Norte
Belém do Pará;
Cidade morena das chuvas da tarde,
Cidade das mangueiras e frutas a vontade,
Cidade pequena, mas grande na fé,
Cidade do gigante, Círio de Nazaré.
Do açaí, da tapioca,
Do tucupí da mandioca,
Do cupuaçú, do taperebá,
Da nossa castanha do Pará,
Da maniçoba, do tacacá,
Do carimbó e do siriá.
Tem tudo isso e muito mais,
Cidade rica de cultura e paz,
Lugar pai d'égua, venha visitar,
Todos que provam querem ficar!
Crianças passaram a ser "criadas" por COISAS e não mais por PESSOAS e daí tudo vem acontecendo.
Barcos sem alguém experiente no timão chegam aos rochedos antes de chegarem na praia.
Almeirim, Terra Que Inspira
Almeirim, teu nome ecoa forte,
no sopro doce da mata e do rio,
és poesia que nasce no Norte,
és raiz, és caminho, és desafio.
Teus traços moram nas mãos do artesão,
na dança que gira em roda de chão,
no batuque que pulsa a tradição,
no canto que embala o coração.
Tens no povo teu maior tesouro,
simples, valente, guardião do ouro
que não brilha em metal — mas em alma,
em histórias contadas com calma.
Sou filha de tuas águas, de tuas ruas,
onde aprendi que o mundo também é meu.
Em teus braços, cresci, sonhei,
e hoje declamo: Almeirim sou eu!
Cidade-menina de colinas reais,
te reverencio em verso e canção.
Não trago ouro, nem trago festim,
te trago, inteira, no meu coração.
Olhar focado nos seus objetivos,
de quem não se deixa abater
pelos os enganos e imprevistos,
ciente que são necessários
para amadurecer,
que o caminho a se percorrer
não será sem obstáculos,
mas a cada um superado,
ficará mais forte,
ganhará mais aprendizado,
continuará seguindo
o norte dos seus sonhos
e se Deus quiser,
todo o esforço será compensado.
M ulher agradável,
I rresistível presença,
L inda e notável,
E ncanto e riqueza,
N ecessário afago,
N orte que se almeja,
Y eah, afável natureza.
Esplendor majestoso de uma linda princesa, cuja beleza está envolvida por um vermelho reluzente, charme intenso de uma bela flor, delicada de pétalas vermelhas, demasiada emoção, seu reinado é firmado sabiamente no amor, o Norte que guia o seu coração, que torna o seu valor inestimável, além da sua postura elegante, uma personalidade que produz exultação, mulher inteligente, venustidade cativante, por isso que foi merecidamente intitulada, presença emocionante de essencialidade rara.
Não me submeto a leis divinas nem humanas, mas tão somente às de minha consciência, as quais continuariam me norteando independente da existência de um Deus ou de governos que me sejam impostos com o intuito de tutelar as minhas prerrogativas de escolha.
Águas
Eis que me rodeiam águas do mar,
Águas negras, de ondas fortes.
Que me querem afogar,
Com suas imptuosas correntes.
São águas ocidentais e do norte,
Que me querem matar de morte,
Por eu do sul ser.
E a mar mais calmo pertencer!
Mas ficai sabendo,
Vós águas do sul e do norte,
Que ambas vós, não estão em mim poder tendo.
Mas sim águas mais altas que vós,
Águas de vida, sem morte,
Águas mais altas que todos nós!
Romaria: caminho da devoção
Era um caminho que começava nas dores. Peregrinos da esperança atravessavam promessas em silêncios agradecidos. As pessoas vinham como quem busca um colo, mas um colo que não se vê, apenas se sente. Cada devoto carrega um desejo particular. Os passos lentos, as preces silenciosas e os olhos que pedem. É fácil reconhecer quem anda com um pedido no peito, quem se carrega em busca de um milagre. Não falam alto, mas as pernas denunciam suas urgências.
A Basílica de Aparecida sempre esteve lá, como um ventre aberto, acolhendo cada alma que chegava. Não importa a distância, não importa o fardo. A fé nunca precisou de mapa; ela reconhece o chão onde deve se ajoelhar. Nas paredes da Basílica, a devoção: cada vela acesa é um pedaço da dor que se desprende, que arde e se transforma em chama de esperança.
As promessas são sussurros invisíveis, e cada um que entra, sem perceber, escreve ali, entre os azulejos, uma parte de si. Mães carregam filhos; filhos carregam mães. Não importa a ordem dos papéis; todos se rendem ao mesmo pedido de alívio, proteção e paz.
Os romeiros e devotos possuem uma fé que não é espetacular, que não faz alarde. É a fé que aparece no ordinário: na vela que queima devagar, no suor que escorre pelo rosto do peregrino, na lágrima que ninguém percebe cair. É no silêncio de um rosário que Nossa Senhora escuta, entende e responde.
Ali, na simplicidade de cada prece, Aparecida surge como uma resposta silenciosa, uma verdadeira mãe brasileira que tem nosso tom de pele e nossas urgências de alma. A santa não fala, mas, na humildade de sua imagem, diz. Não anda, mas abraça.
Enquanto a fé se ajoelha na presença de Nossa Senhora Aparecida, recordamos que, assim como crianças, também celebramos o seu dia. Somente uma mãe se desdobra assim e, mesmo no seu dia, se reparte com seus filhos. Todos buscamos colo, conforto e a certeza de que a Mãe Celestial, de tantos títulos e nomes, abraça os sonhos e os pedidos com a delicadeza que só ela possui, ouvindo nossos segredos e anseios de sermos, a cada dia, melhores para podermos nos perceber, enfim, mais parecidos com um de seus filhos. Amém!
Enquanto a escola estiver
assumindo como seu foco
as exigências de um sistema de ensino,
para o qual ela está subordinada,
bem como, atribuindo ao currículo,
o norte de suas ações,
a formação integral de seus alunos,
continuará se perpetuando
como uma utopia,
oriunda de um discurso
desagregado de sua prática.
A consciência é a principal ferramenta para as nossas decisões. É a bússola propulsora que nos orienta aonde queremos chegar. Quando temos consciência, temos um norte, uma direção, um movimento.
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