Morrer
Só me desarmo quando eu destruir esse senso do ridículo; aliás, se eu morrer, façam minhas frases virarem livros.
Em uma determinada situação perguntaram a mim se não tenho medo de morrer, respondi que tenho medo de não viver, pois todo aquele que tem medo de lutar pelo que almeja, esse não vive, apenas existe.
Outono e sua lição de vida, as folhas precisam morrer para dar lugar a vida nova, o que as eterniza como fonte do novo.
Tudo tem um começo, meio e fim, mas a vida continua na nova estação, com suas frutas vermelhas e seu vento frio, que arrasta para longe com as folhas secas os dias passados.
Hora de se despedir do verão caloroso e tirar proveito da melhor parte do frio outono, sua poesia viva.
Eu sou o cara, já dizia minha coroa
Não vou morrer na praia, agarrei a proa
Cujo como marujo fujo sujo
Me lanço manso no mar e danço
Nascer e não ser, crescer e não saber, morrer e não viver; quem diria que nessa vida seríamos apenas um rastro no universo?! É... Ser, saber e viver; são detalhes tão importantes, mas que passam despercebidos por grande parte da humanidade, pois nos preocupamos com coisas quase que fúteis como "ter". Ter o que? Já não basta ter sabedoria, família, alguém pra amar, uma vida pra viver e um lugar pra voltar; querem mais o que? Ou melhor o que queremos dessa vida, nunca estamos satisfeitos com o que nos foi concedido, embora eu, você, nós sabemos que o mais importante é ser, entretanto ainda assim queremos ter, é aquela velha história né... Há duas coisas que nos diferem um dos outros: O que somos e o que temos, mas apenas uma dessas coisas é importante nos dias atuais, "o que temos", pois podemos ser pessoas incríveis, únicas, mas devemos ter, pois é esse verbo que nos torna imprescindíveis
Agonia de Narciso
Preso ao espelho
Afogando-se em vaidade
Reflete a beleza de
morrer contemplando
a própria imagem
Quem adquirir sabedoria durante a vida, no final dela pode morrer tranquilo. Pois quem é sábio, saberás que o único caminho é a morte!
Nasci original e originalmente irei morrer.
Não sou rascunho de mim e nem o pretendo ser de ninguém.
Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver. Assim sendo, quando nascemos todos sorriem e só nós choramos. Por isso façamos de tudo um pouco, porque quando morremos todos irão chorar e só nós é que sorrimos.
AMAR É ADMIRAR COM A RAZÃO,
AMAR É TER O INFINITO EM MOMENTOS DE PRAZER,
AMAR É MORRER PARA O ALÉM DA ETERNIDADE.
AMAR VERDADEIRAMENTE ATÉ O CORAÇÃO PARAR,
AMAR SEMPRE PARA SEMPRE
NO DESEJO DO CORPO SEJA O ADOR DO CORAÇÃO QUE PADECE AMANDO...
Viver
Morrer... morrer agora pra quê? Porque o desejo de morrer, de acabar antes da hora?
Vamos deixar de lado esta ideia, ou melhor, excluí-la, sim, esta ideia é que deve morrer
agora, sem demora. Morrer agora pra quê, se há tanta coisa esperando para ser feita,
tanta coisa que a vida ainda espera que seja incluída na nossa estrada? Morrer pra quê?
Somente porque há e houve tanta desilusão, somente porque o coração ainda sofre tantos abalos?
Há tanta coisa maior, tantos desafios, tantos desejos em cada esquina do caminho,
tantos sonhos esperando que os sonhemos, tantos sorrisos sem uma boca para expressá-los,
tantas vozes aguardando a liberdade, tanta luz esperando olhos para refleti-la, há tantas
trilhas ainda não caminhadas... Morrer agora para quê? Por tão pouco não vale a pena.
A morte pode esperar que a vida se cumpra plenamente. Há muito o que se fazer,
ainda faltam páginas e páginas para preencher, milhões de palavras pra ouvir e dizer,
abraços que estão a caminho, beijos aguardando os lábios certos, canções para dedicar,
livros para ler. O sol e a lua sempre nascerão e a chuva também há de regar a terra.
A vida flui naturalmente, aconteça o que acontecer. E ainda há muito a dizer, muito que ouvir,
a agradecer, pedir perdão e perdoar. Morrer agora porque? Pra quê?
Se ainda há tanta gente precisando de nós? Se ainda precisamos de ajuda?
Se ainda há e sempre haverá crianças para abraçar e amar?
Se a vida sempre estará de braços abertos para todos nós?
