Nao sou uma Pessoa que Espera a Elogiar

Ser solidário não é defender uma causa esperando colher os frutos; mas, sim, espremer o suco com suas próprias frutas e ficar feliz por todos estarem bebendo.

Ter uma identidade não nos credencia a excomungar o todo do qual fazemos parte.

Uma ideia pode até não ser realizada, nem por isso precisa ficar escondida.

A verdade é uma arma dúbia: quem não sabe usá-la machuca; quem sabe, encanta.

Não é uma legislação que vai impedir que um indivíduo preconceituoso – seja lá contra qual minoria for – deixe de sê-lo.

Um racista – ou melhor, “etnicista”, porque a raça é uma só: humana – é um pobre miserável que não sabe valorizar as pessoas por quem elas são e prefere ver, nas aparências, um motivo para definir quem é bom e quem é mau, quem é feio e quem é belo.

Respeito é algo que a gente conquista, não é imposto por lei, até porque ninguém inventou uma maneira de cercear pensamentos alheios.

Um filho não precisa de aceitação, só de amor. E, para quem só sabe amar uma réplica de si mesmo, fica uma dica: não se reproduza.

Não há possibilidade de uma real participação e decisão democrática se os cidadãos não forem autônomos.

Quando a gente não sabe praticamente nada sobre um determinado assunto, é comum que “criemos” uma explicação. Não precisa nem ser muito convincente. Basta que satisfaça a nossa curiosidade.

Para aquele que professa uma fé, não pode haver gradação entre o pecado e a pureza nem entre o sagrado e o profano.

Na prática, não existe teoria que explique uma ou qualquer criança.

A Covid-19 não é uma doença redentora, que, para alguns românticos, transmite cura, reflexão e harmonia com a natureza; mas sim a ceifadora de vidas, planos e sonhos.

Não fazer nada também é uma alternativa – algumas vezes, a mais prudente.

⁠Máquinas do tempo já são uma realidade! Claro, não dá pra viver o passado em sua plenitude nem avançar para um futuro concreto. No entanto, em qualquer streaming, é possível vivenciar lembranças ou sonhos inerentes às histórias presas na memória.

⁠Em cada canto não entoado, um amor silenciado; em toda melodia alheia, uma profusão romântica.

⁠Há uma curva secreta entre o toque e o abismo.
Um gesto que, se não for dito, queima mais do que grita.
Eu conheço essa curva porque já a desenhei com palavras.
Não para ser lido, mas para que a linguagem sentisse vergonha de não ser carne.



Quem me lê não me entende.
Quem me sente, suspeita.
E quem suspeita está perto demais da vertigem que me habita.

⁠Não podemos viver como se tudo estivesse normal.
Há uma urgência santa no ar, uma voz sussurrando forte:
"Volta para Mim, limpa as vestes, aquece o coração, preenche o azeite."
Quem tem ouvidos, ouça!
Quem tem olhos espirituais, veja!
Quem tem um coração sensível, volte!
Porque não haverá mais tempo quando Ele voltar.

A paixão deve ser baseada em uma conexão real e não em uma necessidade desesperada de companhia.

Só quem não é louco enxerga uma loucura no outro mas nunca em si e se o outro for ti?