Nao Chega aos meus Pes
Cada um com seu jeito
Pequena lembrança
No tanque de areia
mergulho os meus pés
corro, corro,
rodo peio, rodo peio,
Vejo o balanço
Subo até ele
Sinto-me um pássaro
Esqueço a todos
Como é bom ser criança
Aproveito aquele momento
Todos se divertem
Esta chegando a minha hora
Hora de acordar
Pois estava sonhando
Sonhando de brincar.
Meus pés só tocam o chão quando necessitam andar. E me preocupo com isso. Como posso desmembrar meus punhos para escrever e não ter coragem de pisar em um chão de realidade? Essa fantástica índole me criou por toda vida.
Era engraçado a dança
Meus pés cansadas
Meus cigarros
Minhas vidas
As suas, que foram minhas
As minhas que foram suas
Sufocadas
Eu apenas queria respirar
Não te deixar.
"A estrada é longa, há subidas, há descidas perigosas e meus pés ardem, borbulham, pinicam ... Mais desistir não é humano."
Já fui para a praia,só sei que faz muito tempo, mais tenho certeza que com meus pés na água eu posso nadar...
Sonho e Brinco como criança, Arrisco como adolescente, mantenho meus pés no chão como adulta e Madura o suficiente pra dosar tudo isso.
INFÂNCIA
POR VÁRIAS VEZES OS MEUS PÉS E MEUS JOELHOS FORAM ESFOLADOS
E as unhas arrancadas
Aprendi a andar de bicicleta descendo uma ladeira íngreme
Amava a chuva
Era meu banho predileto
Comia aquelas formigas de bundão torradas e com sal
Passava as tarde brincando de amarelinha
Jogando bolinha de gude com os meninos
Pegava carona no trem de carga que passava no fundo da minha casa
Até ele tomar velocidade e ai pulava do vagão
Dava minhas fugidas e ia brincar no porto de areia
Rolando da montanha mais alta
Gostava de olhar as nuvens passando no céu lentamente
Imaginava para onde iam
Parecia um tempo infinito
Mal sabia que o pesadelo estava a caminho
Eu quero desenhar meus próprios pés na areia inexplorada, cair em abismos, torrentes e desertos em busca do longe e da miragem…porque tudo o resto que eu faço não vale nada.
Meus pés criam asas do nada...
Tenho asas invisíveis que só eu sei.
Só eu sei o tamanho,
Só eu sei o preço que eu pago, só eu sei.
Uma noite realmente quente...
Eu me sinto tão fragil...
Sem meus pés no chão...
O calor me sufoca, me faz respirar mais profundamente...
Sinto cada batida do meu coração...
Eu realmente não gosto do meu cabelo preso mas o calor é demais...
Sinto goticulas de suor escorendo em meu rosto...
São coisas tão pequenas como prender os cabelos, beber um copo de água e sentir o sabor, que nós da sentindo a vida...
sabor?
sim, sabor de vida...água é vida...
Eu uso sapatos n°35, que cabem confortavelmente nos meus pés,e só as vezes dão uma machucadinha. Mas eu já tive um sapato n°34, esses são quase impossíveis de usar, machucam demais, sem contar que quase não cabem no meu pé, eu tenho que fazer um esforço enorme. Mas depois eles machucam tanto, incomodam, apertam, criam bolhas. Eu não compro um sapato n°34 porque eu quero, mas eu vejo aquele sapato vermelho lindo na vitrine, e só tem o n°34, como não comprar? Mas depois ele me machuca tanto que faz eu não querer ter pé. É como se amor pra mim fosse um sapato n°34...
MATULÃO
Vivo das lembranças...
De levantar do chão meus pés andarilhos.
Nessas investidas, quase muito eu vi.
A florada no seu tempo
Escutei com displicência o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Remôo essas lembranças
Eu apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa.
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
A saparia escondida do maestro ensaboado.
Araras no topo jogando migalhas,
Que os bichos rasteiros
Comiam lembranças do chão.
Adoeço só de ver as estradas encobertas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise.
Quanto mais me disto desses lugares meus.
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naeno*comreservas
MATULÃO
Vivo das lembranças
De levantar do chão meus pés andarilhos.
Nessas investidas, quase muito eu vi...
A florada no seu tempo certo,
E vi errado o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Morro das lembranças
Eu apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa.
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
Da saparia escondida nas locas.
Arengas na estrada de cobra e lagarta,
Araras no topo jogando migalhas,
Que até eu, com a fome no estômago, alimentada,
Pegava e comia, essas lembranças do chão.
Adoeço só de ver essas estradas raspadas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise
Quanto mais me disto desses lugares meus.
Mantenho firme meus pés ao chão, esperando um dia te encontrar e ter você junto a mim. É o que mais anseio, o que mais preciso.
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