O Velho Poema
Fácil é amar um rosto jovial e belo. Difícil é amar um rosto enrugado e velho.
Fácil é amar um corpo esguio e formoso. Difícil é amar um corpo que não se sustenta por si só.
Case-se com alguém que tolere seus defeitos, pois tolerar as qualidades é fácil demais.
Case-se com alguém que tenha respeito e consideração por crianças e idosos, pois se esta pessoa não tiver zelo pelas crianças consequentemente não cuidará da sua prole, e se não tiver apreço pelos idosos não te tolerará na sua velhice.
Case-se com alguém que pergunte sempre sobre você, e primeiramente preocupa-se em dizer: “Como você está?”
Pois casar-se com alguém que se importa unicamente consigo e que somente diz “eu estou”, jamais se importará com você nos momentos difíceis que a vida te reservar.
Ame alguém que respeite a sua família como se fosse dele (a), pois se não respeitar a sua família, como essa pessoa poderá ser capaz de respeitar a família que vocês formarem juntos?
E, for fim, prefira estar ao lado de alguém que escolheu estar ao seu lado quando poderia estar em qualquer outro lugar, ou ao lado de qualquer outra pessoa.
Uma certa vez um senhor muito velho me perguntou " o que você quer ser quando crescer?"
E eu o respondi " quero ser rico"
E ele fazendo um sinal negativo com a cabeça me perguntando porque eu queria isso?
hoje eu o entendo, nem todo dinheiro do mundo fara o homem que tenha caráter se sentir bem, hoje entendo que basta te amor no coração.
hoje sinto um vazio imenso no coração porque sempre procurei por coisas erradas na vida, não espero mais nada da vida , apenas vou viver e ver no que vai da.
Garoto pobre da zona sul,
de roupa e alma rasgada
tecia seu verso, incerto
em seu velho caderno azul.
O telhado tinha uma goteira,
o madeirite tinha uma fresta,
Pela fresta assistia o universo,
A lua, as estrelas, que linda festa.
O dinheiro que o pai trazia,
dava pro pão, mas faltava pra vida.
A mãe dizia menino larga esse caderno
que isso não dá futuro, só ferida.
O garoto da favela nunca esqueceu a viela,
o povo, a dor, a sirene e o caderno.
Foi pro mundo muito cedo,
comprou um livro, vestiu um terno.
Nunca contestou as palavras
afiadas de sua querida mãe.
Desobedeceu ela até o fim da vida.
Em seu jazigo um poema:
Morreu o poeta da viela,
Venha estrela e venha lua,
espiar por entre a fresta.
Venham cear nessa rua,
Chorar a morte, fazer uma festa.
Cantar seus versos, contar seu amor
Fazer com que saibam que poetas
também nascem do calor da favela.
Roney Rodrigues em "Poeta da Viela"
“O tempo”
O velho descobre o tempo ao passar dos tempos
O jovem descobre o tempo e com o tempo passa
O tempo tem tempo para o velho e para o jovem
O tempo passa e o velho lembra do tempo jovem
O tempo não passa e para jovem o tempo é velho.
O trovão rola no espaço
Debaixo daquela ponte
mora o velho Quim Fonte.
O trovão rola no espaço
Esgarçando o pensamento
do ex-jovem dono do laço.
Qual fora o seu sacramento.
Quim já fora fazendeiro,
jovem laçador-trigueiro,
recheado de dinheiro.
Naquele seu último paradeiro
o qual faz divisa com o ex-fazendeiro.
Aquela ponte fez ponte pra muito dinheiro
hoje debaixo vive o despacho do guerreiro.
Um dia a vida vai rejeitando o pobre,
o rico-nobre e qualquer coisa que sobre.
O orgulho, a empáfia, a ráfia, o tesouro.
Soçobrarão os montes de ouro.
A morte dá o norte e na campa todos se igualam.
As mentiras se atiram pelas bocas que falam,
donde o miasmático exala o próprio desdouro.
Assim é a vida que passa,
traspassando a ilusão
do velho-jovem e sua visão,
cegando-o por inteiro.
Rosalva, mulher caprichosa,
falsa e indecorosa fez-se airosa
ao jovem aventureiro,
deixando-o na mão e sem dinheiro.
À rato de porão juntou-se à multidão,
enquanto, Rosalva se salva da praga,
porém, não da velhice maga
qual a prostra sobre a poeira do chão.
Assim a morte iguala
essa grande ilusão,
onde todos os mortais
tornam-se iguais
dentro da multidão,
ofuscando suas opalas...
O trovão rola no espaço,
enquanto, o velho tempo passa,
produzindo suas graças
e desgraças a todas as raças.
É bom ser positivista, mas jamais hipócrita...
Jbcampos
Do livro: Dom sucesso
jbcampos
(parábola de tempo)
Existia um velho homem apelidado de "Espelho".
Então, quando estava prestes a completar seus 98 anos de vida foi perguntado sobre o que gostaria de ganhar em seu aniversário.
Esperou, pensou e nada falou. Calado, apenas olhou pro seu bisneto e sorriu de leve como quem viu Chaplin fazer graça.
Tentando levantar-se da cadeira de balanço, ficou cansado com as tentativas e achou melhor ficar sentado e olhar o tempo.
O garoto deixou Espelho em frente ao tempo que passava lentamente e buscou um violão para cantar uma música para ele.
O dono da casa velha sentiu o som das cordas tocarem e arranharem sua alma fadigada e chorou como quem viu Charlie recitar um poema bonito de amor.
Ele olhou no rosto do seu amado bisneto e refletiu os sentimentos.
O garoto chorou em frente ao Espelho que mostrava-se infinitamente amoroso naquela hora.
Então, quando estava prestes a completar seus 98 anos de vida foi perguntado sobre o que gostaria de ganhar em seu aniversário.
Esperou, pensou e falou: - Não quero uma janela pra enxergar o mundo. Quero um periscópio que me faça ver sobre a alma.
Ao som do velho Dilermano
Pois é, meu mano, alta hora, se acordado não me engano, estou agora perto da aurora a ouvir o Abismo de outrora e também o já ausente Altamiro com seus lábios quentes e ao som de Carrilhões de muita gente presente. Parece até brincadeira, neste silencio mavioso e com a paz de estar contente e pleno a sentir o som sereno, enquanto, serenamente o tempo lá fora refresca a minha velhaca mente velhacamente insistente a sorrir ao ouvir o sorridente John a me fremir levemente: Essa sua vida é um grandioso mistério mentiroso-verdadeiro, porém, airoso...
Viva mais um pouco, meu velho, o dia está para sair...
Enquanto, o primogênito Vivaldi, num canto, com seu arco, atrapalhadamente sisudo aplaude o momento lúdico com seu espírito de gênio.
jbcampos
O QUE FAZ O BALÃO SUBIR
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa festa.
Para atrair compradores, o homem deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares.
Estava ali perto um menino.
Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.
Todos foram subindo até sumirem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia a cada um.
Ficava imaginando mil coisas…
Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.
Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
– Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
– Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
A diferença da nossa vida não está na aparência e sim no conteúdo.
Era uma vez um velho
Que se chamava Cérebro
E uma doce criança
Chamada Coração,
E eles viviam brigando,
Já se mutilaram,
Se esquartejaram.
Pois é... ainda brigam
E dentro de mim,
Esfacelados e deturpados,
Não sei qual vai vencer
Só espero que parem.
Jovem velho
O tempo é implacável,
“o tempo é atemporal”,
pode-se achar paradoxal,
porém, de repente
dormitamos e acordamos
após grandioso temporal.
O alerta aqui é valioso
para mostrar o óbvio,
a revelar o opróbrio.
que às vezes não
não sequer rever.
Basta ficar no portal
de cemitério de ricos,
ou de pobres nobres,
para o óbvio aprender.
Denotar com idades
vencidas pela morte,
mentirosas verdades
quais não fazem sorte.
Viver o momento
execrando o tempo
é viver a eternidade
destituída de idade.
Além da vida, até o tempo
não passa de mera ilusão.
- Com licença, o que está fazendo aí, velho homem?
- No momento, observando o penhasco e o mar abaixo, ouvindo as ondas do mar. Acabei de lançar uma moeda contra as rochas.
- Ótimo. E o que isto significa?
- Que alguém irá encontrá-la. Mais cedo ou mais tarde, procuramos valor nas coisas que perdemos.
O velho tênis,o jeans desbotado
Camiseta amarrotada
Um longa estrada a seguir...
A vida é assim:Louca ,corrida
Vivida e sofrida,mas quer saber?
Eu não sei viver sem esse gostinho
De liberdade que ela me da.
Nada quero
Não quero o velho
Nem mesmo o usado
Quero o novo e conquistado
Não quero conflitos
Nem desabafos
Quero paz e tranquilidade
Começo um novo ciclo
Novas ideias
Amores se foram
Mas amor de alma ficou
O que se aproveita são
Amizades sinceras
O que se descarta são
Futilidades
Sigo tudo que vem com carinho
Restante deixo para tras.
O sol dormia sob as montanhas escuras do Oeste.
Enquanto eu ouvia sons de um velho piano, que entoava notas tristes e dramáticas.
Eu observava as constelações magníficas em um céu escuro e misterioso,
Fruto da arte, fonte de inspiração e ternura.
O resplendor envolvia-me, enquanto ouvia o bater do vento.
Uma brisa fria e reconfortante me levava para uma galáxia distante.
Aquela escuridão era o fundo perfeito para todos os meus planos.
Eu contava meus segredos, dividia minha vida com aquele universo
E as estrelas me faziam enxergar o lado bom de estar viva.
Eu poderia vê-las todas as noites, unir todos aqueles pontinhos
E formar minha própria constelação, admirá-las mesmo que estivessem,
Há milhares de anos luz de distância, e fossem apenas poeira estelar.
Mesmo assim, eu não me importava.
Começava a sentir as primeiras gotas de chuva.
Podia perceber o quanto imploravam para cair no chão
E poder seguir seu rumo, depois regressando para o seu lar.
Eu sentia-me ligada a tudo aquilo.
Eu sabia que era parte de algo muito maior
E estava certa, que eu fazia parte daquele universo.
A madrugada havia chegado, e o vento contorcia-se com mais força.
Ouve um momento em que uma luz maior irradiou o céu
E me cumprimentou com o mais belo sorriso.
Eu guardei aquele instante comigo;
De uma noite fria e cheia de mistérios e um céu perfeitamente estrelado.
Da matemática só me lembro do velho jargão: "a ordem dos fatores não altera o produto". Lembro pouco porque enveredei meu caminho para longe dos números e dos cálculos, pois não gosto da exatidão das coisas, mas da discussão proporcionada por pontos de vista distintos. E, por incrível que pareça, pouco gosto das regras gramaticais, apesar de ser graduado na área e tentar obedecê-las, mas elas não exigem argumentações; afinal, o "m" vem antes do "p" e do "b" porque assim se quis, e somente por isso, só para citar um exemplo.
Gosto do Direito, da Literatura e da Filosofia porque chego perto daquilo que sempre prezei enquanto estudante: o debate e a circulação de ideias. De sorte que, mesmo incauto na matemática, chego a pensar que a regra da ordem dos fatores que não altera o produto se faz totalmente presente no processo civil, uma vez que não importa como se deu o ato processual, desde que alcançado o seu fim devemos tê-lo como válido e existente.
Na seara da Literatura, penso que a ordem dos fatores altera sim o produto, pois basta ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas para notar que uma vida narrada a partir da morte altera totalmente o ponto de vista do narrador-personagem sobre os seus atos em vida, a morte torna-o mais sensato, ou, pelo menos, deveria torná-lo, visto que defunto-autor e sem compromisso algum com a sociedade.
Já no campo da Filosofia, prefiro crer que se a ordem dos fatores não altera o produto, a soma deles o acresce. Por isso, na vida devemos procurar pessoas que somam, e não que nos subtraiam de nós mesmos.
Talvez tudo isso seja apenas parafernalha para o apaixonado por números e cálculos maçantes, mas são ideias que de repente brotam e pedem por palavras, sem esperar por algum resultado...
AMELANY PARTE 1
A concessão que falta pra te tornar o velho indigno,
Disfarça-se de perdão.
Acredito no bem ou mal
Quando destilados de um coração.
Do amor ao maligno,
Tudo acaba em um mundo real.
Espero o presente que preencherá minha caixa de amarguras.
Seu prazer é preenchido por feridas maquiadas,
Em piscina de rosas mastigadas,
Rosas mal amadas.
Essas feridas mal curadas renovam-se mais seguras.
O desprazer foge aos seus olhos,
Neles está a própria ferida.
Sem dar razão ao remorso,
Sem dar vazão a vida.
VELHA MORTALHA
Mar velho feito em mortalha
Que na fria carne rasgada
Embalsamas todas as dores
Entre os murmúrios tristes
Voz escura na calada garganta
Nas tramas obscuras da queda
Ondas serenas de maremotos
Nos carinhos remotos em fúria
Lágrimas tuas em gritos roucos
Tormentas tolas numa ambrósia
Vagos espaços nas lentes perdidas
Os arcanjos cantam proclamam amor
Pobres vidas perdidas nos enigmas
Velha mortalha feita no profundo mar
Entre os portões de ferro nos sonhos
Transladam o delírio no fim risonho
Velho mar que embalsamas a mortalha
Dos erros das tristezas em murmúrios
Voz calada nas tramas obscuras da vida.
certa noite eu caminhava por uma praça, e ao olhar pro lado vi em um banco um velho homem sentado.
ele usava roupas desbotadas e um chapéu preto.
ele estava curvado para frente e sua cabeça se inclinava igualmente.
curioso eu me aproximei e notei que ele chorava
então me aproximei e sentei ao seu lado, ambos não falamos nada pro um tempo até que euacabei por perguntar...
- por quê o senhor chora?
depois de alguns segundos em silêncio ele sem sair de sua posição me respondeu...
- eu amei a mesma mulher durante 50 anos confuso eu perguntei..
- e como um amor tão longo pode fazê-lo chorar?
ele com um meio sorrisso me respondeu
- eu a amei por 50 anos, pena que ela não sabe disso.
nesse instante minha gargante secou e minha voz sumiu
ficamos apenas parados naquele banco olhando fixamente para frente até que o homem quebrou o silêncio..
- rapaz, se você ama alguém, não importa o quanto impossível o mesmo pareça
não o guarde para si, exponha-o, declare-o e se preciso grite-o para o mundo.
eu fico aqui preso em um universo no qual vivo a imaginar como as coisas poderiam ter sido se eu tivesse tido coragem.
como a gente poderia ter sido feliz, como seriam nossos filhos.
eu lhe afirmo uma coisa com toda certeza filho.
pior que a dor de ser rejeitado, é a dor da incerteza de nunca ter tentado.
Coração
O que tem sido de você, meu velho companheiro, os batimentos quase imperceptíveis, sujeito de parcos sentimentos, sumido no horizonte arrítmico transcendendo em razão.
Coração de menino bobo,
atitude de homem velho.
Se divertindo nos esportes,
caindo, mas se alevantando.
Nem os monstros amedrontam ele
apenas os sentimentos, que há dentro dele.
Abraços dele protegem-nos do mau
e do frio da névoa que nos encara.
Tire do seu pensamento
que grandões tem coração forte,
eles podem ser mais delicados
que cinza de cigarros.
Para: Rafael Gutjahr
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