O Amor é Chama
Mar de ilusão;
Seria o amor um profundo e triste
mar de ilusão?
Chama acessa da paixão dificilmente apaga
Fácil, o problema que quando acessa se não alimentada logo escurece.
Triste mesmo o amor em algumas ocasiões, chateia aborrece, a onda chega traz mais decepções, mais ilusões.
Não pretendo ser mais um pescador de ilusão, neste jogo da paixão. A maré baixa novas paixões reaparecem, e as ondas logo se enfurecem. É amor fui predestinado para viver neste dilema.
E nadar neste mar enfurecido nunca foi meu lema.
Um mar de ilusão seria na verdade uma miragem? Não sei exatamente explicar.
É semelhante andar em um deserto escaldante, alucinações aparecem e você já
não sabe mais o que é realidade, assim tem sido o amor na minha vida nestes últimos anos um melancólico e profundo mar de ilusão..
A frieza do mundo não tem o poder de apagar a chama do Espírito Santo de amor no coração do verdadeiro cristão.
Amor é chama ardente é maçã da tenção é Eva e também serpente.Amor é fogo que arde e queima por dentro da gente.
SONETO DA PAIXÃO
Não te darei a chama de amor tanto
Nem poder a julgar-me por te amar...
Quero-te em mim de acalanto,
Do teu corpo em fogo o inflamar...
Não te darei a canção do meu canto
Nem a razão de me ouvir cantar...
Quero-te a me ouvir num espanto,
Aos meus versos loucos te encontrar...
Quero-te infanta em tu’alma louca
A cantar-me ao ritmo de fervor
Quando o beijo eu der-te a tua boca...
Amo-te, oh, fulgente virgem do amor
Na chama que me deste a voz rouca,
Na paixão em que te ama o esplendor!
Vivo alheia… As dores do mundo… Perdida em meus pensamentos, consumida pela chama de um amor… Há muito esquecida num canto obscuro de minha alma… Busco a verdadeira essência do meu ser à muito perdida…. Mas jamais esquecida… Que vive em mim.
Sem Medo de Amar
Entregue-se sem medo ao amor enquanto
a vida te chama, enquanto há tempo,
enquanto brilha em teu interior a doce
chama do desejo. Tudo é efêmero inclusive
o amor.
Ouça a paixão enquanto ela te chama
pelo nome, pois um dia ela poderá
esquecer de convidá-lo para a vida
e tudo ficar de vez cinza opaco.
(Ana Stoppa)
A chama de amor, amizade e companheirismo entre duas pessoas é a forma linda de viver... Que este anjo te acompanhe!
Esse amor que começa lento, que deixa de ser paixão, é bem mais duradouro e não deixando a chama apagar acalenta os dois!
Anoitece na minha alma
O meu corpo tem sede..
chama pela tua companhia amor...
na solidão desta noite de inverno.
Quero sentir o calor dos teus lábios
despertas em mim desejos loucos
de amar-te ....num amor desmedido
ter-te nos meus braços, doida de querer-te tanto!
Queria que teu corpo fosse minha guarida
deixa-me ficar escondida em ti amor...
desfolhando-te em beijos ....
embriagando-me em delírios apaixonados
enlouquecer a alma perdida e amar-te até morrer.!!
Sentimentos
Mãos que tocam
Olhares que se cruzam
Amor que envolve
Ternura que me chama
e um amor que me ame..
Vivo a esmo, mesmo quando o dever chama,
esperando aquele amor que prometeram...
Se ele existe, onde foi que o esconderam?
São as dúvidas de alguém que ainda ama.
Esse amor já fez de mim um prisioneiro,
réu confesso, por ter dito que amava.
"Eu te amo", disse, dei minha palavra...
O meu erro foi ter dito isto primeiro.
Fui traído pela minha insegurança,
maltratado pela minha paciência,
torturado pela própria consciência,
magoado pelo amor, que não se cansa.
"O amor é paciente". Espero, então.
"O amor tudo suporta". Eu suportei.
E amando, ainda mais suportarei.
Deixo as mágoas à Divina Compaixão.
Conto as horas, em total desesperança,
esperando, em aflição, meu julgamento.
Por enquanto, minha pena é meu tormento;
solidão será a última sentença.
O livro mais triste que conheço sobre o amor se chama O legado de Eszter, do húngaro Sándor Márai. Quando o li, tive a sensação de que minha vida, como a da personagem, seria destruída pela esperança de um romance irrecuperável. Eszter espera pela visita do grande amor do passado, que a salvará de uma existência de solidão e vergonha. Eu esperava pelo retorno de uma mulher que nunca voltou.
Lembro o livro, o período e a dor como partes de um mesmo corpo. A prosa límpida e hipnótica de Márai ligava a vida da mulher no início do século XX à minha, que se desenrolava às vésperas do século XXI. As personagens e as palavras dele deram àquele momento as cores de uma profunda melancolia, mas a tingiram, ao mesmo tempo, de uma estranha lucidez. Lembro-me de pensar, de forma um pouco dramática, que afundava de olhos abertos.
