Morno
A temperatura do corpo é estranha. A gente acha que todo mundo é igual, meio morno. Mas cada um é de um jeito.
"Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de
vomitar-te da minha boca." - Apocalipse 3:16
Caixa de Pandora
Quem te vê assim sempre morno,
Deveras não imagina
Que se esconde aí dentro um louco
Guardião de fantasias;
Quisera ter a chave do teu corpo.
Desvendar seus mistérios algum dia;
Libertá-lo e mantê-lo solto
Oh! Quão grande alegria!
Deixa eu fazer de ti um pouco
Minha eterna moradia.
O amor que desejo não vive nos extremos. Não é 8 nem 80. Quero o centro, o equilíbrio, o morno que acolhe e traz segurança.
Bater no peito e se orgulhar de ser intenso demais só revela o tamanho do desequilíbrio. O excesso de fogo queima, o excesso de frio congela. Quero o calor que conforta, o aconchego que faz querer ficar.
Busco um amor tranquilo, onde palavras não precisem ser gritadas para serem sentidas. Não quero cartas quilométricas nem declarações públicas. Quero apenas sentir.
O amor que desejo está nas coisas simples: nas atitudes do dia a dia, no riso compartilhado, nas conversas profundas, no apoio mútuo. Está na admiração, no respeito, na proteção, e na confiança que gera estabilidade.
Quero um amor onde eu não precise atuar, ser perfeita ou esconder minhas imperfeições. Que eu possa ser quem sou, com meus defeitos e manias, e ainda assim o outro escolha permanecer.
Esse é o amor que quero.
Não beba café morno, muito menos requentado. Faça um quente e descarte o morno. O cheirinho de café fresco é muito melhor.
Isso não é sobre como preparar café
Chega de normalizar o morno. Amar com medo não é amor, é sobrevivência emocional. A intensidade que tanto assusta é justamente o que falta no mundo: presença de verdade, sentimento bruto, entrega sem ensaio. Se você é daqueles que sentem demais, que vivem no limite entre o amor e o caos então fique. Porque só quem tem alma entende a beleza de ser inteiro. O resto… Que fique com seus joguinhos de desapego.
Entre o grande amor. Felizes são aqueles que por medo e sanidade conseguem administrar o gostar entre os seguros limites.
Amor de forma fácil não existe. Sendo assim não se engane. Pois o que vive por facilidade não é amor e sim uma oportuna transitória convivência por conveniência.
Eu posso ter tido muitos defeitos na vida, e ainda tenho muitos, mas eu nunca amei mais ou menos. Nunca uni amor e covardia.
Recomece, recomece todos os dias, recomece quantas vezes forem necessário, só não se contente com o pouco, com o morno, com o medíocre. Não aceite café ruim, amizades falsas, abraços frouxos, beijos frios e amores mornos.
Nada!
Horas e horas neste ponto morto
Onde caiu agora a minha vida...
Nem um desejo, ao menos!
Só instintos pequenos:
Apetite de cama e de comida!
Nem sequer ler um livro
Ou conversar comigo, discutir...
Nada!
Neutro, morno, a dormir
Com a carne acordada.
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