O Poeta e o Passarinho

O esboço da Minha Mulher, é Meu!
Tomei na marra.
Só quem sabe cada canto dela na íntegra,
Sou Eu.

Tenho vários Eus,
mas tem um Eu
que me agrada muito.

Meu cinzeiro
está cheio
de paixões queimadas!

TransmutAÇÃO

Arrumei uma casinha dentro do meu silêncio,
o barulho interno que pulsa forte da entranha da minha alma,
exclama querendo sair, gritar, desmascarar
Mas a solidão que virou minha amiga, diz Não!

Estou sentindo na pele a dor silenciosa, mas creio, essa dor pode se transmutar em Flor.

Ela te olha nos olhos, mas na retina destes mesmos olhos, está cravado uma incógnita.
Esbanja beleza gritante, cor de sangue, mas voa longe. O vento furtivo a leva para o mar das incertezas cristalinas, sereias oblíquas brincam com seus pelos dourados, ela sorri! Mal sabem as sereias que ela é feiticeira.

No caminho da luz
Com eira e sem beira
na raiz da cruz.

Encruzilhada
na cruz
ilhada.

O relógio insiste em caminhar marcando o tempo de mim, traçando meus dias de melancolia. Mas ei, não espere por mim não, ainda falta fechar três botões da minha blusa.

O único desejo dele
era aprender dançar comigo...
Porque meu amor, ele sabia,
nunca teve e nunca teria

não por maldade
ou querer ter,
mas por ironia

Se foi...

Hoje, meu Amor tem
Meu Amor
e Nem!.

Ironia são tuas
palavras de mim
sambando “inverdades”

Quem disse
que é crendice
a velhice do coração?

Tentaram apagar
meu poema
na via alma.

Esse barulho todo, é o silêncio do mundo.

Meu manequim é tamanho paixão.

A viagem marcada
com o amor da
minha miragem,
foi cancelada

agora estou em romaria
fazendo perícia em mim.

Apaguei sem querer
Tudo que ela disse
Mas não me lembro

Parei na encruzilhada da minha vida.

Dei bom dia a noite
e boa noite ao dia.

Velei o papel em branco
que enamorava minhas
palavras infindas de vazio.

Não espera nada?
-Sai e vai com tudo!

Ficará um pedaço
da minha carne
de lembrança no teu varal.