Nao Existe o Belo e o Feio
Aonde isso vai me levar? Não sei. E tenho medo, sinto medo da vida. Ela complica, afasta, pinta e borda com as pessoa. E talvez, é isso. Tenho medo, porque eu sei que um dia, cedo ou mais tarde, vão me fazer esquecer tudo isso, toda essa magia que consegui ver nesse menino, e que concordo, não há magia alguma nele, há magia é o no que eu sinto. Nenhuma menina será capaz de aturar tanta coisa como aturei só para ter ele um pouco perto de mim. Nenhuma menina será capaz de amar ele como eu amei, e chegar ao ponto de querer a própria vida.
Não espero um final feliz. Com príncipe, cavalo branco e buquê de rosas. Sinceramente, espero seja uma sensação melhor que de final feliz, espero a felicidade, a esperança, o amor. Espero por aquele menino tímido que sorri apenas de lado. E sei que a qualquer momento de sua vida, ele se lembrará de mim.
Não sei nem mais o que eu consigo achar de você. Às vezes, eu sinto um amor imenso por você, que me parece ser eterno. Mas às vezes, não sinto nada quando me lembro de você. Talvez, no fundo, eu sinto pena. Pena porque você poderia ter sido feliz comigo mas resolveu me esquecer. Sinto pena porque eu tentaria ser feliz e completa com você, e agora, continuo incompleta, esperando algo, querendo algo. Sou sincera com que eu sinto, se eu amo, eu amo. Se eu odeio, não me perguntem os motivos, sou confusa e posso confundir as palavras. Se eu sei que isso não tá certo, não duvido, eu creio e faço o que eu acho certo. Sempre, e essa é a ideia que eu levo comigo.
Me dói às vezes. Me dói porque eu me entreguei a ele, e ele não soube disso. Dói porque eu não fui nada, fui apenas uma lembranças estranhas. Mas eu não sei se eu sou lembrança. Eu sou presença, mas no fundo, sou ausência. Eu busquei, tentei encontrar você em textos, frases, sonhos, sinais, orações, horósocopos. Tentei te ver nos mínimos detalhes. Tentei achar pistas para que eu pudesse continuar com essa loucura. Tentei ao menos, te ver aonde não existia amor. Comparei você com outros. Contei suas histórias e suas loucuras. Contei sobre como havia te conhecido, e como eu consegui aos poucos um lugar. O lugar, que hoje, talvez, não faço mais parte.
Quero esquecer essa história, mas como posso esquecer a minha própria história? Não posso querer inventar uma nova vida, sendo que a minha vida é essa hoje. No futuro, ela vai mudar. Mas hoje, ela não mudou.
Atualmente, eu não sei é de nada mais. Não planejo nada, não sonho com mais nada, e não quero mais nada. Não tenho forças para querer alguém. Não quero ter forças para querer. Não tenho força e também não quero dar a volta por cima. Quero ficar aqui, acreditando que pelo menos, tudo na vida tem algum motivo. Pedi ajuda de Deus, horóscopos, orixás, tarô. Todos me dizem uma única coisa: Seguir em frente. Mas ninguém consegue me apresentar essa estrada e eu não consigo encontra-la sozinha. Como começar, meu Deus? Como terminar algo que jamais foi começado?
Vou fingir que não ligo, mas todas as madrugadas, eu quero pegar o meu celular e te ligar. Vou fingir que não preciso de você, mas todas às vezes que eu escrevo, é de você que eu preciso pensar.
Penso em você. Não digo como se fosse uma obrigação para lembrar da sua existência. Não digo isso querendo emocionar ou comover alguém com os meus dramas mexicanos. Mas sim, eu penso em você. Antes, era frequente. Poderiam dizer qualquer coisa que logo me viria a cabeça o seu nome, o seu jeito. Mas agora, penso em você somente por pensar, penso em você, porque está quase fazendo um ano, penso em você, porque você foi o homem que eu mais amei até agora.
Ultimamente, eu não tenho mais nada a dizer. Prefiro ficar aqui, no meu quarto do que sair por aí, caçando aventuras e desilusões. Prefiro ficar no escuro, do que ir lá fora e ver o sol. Não sei o que acontece. Não sei o que há de errado comigo. A chuva está mais forte. Paro, olho o janela. Gotas vão se formando, vão caindo. E eu me imagino com uma gota. Me formei, aos poucos caí, e agora fiquei no chão. É, por aí isso. Não quero ser dramática, nem ser uma atriz mexicana. Esse é o meu jeito. Eu sou assim. Com dramas e fases. Com dramas e textos. Mas não se importe mais. Não me importo mais com isso.
Amor não seria uma empresa que pode ou não falir. Ou talvez seria? O amor não é um negócio, que assina um contrato e precisa levar até o fim. Do meu lado, um livro de auto-ajuda. Talvez para que pudesse entender um pouco sobre o amor, se é que o amor é necessariamente entendido. Do meu lado direito, um papel rosa, delicado, com corações e o seu nome. Fiquei um tempo encarando esse papel, fiquei até mesmo, imaginando os motivos para que eu goste tanto de você, para que eu precise sentir tanto esse amor que anda me corroendo aos poucos. Acho que é a ficha caindo, pensei. Ou talvez, seja o amor acabando, talvez, a hora seja essa de sair desse mundo, desse seu mundo que não há mais espaço para mim.
Eu acredito nisso. Mas tem algo em mim que prefere não acreditar, porque sim, sofri demais em muito pouco. Não posso amar mais ninguém, se eu amo, eles vão embora. Se eu odeio, eles ficam. Então, preciso odiar pessoas, coisas, que não servem para o ódio, servem só para o amor. O amor seria um contrato? Talvez. O Amor é um negócio, você se dá bem, ou você se dá muito mal. Ou esse sentimento te leva, ou você o leva. É assim que tem que se viver para não sofrer.
Nunca vou entender porque o que eu sinto não é correspondido. Ele não é cruel, ele não é triste. É amor que eu sinto, e eu quero que ele seja correspondido. Só queria que você me deixasse te amar, porque a escolha foi minha, o amor, foi uma escolha minha também. E você, não soube escolher. Você sabe, que eu vou estar aqui e por isso continua cada vez mais longe, cada vez mais inalcançável.
Eu, que sempre quis planejar, e ter uma explicação para tudo, a vida me mostrou que eu não posso planejar e que também, haverá coisas que jamais terá explicação, como por exemplo, o amor que eu sinto por você.
Porque é difícil ser a pessoa que é deixada. Porque abandonar a pessoa não é difícil, você simplesmente vai, mas quando o papel se inverte, chamem quem for necessário, porque o mundo a comove. O mundo me comove mas o mundo não se comove comigo, não se comove com os meus amores, com as minhas dores ou até mesmo com as minhas rápidas alegrias.
As pessoas costumam nos ferir com algo que não causa dor e sim sofrimento. Nos ferem com as palavras.
Vivo com a sensação de perda, de vazio, de loucura e não consigo tirar isso de mim. Minha vontade de te esperar é muito maior que a loucura, a perda, e o vazio. Não pode ser tudo em vão, eu não posso ser em vão, minha história não pode ser em vão. A xícara está com café ainda, mas ele esfriou. E eu me sinto assim, cheia de algo que acabou esfriando. Ou melhor dizendo, cheia de amor que acabou apodrecendo.
Olha, se você não quer ficar com o meu coração, me devolva. Alguém perdido por aí, talvez, um dia irá querer algo assim, e eu não posso fazer nada. Já que meu coração foi entregue para você e nunca mais foi devolvido.
Seja como for, as coisas mudam, e eu vou junto. Você não me impediu, e acho que está ficando tarde demais. E de novo, assino seu nome na minha agenda, mas agora, escrevo em caneta preta no dia vinte e nove de dezembro , na agenda de dois mil e dez. A grande desilusão do ano.
Poderia eu, fazer uma promessa talvez. Ou até mesmo achar uma oração de casais separados. Mas não somos um casal, nunca fomos. Então, talvez, eu só precise esquecer, ou talvez precise só entregar tudo para o destino. E ultimamente, evito passar isso para todos.
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