O poema Passarinho
Um passarinho na janela
Era uma manhã como tantas outras, quando minha atenção foi capturada por um pequeno pássaro que, com graça e leveza, pousou na janela de minha casa. O passarinho, em sua serena vivacidade, parecia trazer consigo um mundo de reflexões.
Suas asas delicadas tocavam o vidro com a leveza de quem afaga o próprio destino, e seus olhos, dois pontos brilhantes, refletiam a quietude de um espírito livre, como quem tem um céu inteiro dentro de si. A presença daquele pássaro revelou-se como um oráculo silencioso, sugerindo-me que a vida, em sua essência, é uma eterna contemplação do invisível.
Enquanto o passarinho perscrutava o horizonte, pensei nas vezes em que nós, humanos, presos em nossas angústias, deixamos de perceber as belezas simples que nos cercam. Ignorância é acharmos que pássaros, só porque têm asas, não caem ou que nunca descansam nos tapetes de Deus durante o seu percurso. Essa liberdade não tem nada a ver com invencibilidade.
O pássaro, em sua graciosa indiferença, ensinava-me a arte da quietude, a contemplação do instante presente, a sabedoria de viver sem pressa.
E assim, naquele encontro fortuito, compreendi que a janela não era apenas uma barreira física, mas uma metáfora da alma, uma passagem para a introspecção e para o entendimento do nosso lugar no mundo. O passarinho, ao pousar na janela, não apenas a tocava, mas convidava-me a abrir as portas do meu próprio coração para as sutilezas da vida.
O mais passarinho de todos
O mais passarinho de todos soprou o vento,
e o pardal achou onde ficar.
Até a andorinha, sem mapa nos olhos,
desaprendeu a se perder.
O mais passarinho de todos bordou os rios,
escreveu caminhos sem pressa.
Fez o tempo andar de pés descalços
e me ensinou a brincar de novo.
O mais passarinho de todos acendeu as folhas de verde,
e o chão se ajoelhou em raiz.
Até as pedras, duras de silêncio,
aprenderam a escutar o orvalho.
O mais passarinho de todos desfez a distância do céu.
Coube no voo, na seiva, no barro,
e até na palavra que eu não sei dizer.
Eu, pássaro de asa murcha,
com sua ajuda, encontrei pouso.
Liberdade é bom com você
Liberdade é um passarinho Que voa leve pelo ar Mas sem você, meu amiguinho, Não tem graça de voar.
É como brincar sozinho, Sem ter alguém pra compartilhar, A liberdade é um caminho, Mas contigo, é melhor caminhar.
Então, liberdade é bom ter, Mas com você é bem melhor, Pois juntos, a gente vai ser Muito mais feliz ao redor.
SimoneCruvinel
PASSARINHO
sempre pela madrugada vem cantar um passarinho canta solitário,pousado no fio o amigo passarinho.
V.S.A
PASSARINHO
O passarinho, pelo céu, passa
Entre galhos, voo, mansinho
Desliza toda a sua graça
És livre no seu livre caminho
Na secura do cerrado, reaça
Entre tortos galhos, seu ninho
Num canto de encanto, bocaça
Aveludando a aridez num alinho
Lá, cá, acolá, na frente, na regaça
Em bando, passarinho, sozinho
És leve, garrido, como a cassa
Em galhos macios ou de espinho
Voa deslizante, de braça em braça
No campo, praça, qualquer cantinho
O passarinho, bom prol nos faça!
Ás, lento, alto ou baixinho, passarinho...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
28 novembro, 00’25” – 2017
Cerrado goiano
Nos lábios meus
Nas asas, veio no vento
Suavemente veio
Nas asas do tempo
Passarinho veio
Tua voz bicou-me
E suave
Deixou teus olhos
Teu mel
13/03/2023
passarinho da Amazônia, eu conto ou tu conta?
Na moda da cidade você não existe, morra na queimada.
De longe não vejo o indio, nem a sua cenzala.
Existem outros caminhos✓
Deixe-me, passarinho! Dizia a semente, bem baixinho.
Passarinho nem deu ouvidos, a pegou e voou tranquilo.
Lá foi ele cantarolando, entre os montes sobrevoando.
Deixe-me passarinho, eu quero brotar alí! Por que me levar para outros caminhos? Dizia a semente chorando fininho.
Passarinho tão imprudente, sorria alegremente.
Não tenha medo dona semente, vou te mostrar a vista contente, onde o pôr-do-sol já anuncia, que chegou o fim do dia.
Passarinho tão descuidado, derrubou a semente no arado, foi se embora voando rápido, deixando para trás, o seu legado.
Logo veio a chuva fina e a sementinha toda encharcada, foi levada pela enxurrada.
Quando o dia amanheceu, se lembrou do que aconteceu, mas para sua surpresa, viu que seu broto apareceu.
A felicidade lhe abraçou e do passarinho ela se lembrou.
Obrigada passarinho; por me trazer para um lugar tão lindo.
Realmente há outros caminhos, o que me faltava era coragem, para dar asas para minha viagem.
É sempre bom recomeçar, se não estamos feliz, devemos nos plantar em outro lugar!
Autora: #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 09/05/2019 às 21:00 horas
Manter créditos do poema ao autor original #Andrea_Domingues
Singeleza da vida
Borboleta pousou
Girassol sorriu
Passarinho cantou
O vento desistiu
A poesia gritou
Os olhos abriu
A paz reinou
O sonho surgiu
A menina vibrou
O sol se abriu
O poeta declamou
E a lua o seguiu
A música acalmou
A lua resmungou
As estrelas sorriram
A menina dormiu
O poeta descansou
E a noite, findou...
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 27/08/2020 às 23:30 hrs
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A poesia
É um passarinho
Que venceu a si mesmo
E agora precisa voar...
Nasce do caos
Mas também do silêncio.
Brota feito flor na alma
E transborda feito mar intenso
Tem a leveza do vento
Mas queima feito sol
Corta o céu como cometa
E leva o brilho em cada coração
Tem otimismo quanto um girassol
Anda sempre de encontro da luz
Dando as costas para escuridão
Assim é a poesia:
É sonhar dando cor...
Tem o poder de acalentar
E tornar eterno
Tudo que é feito com amor
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 01/09/2020 às 10:00 hrs
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Solitude
Abracei-me ao passarinho
Com coração ao caos
Meus olhos pareciam rio
Nem sonhos me fizeram ficar
A liberdade do vento
nos meus cabelos
Me deu uma doce paz
O silêncio me compreende
Como ninguém jamais
É por isso que às vezes recolho-me
Pois é nessa solitude,
que eu consigo me encontrar
Percebi que no meio do deserto,
posso me reinventar
Mudas em silêncio florescem
E assim voltam a colorir o universo
Eu só tinha fé e isso foi o suficiente
Eu tenho a manha de acender o sol
Quando meu mundo escurece
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 18/12/2020 às 00:00 hrs
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Semeando amor
Atirei um girassol no vento
Foi levado pelo passarinho
A borboleta disse em desespero
Quem teve esse atrevimento?
Atirei um girassol no mato
Mas perdi a direção
Sozinha na beira da estrada
Sentei triste com o chapéu na mão
Atirei um girassol no mar
A onda trouxe-o de volta
E disse bem calmante;
Para amar tem que ser valente
Atirei um girassol na criança
Ela sorriu alegremente
És lindo como o sol na alvorada
Vou espalhar amor ao longo da minha estrada
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 23/03/2021 às 16:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Doçura e aspereza
Sou flor
Sou girassol
Sou flor de luz
Esperança e amor
Sou passarinho
Sou sonhos
Canção do vento
Me perco e me invento
Sou borboleta
Sou metarmofose
Do rastejar a asas
Borboleta ganha coragem
Sou poesia
Sou um eterno verão
Sou a doce primavera
Sou aprendiz do outono...
Mas sei dar frio;
Frio na barriga ou
frio de desprezo
Muito prazer!
Sou mulher, a rainha do gelo
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 23/07/2021 às 19:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
O coração,
este grande andarilho,
vive sempre cheio de emoção,
e num vôo de passarinho,
cria caminhos, atalhos e estradas...
Vias que só o Criador scaneia e viaja por elas...
Meu pequeno passarinho
Sua gaiola abri, e saiu de fininho
Ao ter sua liberdade, não me olhou nem um pouquinho.
Voou voou, e não demonstrou,
Quando ele voltou pois ja não encontrou.
Descobri então que quem ganhou a liberdade fui eu
Pois ao sair, o coração era meu.
Valores
Algum motivo tens para chorares filho?
Sim mãe, matei o meu passarinho.
Mataste- o tu, covardemente
Por teres mirado o teu estilingue a ele.
Não mãe, não mirei no meu pequeno passarinho
O meu ponto de mira era o Pedrinho
Que se diz meu amigo
Mas roubou o meu passarinho.
Voa flor , voa , voa!
Com o manso vento!…
Como no outro tempo.
Voa passarinho e teu cântico entoa!
Esse pássaro, sou eu sempre.
Aqui e agora e no tempo.
E depois, no futuro.
Onde, não mais., há na vida, furo.
No futuro, que não passa.
Nesse não passar, de nome jardim.
Onde a minha flor, jamais, seu ser disfarça.
Porque eu passarinho e flor, voarei.
Sempre, sempre, sempre , enfim!
E o amor falou: - me espera, estou chegando...!
E a música ecoou...
E o passarinho cantou...
E a flor se abriu...
E a moça dengosa sorriu...
E o sol sumiu na linha do horizonte sem pressa...
E a noite caiu mimosa e doce...
E a lua alcoviteira, fêz mais um empréstimo de luz às estrêlas...
E desceu a gaiata, luminosa e faceira...
Vestida de prata com pronto diadema...
Amadrinhando mais um amor que finalmente CHEGOU!
☆ Haredita Angel