O Homem que Nao se Contenta com pouco
Um homem só se torna Homem quando se permite a sensibilidade da percepção e a correta concepção de valores.
O natural do homem é o erro, a fraqueza, a ignorância, a corrupção enfim, assim são todos sem exceção. Por isso não cabe a natureza julgar a si mesmo e sim cabe ao homem admitir que erra e ajudar seu próximo em sua fraqueza sabendo que estão no mesmo nível. Só a Deus cabe julgar.
O LIVRO pode ser um grande amigo de um homem, mas o homem também pode ser um grande amigo de um livro?
Na oração, o homem se volta para Deus, reconhecendo-o como único absoluto, e reconhecendo a si mesmo como criatura, relativizando a autossuficiência. Por isso, orar para ser elogiado é colocar-se como centro, falsificando a oração.
(nota de rodapé)
Castigando o erro, tu educas o homem,
e como traça tu róis os tesouros dele. Os homens todos são apenas um sopro!
Salmo 39,12
As coisas são mais simples do que parecem, os homens "instintivamente" são propensos a certas atitudes, algumas mulheres os culpam como pessoas de fraco caráter, desvio de personalidade ou chame como quiser. Absolutamente ninguém, mesmo que gêmeo idêntico não é igual neste mundo e qual a graça que teria nisto? Ver uma mulher reclamar de homens que fazem mal em uma época tão banalizada, não apenas por homens como também por mulheres escarnecedoras é um pouco de ingenuidade. Não adianta por a culpa nos homens e muito menos nas mulheres porque no fim quem escolhe é exclusivamente você, você que se arrisca, você que se joga e qual mal tem nisso? Nenhum, o importante em falhar é aprender, progredir e entender que toda experiência vem com um propósito. Será que o problema não seria que homens e mulheres não sabem esperar as coisas no tempo determinado? Será que não estamos saltando certas etapas que o destino nos reserva? Ou uma decepção não seria assim um livramento? Relacionamentos tem e devem ser baseados em verdades, amar é bom, mas saber se amar é melhor, quem não é feliz sozinho nunca saberá como fazer outra pessoa feliz. Essa dependência sentimental de perda da posse alheia é o que machuca, ninguém é de ninguém e sempre foi assim, nascemos e morreremos sozinhos, por isso que devemos compreender que prioridades não deviam ser relacionamentos, mas sim nossos outros objetivos, uma pessoa cristã diria: "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Eu diria:" O coração é um campo minado, mesmo com um mapa você pode se machucar, no fim do dia é melhor se perguntar se valeu a pena se ferir por esse amor do que imaginar a dor ao ser magoado, porque não somos perfeitos e não devemos tentar provar isso, aquele que tenta ser, cai na sua própria imperfeição."
O nível da estima de um homem, se mede pela capacidade que ele tem de dominar uma mulher, utilizando somente de seus métodos de atração.
O homem sem face
(F.Franklin)
Sabe quando você se olha no espelho e seu reflexo denúncia suas belezas e falhas?
Pois é!
O homem dessa história, não se refletia... Ele tinha corpo, mas não se via.
Ele tinha espírito, mas não o sentia.
Ele era um rei, e sequer o reinado exercia.
Ele era manipulado, por uma hipócrita e sanguinária aristocracia.
Ele parecia astuto. ..
Mas nem percebia que aos poucos seu brilho e sua verdadeira nobreza se esmorecia.
O homem sem face
Se olhava nas águas claras do lago da vida...
Mas não se sentia.
O homem sem face
Nem sempre foi assim.
Naquele reino encantado
Um feitiço foi lançado
Para que somente ele não pudesse mais se ver.
O homem sem face então. ..
Deixou de ter vida para "sobreviver".
A face...
A foice...
A regeneração.
O homem sem face só precisava encontrar um amor verdadeiro para anular a maldição.
E esse amor não era
Aquele da princesa encantada
Aquele romance utópico...
O homem sem face, só precisava encontrar novamente. ..
O seu amor próprio.
O homem, a guerra, o desastre e o infortúnio
“Que estranho bicho o homem. O que ele mais deseja no convívio inter-humano não é afinal a paz, a concórdia, o sossego coletivo. O que ele deseja realmente é a guerra, o risco ao menos disso, e no fundo o desastre, o infortúnio. Ele não foi feito para a conquista de seja o que for, mas só para o conquistar seja o que for. Poucos homens afirmaram que a guerra é um bem (Hegel, por exemplo), mas é isso que no fundo desejam. A guerra é o perigo, o desafio ao destino, a possibilidade de triunfo, mas sobretudo a inquietação em ação. Da paz se diz que é podre, porque é o estarmos recaídos sobre nós, a inatividade, a derrota que sobrevém não apenas ao que ficou derrotado, mas ainda ou sobretudo ao que venceu. O que ficou derrotado é o mais feliz pela necessidade iniludível de tentar de novo a sorte. Mas o que venceu não tem paz senão por algum tempo no seu coração alvoroçado. A guerra é o estado natural do bicho humano, ele não pode suportar a felicidade a que aspirou. Como o grupo de futebol, qualquer vitória alcançada é o estímulo insuportável para vencer outra vez.
Imaginar o mundo pacificado em aceitação e contentamento consigo é apenas o mito que justifique a continuação da guerra. A paz é insuportável como a pasmaceira. Nas situações mais vulgares, nós vemos a imperiosa necessidade de desafiar, irritar, provocar, agredir, sem razão nenhuma que não seja a de agitar a quietude, destruir a estagnação, fazer surgir o risco, a aventura. É o que leva o jogador a jogar, mesmo que não necessite de ganhar, pelo puro prazer de saborear o poder perder para a hipótese de não perder e ganhar. A excelência de nós próprios só se entende se se afirmar sobre o que o não é.
Numa sociedade de ricaços ninguém era feliz. Seria então necessário que por qualquer coisa houvesse alguns felizes sobre a infelicidade dos outros. O homem é o lobo do homem para que este possa ser o cordeiro daquele. Nenhuma luta se destina a criar a justiça, mas apenas a instaurar a injustiça. O homem é um ser sem remédio. Todo o remédio que ele quiser inventar é só para sobrepor a razão ao irracional que de fato é. Toda a história das guerras é uma parada de comédia para iludir a sua invencível condição de tragédia. A verdade dele é o crime. E tudo o mais é um pretexto para o disfarçar. A fábula do lobo e do cordeiro já disse tudo. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais imaginação para inventar razões. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais hábitos de educação. E a razão é uma forma de sermos educados.”
Vergílio Ferreira, in Conta-Corrente IV
Leva a Maria
O homem refém da sua existência
Tempera a saliva com a bagaceira e mel
Mastiga o ego rompendo o fel
A cada palavra dita
Enreda-se em laço de fita
Desaba na graça do povo
Risível o triângulo amoroso
Leva a Maria Zé
Que vale a formosura
Sujeita boa de morder fumo
Leva a Maria Zé
Negócio de amigo
Na segunda vê se devolve
Porque a Maria já tem dono.
