Nao Chega aos meus Pes
Decrepitude
Os meus flagícios são inumeráveis.
Encontro-me e estou perdido.
De resto, sou sempre outro.
Tenho imaginações acriançadas.
Sendo o mestre em tapeações.
Bebo o veneno cálido das flores.
Feridas das minhas ignaras pretensões.
A prova de que sou inerte.
O espírito advém da misantropia adiafórica à minha senilidade.
A minha alma possui cem anos.
Homens, a vós que despedacei os corações;
Unam-vos e comemorem a minha condenação eterna!
Corações despedaçados!
Julguemos juntos às estranhezas da natureza humana.
Cicatrizes distintas das feridas deslocam-se em injúrias.
O espírito resplandece do Averno matutino.
Cala-te! Digo aos meus ignaros pensamentos.
Findam-se as falsas crenças na ilusória sapiência emérita.
Gritos trifásicos aos septívocos ouvidos fatigados.
Sepulto em meu coração os pensamentos ignaros.
Cem anos de inglória existência e não me compreendo.
Tolices da libertinagem eterna!
Sobejas vencidas da minha carne jazem aos funéreos sepulcros canibais.
Devoram-me os cavalos de Diomedes.
Demônios me libertem!
Não devorem um corpo que jamais os pertenceu.
Se a carne é do espírito, o meu, encontra-se infecto em prantos deíficos.
Foi preciso navegar dentro do próprio sangue!
Consumir-me dentro de minhas crateras vulcânicas vitais.
Mergulhei em lágrimas que me são desconhecidas.
Afrontei o desconhecido, presenciei todas as ilações e todas as crenças.
Conheci os ensangüentados mares da vida!
Cujos prazeres maiores eu descobri ao término da longínqua travessia.
Com o meu peito na escarpa repleta de anjos!
Construí festins comemorativos às visões que fiz.
Estranhos corroam-me com esmeraldas e ouro maciço.
Protejo as vossas frontes de possíveis idéias colossais.
Danças, gritos, bailes ilusórios!
Perpetuo em meu inquieto leito de perguntas sobrenaturais.
Provinda da minha funesta amálgama craniana.
Perverto a imagem agradável dos prados!
Venturas únicas de frutos fantasmagóricos,
Visões profanadas, insistentes na falsidade do real.
Paisagens sempre afáveis aos olhares humanos.
Façamos todas as perguntas imagináveis.
São inumeráveis as respostas da existência.
Eternas dádivas compreendidas unicamente pelos visionários.
Se há na vida limites, só na morte a ultrapassagem é permitida.
Incoerências às minhas próprias palavras!
Concepções fluentes e absurdamente improváveis.
Os pensamentos não mais caminham na mesma direção.
Eis a formação do contraditório.
A dúvida inicia o pacto sangrento com o espírito interrogatório.
Os ritmos não são os mesmos, toda época tem um ritmo.
Por sorte não nasci na época certa.
Que ritmos possuem a alma de um homem que se mutila em próprios ideais?
Às perguntas são inumeráveis!
Sou um infeliz viajante com alma funesta.
- Perguntas, perguntas, elas são infindas!
Hiulco o meu espírito e não se há ninguém para confortá-lo.
Tornei-me mais uma entidade do que uma pessoa no palco. Sempre senti a música em meus ossos e em meu sangue; eles roubaram isso de mim.
Estrada
Sejamos sérios, - meus senhores.
Para que a caminhada aufira algum préstimo,
Ainda que o êxito derradeiro seja a fatalidade da morte.
Faz-se necessário a nossa imprudente e farisaica desunião.
Sou o residente de um incipiente trâmite.
princípio das veleidades paternas.
criação de um desejo ábsono ao meu.
Não! – Não sou o único!
O mundo tramita inartificioso e irrealizável no itinerário. Altercando insaciavelmente na batalha.
Que tem por fim único: - A busca de novas paisagens.
O caminho é árduo e somos muitos.
O tropel prossegue inefável na fantasmagoria que insiste parecer real.
Que fazemos, nós? Alimentamo-nos de ilusões!
Perdidos no onírico de vários caminhos e de uma única saída.
Ah, a morte! A morte! Há novos caminheiros e ela permanece.
Nos caminhos que passam diante dos nossos olhos!
Nos sentidos que vagam ínterim as nossas almas.
Antigos amores, glórias juvenis, avaras riquezas,
Exímia é a riqueza.
Absolutamente em tudo, recordar-se-me-á a estrada.
Demônios e anjos! – Todo tipo de raça e imaginações.
Enfim, mortos e sepultos nos corações humanos!
A Luz da lua me traz lembranças...
A luz da lua me iluminou nos meus piores dias, quando da janela do meu quarto olhei para o céu e fui iluminada por toda a sua luz. Fones engatados no Mp4, música no último volume e lágrimas caindo, até o amanhecer.
Olhando pra sua luz, consegui imaginar um futuro incerto, ainda distante, do dia em que deixaria de sentir esse vazio, que me consumia a cada dia.
A sensação de paz que percorria.
Hoje o céu está nublado, mas sei que ela está me encarando novamente, me esperando na janela, para escutar mais alguma história de melancolia
Nos meus sentimentos por você, encontro um universo de emoções que se entrelaçam como estrelas no céu
Vá e leva contigo o bem mais precioso que há em mim...
Meus versos...
Minhas delicadas e grossas palavras...
Meus sentimentos...
Meu amor.
Vai e decide se me levará ou se me deixará...
Vá, e me leve em seu coração, no mais profundo, pra que ninguém ache e nem me perca...
Vá, mais vê se volta logo...
Vá, e leve com você meu precioso tesouro, minha escrita...
Vá, só não esqueça de mim...
Vá, vida minha... eu nunca te esquecerei.
Vá, ama minha... Sempre te esperarei.
Vá, vá depressa... E saiba que te amarei! Hoje, amanhã e depois,
É difícil recomeçar todos os dias, arrancando de dentro de meus pensamentos, a saudade que sinto de você.
Quando vejo uma partida, quero o espetáculo, a diversão. Aos meus jogadores sempre dizia: “As pessoas vêm vê-los para passar duas horas longe dos problemas. Não se esqueçam”.
Eu me assusto quando penso
e escrevo os meus sentimentos
para então, me encontrar...
Por que para me achar
preciso que alguém
que me dê as mãos;
Quando falhei, senti como se uma força superior me obrigasse a me isolar para refletir sobre meus erros. Era a punição mais severa que poderia enfrentar.
Hoje no meio do caminho eu cheguei em casa.
Eu abri a porta meio aberta.
Limpei um dos meus pés no tapete.
Tomei meia xícara de café.
Fumei a metade de um cigarro.
Sentado no meu sofá eu li a metade de uma notícia.
Tive uma meia conversa com o meu parceiro antes que eu visse ele fechar a metade da porta e ir para o serviço.
A minha vida está cheia de meias coisas.
Ao longo dela eu perdi metade da minha pessoa
Por sujeitos que me deram meias certezas
Mas nunca me deram um de seus ombros para consolar as minhas tristezas.
Carrego em mim toda vida do mundo
Meu coração bate
Minhas pernas funcionam
E meus pulmões me alimentam
Então por que me sinto morta?
Carrego em mim toda vida do mundo
Meus reflexos são ágeis
Meus sentidos certeiros
E minha visão é clara
Então por que me sinto tonta?
Carrego em mim toda vida do mundo
Vejo beleza no podre
Vejo vida na morte
E perfeição na assimetria
Então por que me sinto feia?
Carrego em mim toda vida do mundo
Destruí muitas barreiras
Carreguei muitas pessoas
E construí muitas moradas
Então por que me sinto fraca?
Carrego em mim toda vida do mundo
Meu corpo me sustenta
Minha mente discerne
E meu espírito me guia
Se separadamente sou constituída de virtudes
Por que o todo parece tão disfuncional?
como pesa deixar ir:
estou tão agarrada aos meus pedaços
no compasso de uma dança destemida
tudo se torna fragmento de mim
mãe
pai
irmã
irmão
filha
filho
todos são peças do meu quebra-cabeça particular
e o adeus dilacera um pouco mais
o que ainda resta dentro da garganta:
estilhaços de uma voz emudecida
pela despedida
das partes do meu espírito que
ainda sonham
vejo os olhos deles pela última vez
mas nunca sei!
até que um alarme soe e me avise:
outra parte de você
se foi…
[nunca existi inteira
agora
sou a peça derradeira]
Quando me leres, lembra mais dos meus acertos, pois, muito errei, mas errei sem querer e na continuidade do tentar acertar, me refiz no certo o máximo que pude. Quando me leres, lembra do meu perdão à ti, toda vez que precisou. Quando me leres, lembra que eu quiz ser mais que passageiro, quiz ser quem fez a diferença em ti. Quando me leres, tenta não me apagar das lembranças onde eu quiz sempre estar.
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