Olhar Vazio
POEMA – PRECORDIALGIA NUMA QUARENTENA
Hoje, eu só queria falar da dor, da dor que enlaça o meu peito nesse momento de confinamento. Sei que está sendo difícil, já senti vontade de chorar, até. Talvez esse seja um momento de encontro comigo mesmo. Quanto tempo que não tive mais esse contato, esse encontro, talvez a dor surge em meio a essa dificuldade de me encontrar e de conectar-me a mim mesmo no dia-a-dia. Nesse momento, talvez um acalento singelo pudesse apaziguar essa dor tão devastadora que urge em meu peito. A precordialgia me invade! Nesse nome, percebo o quanto o preço da dor dói em mim, o quanto eu permito ela doer em mim. Qual o preço da dor? Qual o preço da cor? Não sei! Mas, sei que estou pagando o preço por guardar tudo em mim, esses sentimentos guardados se transformaram em dor no meu peito, essa dor que me sufoca, que me tira o fôlego, parece que estou morrendo, que tem algo me corroendo por dentro. Fico pensando e imagino que o preço da cor está naquilo que eu não faço ou gostaria de fazer. Até colorir isso tudo, essa dor que está aqui dentro, levarei uma quarentena. Talvez esse momento seja para isso: para transformar a dor em cor, para refletir se vale a pena cultivar essa dor, para transformar a escuridão em luz, para colorir em aquarela a algia que surgiu quando eu entrei em contato comigo mesmo. A dor tem preço, e desse preço eu quero levar o valor da cor. Ao fim da tão dolorosa quarentena, virei um pintor de mim mesmo: a dor virou cor!
"A coisa que mais assombra a minha mente é a idéia da inexistência, uma morte sem significado, um caminho que leva direto ao desconhecido e ao vazio. É uma trilha sem volta direto para o abismo do esquecimento. Resumindo, a morte é como uma noite sem fim no completo e absoluto escuro".
Se existe alguém vital a sua existência, esse alguém é você. Sem suas opiniões o mundo vai parecer sempre vazio para alguém.
DOR DO MOMENTO
Há solidão sem fundo, há sofrer tiranos
Mais sufocantes que a cruel desventura
Sentimentos loucos, cheios de amargura
E as saudades mais extensas que os anos
São tormentos sem piedade, são danos
E as sensações na alma vazia de ternura
Eu as renuo... e a está árdua sorte dura
Que augura na poesia versos profanos
Devaneio, sim, e só assim, somente
Saio do algoz versejar tão cruento
Que me fere no tratear lentamente
Oh! gemidos assim jogados ao vento
Que chora e dói na emoção da gente
Leva pra longe todo este sofrimento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/09/2020, 10’07” – Triângulo Mineiro
Sede a seca.
O fogo e a morte.
Queimadas...
A tristeza...
Sem mar.
Sem vida.
Sem ar, sem amor.
Sem coração.
Sem remorso
Sem compaixão.
Triste a tristeza.
Triste são seus atos...
Sendo a gente primeira mudança.
Depois do despejo apenas a tristeza.
Transformação em um deserto de calor.
Fenômeno natural...
O homem sem paixão.
Ganância... Descaso com vida.
Desrespeito com o próximo...
A vida te pertence?
Saiba que tudo tem consequências.
A vida se revolta.
O suplício de existir diante da devastação provocada por você.
Tão belo e pleno que não respeita a vida.
Espera ter uma vida melhor a que preço?
Pois um dia irá oferecer um pouco mais...
De afeto para quem sempre te amou,
Sem perguntar quem é ou quem foi, apenas te deu
Mesmo direito todos têm de viver.
A gente sente quando o outro se ausenta, ainda em presença. Ele se torna opaco, feito neblina – ao encostarmos a mão para sentir, não tocamos em nada além do seu vazio.
Por algumas vezes senti meu brilho esvair-se. Pouco a pouco minha essência se perdia...
Nem sabia mais quem eu era ou como eu era, para onde ia ou de onde vinha...
Era tomado por esse sentimento escuro e vazio. Masnão seria assim para sempre, pois eu lutei...
Era apenas uma fase...
#PEDAÇO #DE #LUZ
Enquanto o tempo durar...
Algo de você sempre fica em mim ficará...
Marca profunda, sem dor...
Lembranças, saudades...
Pedaços de luz...
Um pouco de amor...
A esperança como um fósforo ainda aceso...
Pálida luz na manhã...
Lentas nuvens fazem sono...
Como às vezes num dia azul e manso...
Deixe-me ouvir o que eu não ouço...
Deixe-me ser o que sonho...
Depois que todos foram...
Ainda cá eu lhe espero...
Do fundo do fim do mundo...
Doze signos do céu o sol percorre...
E eu como outrora fui outro..
O que eu não tinha...
Eu me resigno no alto da montanha...
Falhei...
Os astros seguem seu caminho...
Mais triste do que o que acontece...
Minha alma sabe-me antiga...
Na noite que me desconhece...
Não digas nada...
Lua amiga...
O ruído vazio da rua...
O meu coração se quebrou...
No som do relógio...
Saudade restou...
Sonhei, confuso, e o sono foi disperso...
O prometido nunca será dado...
Sigo eu aqui então...
Sozinho...
Desejando ter você...
Ao meu lado...
Sandro Paschoal Nogueira
Dia do Escritor
[...] A gente começa a escrever por que não pode ou não consegue falar, continua escrevendo por que não quer se calar, daí se percebe escrevendo por que internamente os monstros estão grandes demais, incontroláveis e impassíveis, eles se tornam verdadeiros devoradores de silêncios que nos consomem dia após dia vorazmente.
Tô gritando socorro do fundo do poço, meus sorrisos são falsos, minha alegria passageira, minha vida se tornou vazia, acredito que pra mim já chega, busco um PORQUÊ pra tudo, mas sei que lá no fundo, não tenho mais lugar nesse mundo.
Talvez,
Eu sempre tenha associado os dias frios com dias tristes,
Assim como dias nublados,
Existe uma tempestade em mim,
Chove,
Reflete,
Escorre em lágrimas,
Afeta o peito,
Sujeita a mente.
Quando não fazemos esforços para nos conectar com o código moral de leis desenvolvendo as virtudes do Ser Essencial que somos, entramos em um vazio existencial muito grande, primeiro nível da ausência de sentido existencial.
Livro: Inteligência Consciencial - a conquista da autonomia da consciência
Grande é a possibilidade de destruir a rigidez e as cristalizaçoes que foram construídas dentro das nossas personalidade.
Temos que retirar as emoções antigas que estão naquele quarto vazio.
Por convenção existe o doce e por convenção o amargo, por convenção o quente, por convenção o frio, por convenção a cor; na realidade, porém, átomos e vazio...
Nunca fui bom em despedidas, nunca fui bom e dizer o que sinto...
Mas sempre fui bom em viver e sentir cada momento, fiz de todos os momentos os melhores que pude, até dias sombrios vivi e compreendi sua sabedoria e lição, pois nessa vida somos como um diamante bruto e às adversidades e acontecimentos é que nos lapida e nos torna quem deveremos ser com a soma de tudo que vivemos e acumulamos sem exceção de nada.
Amei o máximo que pude, até mais do que deveria, pois, a vida sem o amor é tão vazia e crua que os dias passam lentamente sugando qualquer tipo de esperança...
Mas tudo tem seu próprio tempo, até mesmo o tempo! E não foi diferente comigo, afinal de contas vivi o máximo que pude.
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