Nunca me Levou a Serio
Dia sim, dia não
Prosador nato que a brisa levou
Nas asas da nova paixão
Contista no primeiro capítulo naufragou
Foi salvo na segunda canção
Na terceira modinha mergulhou
Na quarta valsa, um esbarrão
Lá pelas quintas, no samba, tropeçou
Na sexta adernou e a abraçou
No sábado, ela se inclinou
E no domingo o poeta se aprofundou
No alfabeto caleidoscópico
Da mulher amada.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
A revolta maior desse homem aqui,
está toda encima da vida, de tudo,
de tudo aquilo que levou a melhor
parte de mim pra longe.
Minha revolta só não é maior que minha saudade...
Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.
Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
Isaías 53:4-6
Quantos anos tenho
Não sei
Um ano um dia um minuto um segundo
estou vivo
Deus não me levou
não quero que me leve
vou a pé
Nem quero que me diga onde
devagar aprendo o caminho
Não tenho presa
Aqui ta cheio de mulher
no Céu não sei
O CÍRCULO QUE O RIO NÃO LEVOU
(Miniconto
Observou o círculo. Uma cobra branca, nuvens e fantasmas faziam parte do espetáculo. A cobra era enorme e mordia a própria cauda. Devorava-se (como um homem mastigando seu passado). Pensou em Heráclito. As águas levariam o círculo branco dos sonhos? Cinzelava o rio de Heráclito quando foi deglutido pela cobra. Hoje, ele faz parte do círculo e de sua quadratura.
Cristo levou sobre a cruz
O pecado da humanidade.
Com seu sangue comprou
Essa nossa liberdade.
O homem não agradeceu.
Também não compreendeu
Essa oportunidade.
TREVAS
Na escuridão fico pensando no amor que
perdi
Na alegria que ele tinhas, mas levou de mim
Minha alma incompreendida
Sem crença;
Sem destino
Caminha a alguém com o rumo mau entendido
A espera da dor, eu
Que procuro o amor
Chamo teu nome inúmeras vezes
Meu coração que ainda te espera
Minha mente que insiste em te querer
Em pensar em você.
Uma questão de pensamento;
Pensei em ti a sintonia do meu pensamento me levou até você.
Que mágico meu bem você aqui, como isto
pode acontecer, esta sensação magica que envolve todo meu ser.
Em um piscar de olhos e tudo voltou ao normal, porém notei que você não estava mais ao meu lado.Não gosto nada disso meu bem, por mim revivo esta magia até o fim dos dias. Fim do dias pode ser muita coisa, o problema é que sua falta me alucina, faz o fácil se tornar difícil, faz o possível ser impossível, amor sem você eu não vivo...
Você foi embora, e levou consigo uma parte de mim.
Eu pensei que não podia mais sentir.
Tentei de todas as formas conviver comigo mesmo. Não te digo que foi fácil, me senti um bebê aprendendo a andar.
Está só novamente me fez perceber que você não levou nada de mim.
Eu estava completo, apenas tinha me acostumado demais a você.
E esse foi nosso problema.
Deixou me corroer as dúvidas,
Em pacto com a solidão.
Levou me a fé as últimas.
Fez me escuridão.
Dispersou minha alegria,
Prendeu me ao isolamento.
Ventou sobre minhas fantasias,
Quebrou o encantamento.
Restou apenas breu, nem chão já existia.
Desfez minha harmonia,
Impossível foi não sofrer,
Com guerra interior.
E todo o amanhecer,
Era mais um dia de dor.
Me vi perdida, até aprender renunciar.
Perdoei, mas dei distância,
Perdi sem relutar.
Eu tinha grande valor, ele não pode notar.
O caminho dele frustrou, assim optou retornar.
Eu senti a pancada, degluti o amargor, digo que a regra é clara, ele desconhece o amor.
Sementes..
O vento passou e levou embora o pouco que ainda restava, a saudade já não faz mais diferença, as dores, cessaram, os anos ensinaram, mas também mostraram o vazio que sobrou de tudo o que foi semeado ao longo da vida.
Sentimentos descartados, indiferença, tempo indisponível, árvores cortadas e sementes ignoradas, brotam sobre o lixo que resolveu acolhê-las, mas não sabe o que fazer com suas mudas fortificadas com os resíduos que alimentam suas raízes.
by/erotildes vittoria
o rosto, o tempo há muito lhe levou, de nada serve pedir ao vento que não sopre, nem à geada que não queime...
O vento levou embora as folhas mortas como simbologia daquelas dores que exorcizei. Bastava de masoquismo. Bastava do mais autêntico masoquismo da alma. Junto das pessoas, haviam adormecido todas as agitações e perturbações. Eu não. Eu, ainda sob o efeito hipnotizador dos olhos do moreno, deixei que o som embalasse a noite, madrugada adentro, como uma imperfeita boneca de pano que desperta da inércia, com todas as suas curiosas inquietações. As luzes da cidade pareciam saudações, vistas da janela do alto daquele prédio, num bairro sujo no país das maravilhas.
O etílico, ah o etílico! Mais uma dose apenas e não ficaria nada além das verdades, principalmente das ironias, que libertou. Bastava de meias verdades. Propus, portanto, brindes ao meu estúpido domínio da razão. Às vezes que bati com a cabeça na parede dando de cara com as atravancas do caminho. Brindei aos meus olhares tortos, aos olhares fixos, aos outros amores atravessados. De tudo, guardei o saber de que páginas viradas não voltam.
“Good vibes”, ele falou e despencou, em queda livre, num sono e em sua esquisita apneia de onde voltaria umas cinco horas depois com cheiro e gosto de café amargo. Ah moreno...
Em sua magnitude, debochado, o céu quase sorria pra mim. Os paralelepípedos, lá embaixo, assombrados, esperavam ansiosos pela oscilação da vida. Eu, absolutamente honrada como aquela que sobreviveu ao caos e todos os cacos deixados pra trás, sorri de canto, disfarçada, como cúmplice, e pedi perdão pelos meus paradoxos, mas sem nenhuma pretensão em deixar de tê-los.
Então, do vento não veio a tempestade. E eu, onipotente, megalomaníaca por natureza, finalmente me senti pequena diante do sol que surgiu tímido e trouxe com ele o cheiro de jornal das manhãs. Quem diria, justamente eu, que – sem meio termo - era preto no branco, descobri que existiam todas as cores em mim.
Ah, moreno... Se você soubesse...
TEMPO
O tempo já levou o meu olhar faz tempo...
Faz tempo que eu olhava o tempo
Com a esperança vã de um dia em algum tempo
Que essa coisa toda que envolve a gente...
Nem sei se é assim...
Mas pelo menos em mim, faz tempo...
Sempre quis entender, mas essas coisas do coração...
O tempo foi passando e passou o tempo do entendimento
Agora eu só percebo que o silencio
Vai além do que comove e o que se locomove
Rodopia com a poeira dos meus pensamentos...
Eu sei que vou sonhar ainda até que entenda
Que o tempo já levou o meu olhar faz tempo
Faz tempo que eu tento entender o que se passa
E não passa este acreditar no amor,
Esse ter fé e esperar nos meus pressentimentos
Faz tempo que eu olhava o tempo,
Faz tanto tempo... tanto tempo, que naquele instante
Que ainda não era o nosso tempo e as nossas mãos
Se uniam a tecer a eternidade
E éramos deuses de todos os momentos
Que nem percebemos o galopar veloz
Desse corcel indomável que se chama tempo
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