O Poeta e o Passarinho
Titulo:"Filho de Mãe Preta"
Em saltos tantos,andando pela rua,era madrugada,encontrei a beira da calçada,um pobre camarada...
Percebi que estava faminto,e que também era menino,muito novo,e eu alí de novo sem saber o que fazer...
Peguei-o pelo braço,e contendo meu abraço,com meu corpo o agasalhei...
Levando em meu lar,comecei a perguntar onde estava sua família,sua mãe ou até mesmo uma tia...
A criança exclamou,com olhar entristecido...
_Olha pra mim seu moço,pois acho que fiquei sozinho,e se puder me dê guarita,uma cama,um pouco de água e comida,que serei bastante grato,e te garanto será breve minha estadia.
Eu fui criado na rua,vi muitas vezes minha mãe nua,sendo estrupada por bandidos,na minha frente eu vos digo,sem eu poder fazer nada...
Essa mulher da qual te falo,trabalhava em restaurante,das 18 horas em diante pra poder me sustentar,e veja só que ironia,vivendo assim sem garantia eu não a pude proteger,e talvez ate eu mesmo,teria o tal destino se não fosse por você.
Agora só quero vingança,matar a todos que a feriu,pois apesar do sangue nos olhos,o peito esta sofrendo e a culpa eu lhe digo,da morte de minha mãe é do sistema do Brasil,que devido alguns políticos,que talvez eu seja filho, consideram a todos que moram nas rua como mendigos.
Muitos são trabalhadores,que devido o aluguél que é cobrado,e não pago vão morar em esconderijo.
Eu só penso em morte e vingança,pois nunca tive infância,nem brinquedos pude ter.
E meu pai senhor,não conheço nem a cor e nem quero conhecer.
_Calma disse eu ao garoto...que agarrou em meu pescoço e não quis mais soltar.,pedindo chorando se eu pudesse lhe ajudar.
Um nó prendeu minha garganta,e falei pra aquele jóvem,que lhe faria o possível.
Apesar de minha dificuldade financeira,não me considero pobre,pois eu vivo na certeza de que Deus é meu suporte.
O homem mata uma nação,por ganancia e egoísmo,se esquecendo que uma criança,viveria do seu desperdício.
Desperdício de alimento,de cultura e de saúde,desperdício de carater,de justiça e virtude...entre outros desperdicios do planeta...
E o que mais me magoa,foi ouvir de sua boca,que tudo isso aconteceu,por ser filho de Mãe Preta.
O indivíduo como sendo inteiramente livre, tem sempre autonomia para poder ante às situações, refletir um pouco e chegar a uma reposta direta e sensata: sim ou não. Sendo um privilegiado por poder fazer o seu próprio destino, calcular seus passos um a um e organizar bem suas idéias, é dotado de grande consciência e raciocínio. Entretanto, essa mesma liberdade que o permite programar e premeditar cada ação, é também aquela que de certa forma o corrompe tornando-o orgulhoso, soberbo e autossuficiente, armadilha perigosa que o faz agir de modo completamente oposto ao que se espera de um ser coerente.
O Sal de minhas lágrimas tempera o meu peito deixando-o aberto aos ares da Liberdade.
Sidney Sid Santos
Sidney Santos
Poeta Dos Sonhos
Neste universo verdadeiro tudo é falso. A existência é um teatro; a realidade é uma novela, a própria vida é uma mentira.
Fui ao topo da montanha mais elevada,
e alcei voo com asas de beija flor,
senti a alma congelada
junto ao orvalho da noite em torpor
Tal qual borboleta, voei dias e noites,
delirando de jardim em jardim,
senti perfumes, espinhos, açoites
tudo isso e mais, à procura de mim
Assim mais forte, sempre em quimera,
fui remédio de minha própria dor,
fui tempo, fui verbo e espera,
tudo em nome do amor !
A história prefere lendas do que a homens e mulheres.
Algumas lendas trilham o caminho dos Heróis, Poetas e Reis Eu sou um orgulhoso guerreiro que enfrentem testes e dificuldades e que superei grandes adversidades para alcançar o topo da montanha e me tornar uma lenda. Eu sou o mestre e capitão do meu destino. Eu nunca desisto. Eu sou uma lenda e sou especial.
No calor do amor e da aventura
O amor e a tua beleza em si quando estamos na Galiza e no topo da serra da estrela, podemos apreciar a beleza e o encanto do Tejo e do Douro que nos transmite pela alma. De manhã os teus lábios são doces e frescos como a brisa do vento das lezirias, à tarde o teu calor como um vulcão e o teu suor do teu corpo doce como o mel e o amor.
À noite olhamos para os céus do Ribatejo e sentimos a tua essência pura e especial como o encanto da lua cheia e das estrelas.
POESIA EU MORRI NO FUTURO
Quando eu morrer, dedico e ofereço essa poesia aos primeiros vermes que de mim se alimentarem, serei todo nada, de que serviria a minha continuação se não para zombar das verdades, das cores, dos amores?
Quero morrer feliz, não estarei para chorar, nem os meus aqui estarão senão em um lugar qualquer do teatro da vida.
Alegria alegria, solta a música da favela, o forró, o pagode, a ópera, o louvor, enfim, vamos sorrir, pois daqui a uns 60 anos eu não lembrarei que um dia passei por aqui.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Nos tempos de capricórnio
Sempre fico pensativo
A saudade era real
E tornou-se inesquecível
Hoje só lembranças
Daqueles lindos dias...
Tantas personagens criei
Não sei qual me representa
No calor eu sou o frio
Meio triste e sonolento
Não são necessárias palavras
basta apenas a luz do olhar
para transmitir da alma
os sentimentos que deseja revelar
E de onde vem esta aura,
como se fosse um pincel mágico
em respingos e quimeras,
com perfumes e brisas sinceras ,
pintando nesgas de saudade
nesse quase tempo de primavera?
É domingo hoje
mas nós não saímos
é o único dia
que não repetimos
e que dura menos
Mas põe o teu rouge
que eu mudo a camisa
não como quem
de ilusão
precisa
Tomaremos chá
leremos um pouco
e iremos à varanda
absortos
Também eu trago a saudade
nos sentidos
se dissesse que não
era mentira
Também eu perdi um cão
casas
rios
Mas hoje
tenho mulher
amigos
e uma saudade mais real
é que me inspira
Não durmo ainda
Só na cama
o tempo
ainda é meu
como a palavra
Discretamente
me agito
no colchão
Não penso em Deus
na morte
Imprimo
Aqueço-me
Escuto
conservo a posição
Depois das 7
as montras são mais íntimas
A vergonha de não comprar
não existe
e a tristeza de não ter
é só nossa
E a luz torna mais belo
e mais útil
cada objecto
Mudamos esta noite
E como tu
eu penso no fogão a lenha
e nos colchões
onde levar as plantas
e como disfarçar os móveis velhos
Mudamos esta noite
e não sabíamos que os mortos ainda aqui viviam
e que os filhos dormem sempre
nos quartos onde nascem
Vai descendo tu
Eu só quero ouvir os meus passos
nas salas vazias
