Morre Passaro
Pássaro Capturado
Eu
pássaro
preso
vejo da fenestra
a pouca paisagem
meses
a mesma miragem
Eu
pássaro
preso
queria morar
pelas árvores aculá
cantar veras
sem ocultar
o meu lídimo canto
livre pra voar
não existe canções
estas que pensam
pássaro
preso
que cantaria
júbilo, gosto, eufórico.
JANELA DO EDIFÍCIO
Não sou pássaro...
Não tenho asas, nem sei voar
Mas aqui, no apartamento desse edifício
... Eu pairo sob alturas, e vivo sobre o ar.
Pela janela desse apartamento
meus olhos perambulam o horizonte
e se perdem, pelas ruas, prédios,
luminosos e placas de latas e voltam a vagar
sob o ar, onde o oxigênio do tempo se
mistura com a poluição de fumaça.
Aqui desse apartamento, no meu sedo...
Eu vejo o sol galopando sobre as paredes
dos prédios e o horizonte camuflando-se
sob as sombras do meu tédio...
Eu vejo pássaro vindo da sua mecânica
zumbindo em suas carenagens brancas,
transportando vidas e bombas para
estraçalhar, sua carrancas franca.
Da janela desse edifício...
Eu vejo o transito impedido
Permeando viadutos e pontes
e ao longe, um crepúsculo sob o tempo
de uma tarde sombria, aonde arranha
céus gigantes e casas se camuflam
sob horizonte.
Eu vejo a lua se esgueirando sobre os
telhados, aflorando em seu reinado,
e como se fosse espelho, ela faz
demonstração do São Jorge, dragão
espada e aquele seu cavalo branco.
Aqui de cima, eu fico observando os
mares da vida... Da para ver o semáforo
da encruzilhada assinalando os sonhos
e fazendo do pesadelo, uma parada...
Dá para sentir os pulmões da vida
embebidos pela poluição e stress...
Doentes de bronquites, pneumonia
e outras mazelas clinicas.
Da janela desse edifício...
Dá para ver... Rostos cansados disputando
lugar sob a fila do ônibus e metro, esses
rostos estão voltando do trabalho
da para ver também, rostos apressados e
enfadados correndo para seus empregos.
com medo de perder a hora e embaralhar
seus planos... Da para ver e sentir o mundo
os pergaminhos e os dogmas inventados
por esse ser humano.
Antonio Montes
Acredito que a escrita é o par de asas do meu mundo, se retirá-la de mim, sou apenas um pássaro cuja a liberdade foi arrancada.
Margarida.
O ponto de mutação
Um canto de pássaro
Aquele traço profundo
Meus passos cada vez mais lentos
Quatro ventos
Quatro pontos
Quatro estações
Não sei em qual delas eu desço
desde o começo eu desconfiava
Que essa estrada
Não leva a lugar nenhum
Pressinto o quinto dos infernos
Resumindo tudo isso
Eu meço a distância
e concluo
a relevância do nada
E é nisso
Que tudo consiste
Sigo mudo e cego
Ouvidos ouvindo absurdos
A cada dia mais corretos
E cada vez menos lerdos
Á minha esquerda
Jaz a margarida
Quase apagada
Semi-desenhada na parede
Milhões de Céus
Bilhões de mundos
Eu no chão
É quando chego ao ponto
Porém este
de interrogação
Edson Ricardo Paiva
Interior tem.
Como é bom o interior
tem cheiro de natureza
tem pássaro cantador
e peixe na correnteza
café passado ao coador
e o milho tem mais sabor
no cuscuz da nossa mesa.
Eu me sinto seguro por estar inseguro. O pássaro seguro vive preso em sua gaiola, enquanto o inseguro vive completamente livre.
Dar asas ao tempo
Queria ser um pássaro e sair voando
Para dar asas ao tempo e te encontrar
Ao sabor do vento, em teus braços ficar
Ter teu afeto perder me nos teus carinhos
Em nuvens de algodão fazer nosso ninho
E ali te amar, deixar tudo de lado
Deixar o mundo lá fora, e conjugar
O nosso amor em uma só pessoa nós
E deixar as asas do tempo voar
Por que todo o resto
Se torna pouco o muito
É você sou eu, somos nós.
30/05/17/ Jalcy Dias
Meu querido menestrel
No teu amor a liberdade
Sinto a leveza da alma
Como um pássaro a voar
Sem pressa sem rumo
Mas sempre sabendo onde chegar
Esse chegar tem estrelas tem a vontade
Do querer estar em teus braços, na calma
Desse voar seguro e perder o prumo
No calor dos braços teus, meu querido menestrel
Do amor, nosso segredo tem cor de céu gosto de mel
08/04/17/ Jalcy Dias
As vezes o caçador abre a gaiola pra contemplar a beleza do pássaro porem,acaba tornando se escravo de sua própria contemplação.
Sabe qual a diferença de uma fênix para qualquer outro pássaro? nenhum pega fogo antes para ver se vai voltar das cinzas.
Sou como um pássaro se você segurar forte eu morro,
mas se você soltar eu voo e não volto mais!
Agora se você me deixar pousar no teu coração,
com delicadeza e amor,fico pra sempre!!
Pássaro
Hoje você voou
Subiu até o Pai Eterno
No Reino de amor
Estrela
Brilha nos céus suavemente
Enchendo nossos corações
Do seu amor eternamente
Vida
Nos encanta e nos fascina
Para alegrar O Nosso Pai
Que a cada dia nos ensina
Amor
Que deve ser sempre prezado
Jamais faltará a quem têm honrado
O compromisso verdadeiro
É estar sempre ao Vosso Lado!
"O pássaro de belo canto pensa e demonstra ser livre, mas sua libertadade pode está limitada à distância dos poleiros."
"Meu pássaro menino. Meu pássaro pequeno. Meu pássaro querido. Meu pássaro. Te dei asas minha pequenina ave. E você se foi, voando, batendo suas lindas e perfeitas asas. E eu fiquei te olhando, te amando, te esperando. Quem sabe algum dia nossos vôos se reencontrem. Até lá meu passarinho. Vá cantando por onde passar e onde pousar. Cante e alegre os q encontrar. Assim, saberá que vale a pena voar.E eu saberei que valeu te deixar ir."
Miudezas
Meu amor é um pássaro pequeno, daqueles miudinhos,
voa e pousa em qualquer lugar,
sem pressa e ambição alguma de ficar.
Um dia encontrei um amor, ele não me devolveu minha beleza.
A melodia que cantava, com o tempo,
entristeceu por ficar num mesmo canto.
Meu amor, esse pássaro pequeno, muitos desejaram deformar,
transformar,
reformar.
A miudeza era feiura. Não era beleza.
Não entenderam que feiura e beleza são aspectos da mesma arte.
Eu, porém, sou poeta dos contrários,
profeta dos caminhos tortos.
Sou um amante de miudezas.
Que a primavera me assopre seus ventos,
aromas diversos de amores,
eu irei.
Meu amor. Adeus.