Nunca Magoe uma Mulher

⁠a vida é uma luta que procuramos levar de vencida, com ela já depois de meio, a saudade ganha raízes e cresce trazendo a emoção do caminho andado

⁠Vamos aproveitar a beleza que o Outono nos oferece ao olhar, provocando uma nostalgia boa, saudosa, que a sua presença vai fazendo em nossos corações, que seja um beber doce e lento, que acabe com as nossas tristezas e, que não ofusque a nossa felicidade.

⁠tudo conta uma verdade a cada dia, e as flores chegaram para nos dizer que apesar dos dias acinzentados, a primavera chegou, com ela, novas cores, novos sons são promessas de que chegaram para ficar...

a vida é areia que escoa por entre
os dedos por mais hábeis que sejam,
é na verdade uma desolada estrofe difícil de
soletrar...

calo as palavras, sarei as feridas, recompus a dor, para que reste de mim uma remotíssima fragrância que me perpetue...

trago na bagagem da memória um espelho que me revela um rosto que não encontro, uma voz que não alcanço, por muito que em mim procure...

há uma distância mínima entre a tristeza e a felicidade...é preciso encurtá-la e sorrir

deixemo-nos a reflectir sobre a vibração e a força da natureza que nos traz uma alegria vital..

na minha memória um caudal de tempo, que é dor que percorre a pele quando uma ruga mais se inscreve no meu rosto...

Procuro sempre uma palavra que me ensine, estendo-lhe a mão e sigo na sombra dum sonho inacabado, meus dias transformam-se em grandes lezírias onde os pássaros largam sorrisos, no aroma frondoso das árvores sigo com eles buscando a vida..

desce o pássaro sobre o ramo, detém-se como uma lágrima em busca dum rosto...

A vida é uma noite cinzenta, mas
nada é absolutamente bom e nem mau
todos os dias a perfumamos e lhe puxamos o brilho na esperança que nos sorria...

a felicidade é como um aguaceiro repentino, que desaparece sem dar tempo
a uma pessoa para abrir o guarda-chuva.

uma lágrima que nos afoga e nos seca a garganta, se o amor nos ignora...difícil estancar o pranto.

vou ao relento de mim em pequenos vôos, levo uma lágrima a esboroar-se p'lo rosto, e a serenidade duma borboleta por entre os cheiros da aurora...

cheira a mimosas e o aroma cabe-me na lembrança... e por um fio, o arrepio fica preso, a uma saudade que é continuidade do sonho de sempre...

alguma coisa salta da minha lembrança sempre que olho um batente, assim como que uma vaga doce e amena que me transporta à infância...

a solidão greta-me a pele, sinto-me uma borboleta frágil dançando no adeus à tarde...

as palavras são uma chuva de luz...uma mão cheia de magia...

Você que jogou o sangue no mar! Os tubarões são apenas uma consequência!