a carne!
Enquanto o caminho para a educação for restrito, seremos privados da libertação e continuaremos sendo arrastados por ventos e correntes, fortalecendo o sonho do oprimido em se tornar opressor
A pandemia do COVID-19 está desnudando as almas humanas e mostrando a todos o quanto ainda estamos atrasados em nossa evolução moral, desmascarando atitudes abusivas de autoritarismo e opressão de pessoas comuns ou autoridades que se faziam até então de bons e politicamente corretos principalmente na política.
O orgulho leva o homem à autossuficiência e ao endeusamento de si próprio, falsificando sua condição fundamental de criatura. A consequência social é grave: a injustiça se multiplica, criando relações de desigualdade e opressão. Deus, porém, não fica indiferente: ele inverte a situação, reconduzindo o povo ao seu projeto de partilha e fraternidade.
(nota de rodapé)
O amor pelo meu próximo deve me levar a denunciar o sistema que o oprime, mesmo que este me favoreça.
Vivemos em um tempo em que vociferar suas convicções é o caminho para a leviandade de suas verdades. A todo momento encontramos com pessoas carentes de expor pensamentos tacanhos em prol das suas mais que absolutas certezas. Não há espaço para dúvida, ou é, ou não é. Fora o tempo em que nossas avós dizem meias verdades, hoje precisamos estar conectados com as verdades absolutas de um grupo que se deixou levar pelo medo, pelas inconsistências semânticas de discursos evasivos. Não há nada a ser dito, somente a ser reproduzido. A intolerância atingiu recônditos inexplorados e apoderouce-se dos discursos efusivos de fundamentalistas defensores da fé cega, de proporções homéricas. Como diria Fernando Pessoa: onde é que há gente nesse mundo? Então sou só eu que sou vil? Esse discurso de ódio nos aduz às mais insandices das hipocrisias humanas, revela-nos a fragilidade de uma cultura insípida, porém com todos os sabores dos pseudos racionais, paladinos de uma razão de proporção bíblica, contudo à margem da pureza do amor verdadeiro. Já dissera o grande mestre: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Desculpa, mas não temos tempo mais para isso hoje, não com toda essa tecnologia que nos impele a ser nós mesmos, que nos lance ao abismo de nos tormentas e para sobreviver às tortuosas desesperanças, lançamos mão dessa nossa pureza. Afinal, quem vive de migalhas são os porcos e antes de você, existe o eu. Para dar força contrária a esse discurso, muitos dirão que minhas palavras são expressões vazias dentro do mundo de Alice. Não há mais um país das maravilhas. E não há por quê? Por que ao cantarmos nossas diferenças, isso lhe dá o direito de ser rude? Será que ninguém absorveu o que nossos pais viveram com a Woodstock? Onde foi parar aquela liberdade de amar? Vivemos em um tempo de guerra, em que matamos para podermos ser vistos. Sim, matamos não somente os outros, mas a nós mesmos, matamos em nós o nosso direito de ser amável, solidário, afetuoso; porque aprendemos paulatinamente que isso é para os fracos, melhor, para os fracassados. Saramago, brilhantemente, nos confessa (e faço das palavras dele as minhas) que a palavra de que ele mais gosta é o não, há um tempo em que é necessário dizer um não, pois o não é a única coisa verdadeiramente transformadora. Assim, diante de tantas desmesuras, de tanta desumanidade, é essencial que digamos não a tais censuras. Para que não nos acostumemos a essa fria realidade opressora, defensora da falsa moral e dos falsos bons costumes. Entretanto eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
Das opressões:
O tirano exige obediência e abusa da coerção, um membro da família ao abandonar a compaixão e o amor age assim e destrói a confiança mutua.
Resistam
Resisto
Persisto
Não desisto
Quando os avisto
Eu não os entendo.
Sujeitos
Que se dizem perfeitos
Em cujo jeito
Transborda preconceito
Onde, aulas de ignorância estão tendo?
Resistam, ó oprimidos
Desapareçam, defensores do ódio
Pois não existem ganhadores neste pódio
Somente o padrão ressurgido.
“Ninguém no mundo, ninguém na história, conseguiu sua liberdade apelando para o senso moral das pessoas que o oprimiam.”
Na ponta da lança
Da taça jogada ao chão com força,
o sangue que se esvai como em um serpenteante rio em curvas
em busca de direção na vida
desembocando em um mar de dúvidas.
Do vinho derramado por todo o caminho
a dor contida na lágrima que percorre sentidos
- de choro e de riso.
Fazendo transbordar oceanos inteiros
com uma só gota de inquietude e bruteza
entalada no canto esquerdo do olho direito,
estupefato por enxergar tanta maldade.
Olhos cansados do dia inteiro
e devido a fumaça opressora instalada no caos proposital,
agora muito vermelhos.
Do rio de sangue e de lágrima
que se forma no contorno de segundos intermináveis...
A malta de guerreiros mascarados que segue:
Com a mácula imposta a sua honra,
por uma gama de ações, antes impensáveis!
Desembestados na linha de frente da guerra,
Varrendo tudo pelo caminho
como uma manada desembestada de touros,
fazendo jus a armadura herdada
e defendendo bravamente seu tão cobiçado ouro.
De lá:
A espada covarde que aponta e assina a pele,
mirando alvos estáticos
e braços erguidos ao ar.
Do lado de cá do front:
Os punhos cerrados da malta
e a coragem que transborda no peito.
E o que se vê em meio a tudo isso
é apenas a sombra de um velho gigante,
que a propósito... Acaba de acordar!
Até que um dia tudo mude,
e os silenciados não tenham mais que se calar.
Buscar o melhor para nossa vida, correr atráz de nossos sonhos, não é ser ambicioso, é confiar em dias melhores, é ser perseverante, é poder atender nossas necessidades essênciais, é demonstrar que acima de tudo, temos dignidade!
