O Ultimo Poema
SE EU PUDESSE SER
Se eu pudesse ser
Eu seria:
O seu último ensejo
No final do dia.
Se eu pudesse ver
Eu veria:
O seu adormecer
Toda noite, todo dia.
Se pudesse hipnotizar
Hipnotizaria:
Apossava do teu ser
E feliz o faria.
Se tudo eu pudesse
Tudo eu faria,
Apossava-me dos teus sonhos...
300822
Último vento
07/03/21
Pássaro que voou de mais,
Por estar cansado,
Suas asas pararam de bater,
Enquanto cai,
Sua mente esvai tudo aquilo que lhe fez sofrer,
Aquele que alto subiu,
Pela última vez desce,
Das nuvens ao chão,
Ecoam aos ventos,
Às últimas batidas de seu coração,
O céu perdeu um de seus filhos,
Morreu o passarinho.
Adner Fabrício
Escrevo
só
em último caso
ou como quem alcança
o último carro
como quem
por um triz
por um fio
não fica
no fim da linha
de uma estação sem flores
a ver navios.
Ele pediu a viola
como último desejo,
Os minuanos deram
o perdão maravilhados
com a música triste,
O amor surgiu
e provou que existe,
Concedeu o ritmo
e pacificou a terra.
O primeiro gaúcho
surgiu com a união
de Chalouá e Manuel,
Da minha memória afetiva
a lenda não foi apagada:
Quem nega esta lenda
desta terra não conhece nada.
Respira o último dos últimos
pulmões do mar,
É na Ilha dos Herdeiros
que vou atracar.
Navegar pelas correntes
da Baía do Babitonga
vou deixando me levar
adiante sem muito pensar.
Nesta embarcação poética
vou permitindo apenas ir
nesta rota íntima seguir.
Sem pressa de viver porque
tudo permitirá concluir
que seremos só eu e você.
Na noite que o último
herói da cidade foi
rumo a outra missão,
corações das cores
nacionais e oração,
Ando com uma certa
nostalgia do que não
vivi, luto e gratidão,
pedindo muito à Deus
para quem fica
nunca perder a mão;
Algo em você me diz
que tudo anda por um triz
e que querem brindar
com o quê há de mais
trágico o meu país,
Neste tempo que
de todos nós exige
a contemplação
desta pré-eclipse,
e da tempestade
a nossa superação:
Da minha parte
tenho feito de tudo
para que a gente não
perca a fé no futuro,
e o nosso coração.
Último Dia do Ano
A poesia do último dia do ano
é para você libertar de tudo
aquilo que te trouxe castigo,
ou aquilo que coloca a sua paz sob
perigo,
Se você quiser você pode sossegar
aqui comigo em Rodeio,
Encontrar a sua paz e ficar bem
distante de tudo o quê te puxa para
trás.
No último dia do Ano...
No último dia do Ano
aqui na cidade de Rodeio,
O céu acordou gentil,
e a poesia no bom jeito
do Médio Vale do Itajaí
canta o pleito de te querer
por perto para juntos
construir o nosso universo
cercado por este vale
cor de esmeralda que
nos inspira e protege
a todos aqueles que optam
pelo amor que guarda e rege
para que a vida nos abrace
como cada um sonhou e merece.
Bağçasaray
No último palácio do Khan
ando dançando oculta
a coreografia no jardim,
Na companhia das estrelas
e como a Rosa de Bağçasaray
vivo dançando a música
que o destino sem titubeio
canta o etéreo para mim.
A vida mudou,
o rio secou,
Não me lembro
do último Abunã
que a gente tomou,
Só sei de gente
que perdeu toda
a vergonha,
e ainda não encontrou.
Ele volta, sempre com promessas vazias,
Olhares furtivos, repletos de agonias.
Ela sonha com um lar, onde a confiança é real,
Mas a imaturidade dele transforma tudo em carnaval.
Amor não é só chama; é também proteção,
E no labirinto das dúvidas, ela busca uma direção.
Se ao menos ele visse, que a verdadeira aventura,
É ficar, é amar, e enfrentar a vida com ternura.
Mas ele é vento, que não se pode segurar,
E ela, um porto, que não pode esperar.
Entre insegurança e paixão, um dilema triste,
Um amor que se perde, onde a certeza não existe.
Às vezes só ouvimos falar de ódio, mas há mais amor neste mundo do que você poderia imaginar.
Amargo é o gosto que se sente
Quando quando a gente
Não sabe amar.
Amarga é a pessoa
Que um dia veio a me amargurar.
Hoje a dor é só minha.
O silêncio já não me cura.
O barulho na mente me ensurdece.
Hoje pareço calmaria, mas sou o caos dentro de mim.
Ao teu lado
A escuridão transforma-se diáfana
Os lençóis lúgubres tornam-se escassos
A ojeriza que transcende o mundo
Desfaz-se num mar contínuo de paixão
Os pássaros cantam em sincronia
A mais bela canção que nos envolve
Viver ao teu lado é lembrar que
É impossível existir sem resistir a você.
Mata a fome que te mata
Come o pedaço de pão
Caído no chão e desfigurado
Come aquilo que te come
Às pressas, mas come
Come sem saborear
Apenas ao som do mastigar de pedaços
Com o estalar das mandíbulas desesperadas
E o ranger dos dentes amarelados pelo tempo.
Carnaval e Amor
Aquilo que um dia foi amor,
n'outro o chamou de feio
Disse com dizeres repletos de ruins prazeres,
dos quais jamais podiam ser ditos:
Você é feio, uma pessoa horrível
Quando se pensa, se diz o que imagina
O não pensar e o falar por falar é o mesmo que nada
Além daquilo que vejo, não serei tolo
Bem sei que não só há beleza no mundo,
como também não há só feiúra
Entre o principal erro e o errar por errar
Reconhecer que não és o dono da palavra razão,
é mais do que necessário, é uma obrigação
Sem sombra de moral, muito menos de dúvidas
Se o errar é humano, desumano seria o falar por falar
Mesmo sem poder dizer que te amo, jamais irá esfriar
o sentimento que um dia foi seu, meu, nosso
Jamais irá passar o entrudo que causaste em mim,
pois carnaval e amor, são eternos mesmo com fim.
O porto é o lugar mais seguro para um barco, mas ele não foi feito para ficar lá; seu destino é navegar.
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