Morro
Como pode olhar-me e continuar viva? Toda vez que a olho morro um pouco.
Morro de amor
Morro de vontade de tirar um pedaço dela tanto quanto ela me tira.
Vida e morte se dão num mesmo movimento. Morro enquanto vivo, vivo enquanto morro.
Alegria do Morro
Muvuca era do "vuco-vuco",gostava de samba, gela e mulher:
principalmente se fosse mulata, etivesse samba no pé.
Era um cara "sossêga", e respeitado pela rapaziada,
andava de boa no morro, nunca foi visto de cara amarrada.
Sangue bom prestativo, só sabia fazer o bem;
ajudava todo mundo, sem nunca perguntar a quem.
Malandro "responsa", não arrumava confusão,
se alguém lhe apresentasse encrenca, ia logo dizendo que não.
Mas a vida lazarenta resolveu com Muvuca aprontar,
e despachou o pobre diabo, para ir fazer festa para os lados de lá.
Os samangos chegaram no morro dando tiro pra todo lado,
tentando acertar bandido, mas o Muvuca é que foi alvejado.
Levou duas balas certeiras, e não teve nem como fugir;
Os tiras ainda disseram que o pobre tentou reagir.
A gente falou a verdade, mas ninguém quis escutar;
Nos mandaram baixar o facho, e não procurar sarna para se coçar.
E assim o Muvuca se foi - deixando mais triste o morro.
Só nos resta sentir saudade, e a Deus pedir socorro.
Socorro, meu pai, meu pai, socorro;
receba o Muvuca, meu pai, e traz de volta a paz pro morro.
Socorro, meu pai, meu pai, socorro;
receba o Muvuca, meu pai, e traz de volta a alegria pro morro.
Eu não morro esse ano eu vou está vivo em 2032 eu vi eu vivo lá mas também não vi me morrendo, talvez Deus tenha me mostrado para eu não ter mais medo do meu sonho e eu não fui para o México para morrer lá 😂
Vida... ou Morte?
Eu me pego pensando:
-Vivo ou morro? Afinal esou morta por dentro e viva por fora... por dentro quero morrer e viver por fora... Bonita por dentro... Horrorosa por fora... Pensar no que fazer... No que devo escolher? A Vida ou Morte?
SUBI O MORRO
Subi o morro numa quarta
o bicho estava pegando
cheguei no sapatinho
cumprimentando as minas e os manos.
Tinha um samba rolando
uns poetas recitando
vi mulheres e crianças
capoeira ali jogando.
Já era de noitinha
um céu de brigadeiro
fiquei emocionado
na roda de partideiro.
Era um Samba Original
sarau na zumaluma
pessoas talentosas
valorizando a cultura.
Música de qualidade
várias letras contundentes
confesso pra vocês
que fiquei muito contente.
O morro estava em festa
coração batendo a mil
minha pernas tremeram
quando chamaram Fuzzil.
o amor
A o que direi sobre o amor?
Amor pelos meus filhos,
q mato e morro por eles.
Sim mataria e morreria por eles.
Não sei mas sei o que farei.
Mas e do amor por alguém?
O que direi?
O que farei?
Será que vivi, ainda vivo ou um dia viverei?
O que direi não sei, até acho q jamais saberei.
Ou vivi e já nem sei?
As vezes que achei... só se foi
Será que é? Será que vivo? Será que amo?
Quantas perguntas farei?
Quantas respostas a mim própria darei?
A amor que senti, que amo e se viverei?
O que dizer só sei que não sei.
No silêncio oculto, me devoro,
Ardente paixão, segredo que morro.
Torno-me frágil, disperso-me no torpor,
Em ti, mistério, meu destino eu exploro.
Teus lábios, não de Iracema, mas do mel,
Sabor que embriaga minha mente ao léu.
Tua indiferença, cruel como fel,
Dilacera o coração, tempestade, réu.
Aguardando ansiosa, fervilhando em fogo,
A chama da paixão que não se desdobra.
Como a maresia, corroídos pelo jogo,
No desejo de um encontro que se acobra.
Oh, praia distante, refúgio desejado,
Onde os tormentos se percam no passado.
Cada segundo, sentimento desgastado,
Sem tua voz, tua presença, sou naufragado.
Tu, que não sabes, és meu oceano vasto,
Naufrágio lento, em águas profundas me arrasto.
Em cada instante, no sentimento contrasto,
És meu mar, és meu eterno enigma, meu lastro.
Formigas Aladas
Uma gota cai dos olhos e se espalha na alma.
Morro tantas vezes.
Asas nascem em formigas e elas se tornam aladas.
Espinhos nascem em meu coração.
Morro tantas e tantas vezes.
A lágrima é do anjo que me guarda.
A alma é a tristeza da pessoa abandonada.
As asas são minhas.
Quero voar em torno da luz.
E os espinhos? De quem são? Retire-os, por favor!
Eles impedem o meu voo.
(Besouro Revirado)
[Quem é que faz a] conexão entre o morro e o asfalto?
Planet Hemp!
Título: Juntos, Talvez, Diferente.
Eu morri e revivi tantas vezes
que já não sei se morro ou se vivo,
se vivo ou se morro.
Não sei se confio em mais alguém.
Bia, o tempo tem me ferido, me maltratado.
Se eu ainda te tivesse e juntos crescêssemos,
talvez fosse diferente…
Estávamos muito distantes.
Eu morava em outro horizonte,
longe, muito longe…
Ah, Bia...
Não sei se, estando contigo agora,
serei capaz de confiar, de me entregar,
de realmente te amar.
Viverei sempre com o eco e a sombra
de que deixei de ser o primeiro.
Posso ter sido, em teoria,
seu primeiro namorado,
mas não tive seus beijos, seus abraços.
Não transamos alucinados
como adolescentes apaixonados.
Me desculpe... me desculpe...
Sinceramente, talvez eu nunca volte a ser completo.
Talvez viva para ser sempre esse idiota,
nada esperto,
que te perdeu antes
e te perde agora
por ideias bobas,
que agora já não volta.
Talvez seja por isso que não te ligo,
que não te chamo.
Não quero estragar esse falso sentimento humano.
Quero acreditar que fui seu,
e você, minha.
Se me aproximo agora,
o que será dessa miserável vida?
Raiva éfeito lava incandescente morro abaixo, touro quando vê vermelho ou como tubarão sentindo cheiro de sangue: é difícil controlar.
Toque Brando -
Eu não sei se morro ou vivo
quando o teu olhar toca no meu
- minha casa, meu silêncio, paraiso -
mas se o meu olhar toca no teu
sinto que o meu sonho está cumprido.
Talvez te prometa um toque brando
meu corpo frio, ágil, louco
minh'Alma de quando em quando
tudo o que trago, um grito rouco
talvez te prometa um verso branco.
Sonho-te a dormir num longo abraço
mar salgado de bruma e espanto
e prometo que passo a passo
te hei-de ser um doce canto
p'ra me aconchegar em teu regaço.
Não te prometo nada do que disse
meu pássaro de sangue, rio de medo
talvez se fosse outro o não sentisse
mas digo-te e digo-te em segredo,
não volto a repetir o que já disse.
E todos os dias eu morro um pouco...
Todos os dias se vai uma parte de mim...
E todos os dias me matam de saudade... De tristeza, de raiva ou até de angústia.... E eu vou me desdobrando em tentar resnacer e evoluir.
E todos os dias tento ser forte, mas não sou...
Tento ser um pouco perfeita mas sou humana e na minha fraqueza peco.
E todos os dias eu tento me reerguer e enquanto muitos por aí seguem querendo me derrubar, me ver no chão... Esse gostinho não dou!
Cada dia pra mim pode ser o início ou o último .... Mas me ver no escuro ou no chão isso nunca vai acontecer!
POESIA
A poesia não é inerente aos poemas, versos e acordes.
Se encontra poesia no morro, gueto ou cortiço
No cenário poético do sertão.
Nos bruguelos replicando a capoeira.
Existe poesia no sol, na chuva
No samba ou candomblé.
Na folha seca que flui
No doce ninar de uma mãe
No abraço rude do papai
Pode está no coração.
E é ampla
De modo a não caber nas palavras
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