Morte de uma Filha
Chuva interior
Sinto as folhas dobrarem com o carinho da chuva.
Fico encolhido como os pássaros.
O vento fica mais frio.
Sinto a brisa que entra pela janela.
Fecho os meus olhos e ela está dentro do meu ser.
Chorando não sei por quê?
Chove no meu interior!
A água transborda pelos meus olhos
Fico cego de dor!
Saudades de um grande amor
Talvez a vida tenha me deixado com muita dor.
Receio não ter mais dias alegres.
Minha alma está cinzenta como este dia
Iluminado apenas por raios perigosos.
Trovões e relâmpagos sacodem meu coração;
São registros de amores que se foram
E do amor que está por vir.
Ou simplesmente é uma chuva dizendo
Que o meu tempo já passou
E que é hora de partir...
Sobre a Guerra Santa, repetida por vários fanáticos desajustados. A guerra nunca pode ser santa pois não existe um santificado no mundo, que possa promover a dor, o flagelo e a morte. Seria mais apropriado, chamar de Guerra Insana, por que acima de nos, só existe um Deus, personificado por vida, misericórdia e amor nas diferentes culturas espalhadas pelo mundo.
"E quando chegar o dia que não houver choro nem tristeza em um sepultamento, então o ser humano descobriu o que veio fazer neste mundo."
Quando os erros dos outros passarem a te agredir, afaste-se e deixe-os passar necessidade até eles falecerem, e ao ir ao velório não esquecer de soltar confetes e quando for ao enterro procurar ofertar a última pá com terra
Vida nascendo era tão mais sangrento do que morrer. Morrer é ininterrupto. Mas ver matéria inerte lentamente tentar se erguer como um grande morto-vivo... Ver a esperança me aterrorizava, ver a vida me embrulhava o estômago.
O caixão da alma
Presa em uma casca de dor,
Aprisionada em uma pele d’onde se transita flor.
Releio Augusto dos Anjos,
poeta preso em fantástico caixão alheio,
Sinto similaridade com a dor dele, hoje.
Dor, coração e um triste sossego.
Presa em teu sonho selvagem,
curto metáforas de Clarice Lispector,
repenso Antônio Nóbrega,
todos poetas que profetizaram a dor,
a morte, o caixão em badalado, triste e feio.
Presa. E estar em cárcere machuca.
É um acordo feito consigo mesma.
É um contrato social a qual a gente olha e diz:
-Por que você está destruída?
-Se sou eu a única pessoa que precisa ser salva?
Ora, por que me fazes chorar?
Suas cicatrizes são minhas, sabia?
Presa na obra de um carpinteiro,
meu corpo lança um: “não te amo, mais”,
A alma na pele que habito,
tal como Almodóvar e seu percevejo.
Presa em uma cama fria,
Em um hospital onde a morte olha, vazia.
Aprisionada entre o sim e o não,
Entre a vida e o não.
Presa em um corpo de morte,
tal como preconiza Paulo,
presa, simplesmente aprisionada,
Rousseau já dizia que por todos lados
sigo acorrentada.
Presa. Simplesmente aprisionada.
À minha alma que segue inerte,
desejando que a dor galope e não me veja.
Mas, Clarice só me apontou a hora,
e “dos Anjos” me avisou da mão que apedreja.
Presa em muros poéticos,
onde o sonho e a morte dançam e combinam,
juntas, o seu mais próspero desejo.
Presa em um caixão d’alma,
aprisionada pelo karma, ancestralidade,
herança genética, por traumas e desejos.
Morta em um vivo caixão de peles,
de feles e méis. Simplesmente, presa.
(instagram: @claudia.valeria.kakal)
Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta.
Somos passageiros. A passagem para os que vão talvez não seja tão dolorosa como para os que ficam. Os que vão mudam de estação, cria-se o entendimento do estado de luz, mas os que ficam ainda existe a incompreensão do que é o outro lado e do porquê para alguns essa passagem é cedo demais.
Algumas coisas não morrem quando enterradas: sementes e sentimentos adormecem, esperando uma estação de ternura para germinar.
Será o tempo quem passa ou somos nós que passamos? Precisarmos de apenas uma jornada para saber a resposta viva. Se você percebeu há alguns segundos atrás, uma letra M inesperada pode surgir no local errado e acabar mudando o sentido da nossa reflexão, mas essa alteração não é um erro, é um convite para uma nova camada de entendimento, para compreender que a morte é parte dessa dança atemporal.
Deixe de lamentar os desafios cotidianos; alegre-se, pois eles representam um mero treinamento. Afinal, a morte não nos avisa antes de chegar.
Após de mais de 50 anos eu falando, parece que agora a cultura, ate as comunidades indígenas sobreviventes aprenderam que nunca nenhum verdadeiro índio morre. Isto é coisa imposta pela catequese européia. Na verdade todo índio quando para de soprar, ele retorna a terra dos velhos ancestrais, logo "ancestraliza".
Deleito-me com o sabor do óbito, mirando o céu e contemplando o brilho suave das estrelas que, quando criança, imaginava serem ancestrais falecidos, ansiando pelo dia em que brilharei também.
Um pensamento que sempre levo comigo. Lembrar da mortalidade é o que me faz tentar viver e aproveitar cada momento ao máximo, porque nunca sei quando será o último. Igual a quando joguei bola a última vez ou brinquei na chuva com os outros meninos da rua onde morei na infância, não sabia que seria a última vez.
A efemeridade da vida traz consigo uma beleza um tanto mórbida, mas também tão sublime e primorosa, pois nada se repete exatamente da mesma forma, nada é sentido da mesma forma, ninguém ama ou é amado da mesma forma, um sorriso nunca é o mesmo apesar de sua essência.
A beleza da vida é justamente esse poder de irrepetibilidade e finitude.
Durante muito tempo fiquei pensando
para que enfrentar a vida
se tudo irá acabar?
Mas as coisas recomeçam
Mas não recomeçam para mim
Ficava pensando, se tudo é luz e sombra,
vamos ficar enfrentando até cansar
e tudo acabar em sombra
Mas meio que vi que também sou luz e sombra
Mas vou acabar?
E a Luz e a Sombra, vão acabar?
No fim das contas não tenho como saber
A vida é uma mistura do que nos é dado e
do que fazemos com ela.
E no fim, ninguém sabe.
Espero que Deus saiba...
(Editado pelo Antigo verdadeiro "Deus", que aliás... Não era tão fan deste nome, embora dependa do contexto, pode até ser fácil acabar com a felicidade dos outros, agora...transformar a infelicidade em inferno, já sabe que não, pode continuar tentando, porque ninguém vai ligar mais, nem atender, até porque, ninguem nunca se importou, pois havia passado do prazo. Quando me destruir, de novo, o que sabe que não dá, pois não entendo nada, já estara crescido e com sua própria familia, tão infeliz quanto eu, mas a nossa família estara Feliz, principalmente a minha, pois enfrentamos juntos, e a sua, estará feliz de Verdade, junto de você, porém sozinhos, pois foi o que Você descidiu para eles, não eles, e nunca, com o seu Nunca, mais vamos nos "Ver", pois foi assim, a Sua, Muito mais Poderosa, Decisão.)
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