Nao me Deixa te Odiar
Quem Bavárias vezes chama
tem amor; Cintra o que digo;
sendo assim não faça Brahma
-Por favor, Kaiser comigo!
Pera que essa pera é minha.
Troco o pelo pelo pelo
e não me pela pela angústia.
Somente para para ver
a diferença em pôr e por,
se vou pôr tão só por pôr
ou se afinal vou pôr por ti...
Alguém na plateia reivindica: Tudo bem que platéia não tenha mais acento, mas eu quero meu assento pra ver o show!
Pra não se sabe até quando
tardar a própria extinção,
tem muito hífen pensado
em se forjar travessão.
O poema real não tem poesia,
sentimento esvazia em nossos tanques;
haverá sempre um novo amor eterno...
Hoje quase posso dizer as medidas exatas do sofrimento. Na verdade, não louvo nem maldigo a vida, por causa disso. Sequer mandingo na tentativa de uma possivel fuga, pois entendo que a sina se constrói ou aluga o nosso corpo enquanto há pulso.
Muito mais do que isso, agora sei da verdade, face a toda mentira que ela acomoda. Entendo, resignado, que os contentos que a entrecortam são feito modas ou viroses. Só a tristeza é vida, pela tradição que a perpetua enquanto há. Tristeza é lua que rege nosso tempo em nós.
Bem sei que nada nos livra desta história; deste livro de folhas entreabertas que enseja penumbra e solidão. Tenho chances cada vez mais desertas e mesmo assim vou relutando contra todos os lutos do viver, para ver se cumpro meu luto vital e uma certa missão que os clichês impõem a todos.
Sobre tudo o que dói sei quase tudo, e quase nada restou de se atinar sobre as coroas de farpas da conquista exangue dessa cruz que se carrega. Do sangue ralo e coalhado com que se rega o caminho na ilusão de um tempo que ninguém viu.
Há mais grilo do que esperança... Mas parece que a segunda é a última que morre... Por isso vivo. Com que pretensão nem sei, mas vivo.
Só se reconhece e critica a acomodação dos que não lutam por bens, cargos e fama. No entanto, existem muitas outras acomodações, quase todas mais graves, e das quais geralmente são portadores os mais fartos, influentes e famosos. Há aqueles que se acomodam com a distância dos filhos, a mesquinhês, a falta de privacidade, a solidão, a pobreza de caráter... Muitos se acomodam com a obesidade, a falta de conhecimento, a insensibilidade, a arrogância, e uma profunda carência de humanidade.
Mais grave ainda, tantos outros se acomodam com a violência que os cerca, julgando que ela não os atinge. Acomodam-se também com o incômodo sentimento de querer mais e mais aquilo que já possuem com fartura. No fim das contas, não existem pessoas não acomodadas, e sim, uma imensa variação de acomodações que se acomodam em criticar as acomodações mais previsíveis, talvez as menos nocivas.
Por mais infeliz que esteja, não se suicide, afinal, isso é redundância. Mas se quiser suicidar, esteja à vontade, pois assim você morre sem feir a gramática.
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