Miséria

Cerca de 1012 frases e pensamentos: Miséria

Vamos celebrar a falta de opinião do povo brasileiro, pois graças a isso nos tornamos eleitores, é crítico.Noentanto,é a mais pura e única verdade sobre nossa nação, esse tabu não vai se quebrar tão cedo. A grande questão é que estamos muito mais preocupados com nosso status no facebook do que com a situação de nosso país.

Inserida por RenanDamasceno

Enchemos nosso ego futebolístico com copas, enfatizamos coisas que tem a capacidade de ocultar nossa miséria social, isso é Brasil, somos a única nação que tem orgulho de sua ignorância.

Inserida por RenanDamasceno

O homem que cuida e zela pelo seu povo está sempre apto a conrromper - se pelo seu melhor.

Inserida por RenanDamasceno

Pra que serve o conhecimento

Se não partilho

Pra que serve a experiência
Se não a transmito

Pra que serve a inteligência
Se não a uso

Pra que servem teorias
Se não as pratico

Pra que serve a fé
Se não a vivo

Pra que serve a humanidade
Se não há amor

Pra que serve o carnaval
Se o povo não pode sambar

Pra que serve o trabalho
Se não há dignidade

Pra que serve religião
Se não há libertação

Pra que existe riqueza
Se me empobreço

Pra que existe autoridade
Se não serve

Pra que existem pais
Se não educam

Pra que existem professores
Se não há respeito

Pra que existem leis
Se não as cumprem

Pra que existe a alegria
Se não posso sorrir

Pra que existem perguntas
Se não há respostas

Pra que eu existo
Se não posso sonhar

Inserida por gilbertobegiato

Alma Faminta

A fome me rodeia.
Não tenho ceia,
nem almoço, nem jantar.
Nem um lanche pra disfarçar
Uma migalha de pão e só.
Num frio de dar dó
Enrolado em trapos.
Divido a noite com ratos.
Dormia, e ainda dava pra sonhar
que eu estava em um lugar
onde tinha comida e roupa lavada.
Tinha trabalho e alguém que me amava.
Acordei do nada,
com um tapa.
Era mais um playboy pra infernizar.
Dava chutes e socos, até tentaram me queimar.
Sempre me pergunto: Que mal eu fiz?
Com tanta dificuldade ainda tento ser feliz.
Tem dias que ninguém me vê,
ou finge para não se meter.
Passa como se estivesse tudo normal
Já se acostumaram a ver pobre se dar mal.
Sem família, sem lugar para morar.
Fiz da rua o meu lar.
Comigo só um cachorro magro,
meus trapos e pontas de cigarro.
Fico feliz quando junto muita latinha.
Eu vendo e já garanto o meu dia.
Ou quando alguém faz doação,
sorrio e agradeço a atenção.
Já vendi bala até na porta de padaria,
mas logo pegaram minha mercadoria.
Me aproximo para pedir.
Só ouço: "Não tenho, saia daqui."
Mas eu prefiro pedir do que roubar.
Miserável sou, mas ainda tenho o que me orgulhar.
Não é acampamento, é o lugar onde eu tento repousar.
Destroem sempre, mas volto pro mesmo lugar.
O néon se mistura com o brilho da lua,
é a melhor paisagem pra quem vive na rua.
Bom é quando os restaurantes jogam fora a comida.
Tenho que correr, que dá até briga.
Eu não quero carro e muito menos riqueza.
Só quero um lar onde não habite a tristeza.
Quero dignidade e consciência,
pra suprir essa carência.
De amor e comida.
Que sare minha ferida.
Exterior e interior.
Que me chamem de senhor.
Será que não tenho direito de pedir?
O que será de mim?
Quando a noite cair
é cada um por si.
Ninguém me ouve, e ainda tomo esporro.
Por aqui o grito de gol vale mais do que socorro.
O que me resta é toda noite rezar.
Pra Deus nunca esquecer de me acordar.

Inserida por amorimfrases

Muitos vivem na pobreza, acreditando que é a vontade de Deus. Grande engano. Deus é amor... Abundância... De maneira nenhuma quer a miséria das pessoas.

Inserida por DamiaoMaximino

A cobiça envenenou a alma do homem, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.
(O Grande Ditador)

Inserida por AdagioseAforismos

Só existe fome no mundo porque aqueles que estão de barriga cheia não se importam.

Inserida por Neptune

Vivemos em um país de Macunaímas.

Inserida por GGoldman

Acredito na arte na sociedade contemporânea do seculo XXI que também desempenhe o papel transformador como plataforma de massa para educação, inclusão social e de gêneros, diminuição da miséria e fecunda cidadania.

Inserida por ricardovbarradas

Até onde vai? Onde irá parar?
A sociedade nega nós Humanos, quem poderá nos ajudar?
Preparados alguns...
Despreparados todos.
Limitando-os as mente,
Quando é que a sociedade será justa novamente?
Se são sete bilhões de pessoas no mundo, e dito um bilhão de miseráveis porque seis bilhões não poderia ajudar apenas um bilhão?
O problema já descobrir, é porque as pessoas só pensam em si.
Se a sociedade não fosse submissa ao capitalismo, todos os seres da terra seriam amigos,
Se a questão não fosse o poder, todos os povos da Etiópia teriam um alimento pra comer.
Faltando lenha, apaga-se o fogo. E sem egoísmo sacia-te a todos.
Pergunte pra si mesmos e vão perceber se é melhor cinco mil satélites ou ver uma criança crescer,
Todos da sociedade são alienados desviam-se do certo e vivem o que é considerado errado.
Pensam e reflitam e vão perceber,
Que pra mudança começar só depende de você.

Inserida por Mikaelqueirozrocha

Só não economizei o meu dinheiro ainda, porque não tenho.

Inserida por LeticiaSalgado

Isso, em... Beirando abismos.

E eu que sou feito de misérias, vago...Andarilho, corpo fora do tempo e espaço. Passo, transito à margem do juízo, por dentro do caos e edifícios, fuço lixo, lambo o chão em que piso. Foi no reflexo do vidro que soube, sou reles, sujo! Subproduto do azar de ter nascido isso... O pino bate, apita o medo, corre pelo olho toma o corpo, cresce em mim o louco, me ganha o bicho, sou eu que desvivo... Enquanto não morro.

Inserida por jo_nogueira

São Paulo Esperança

Centro de São Paulo, onze horas da noite, quando muitos pensam que a cidade está dormindo ou morta eis que surge movimento e vida por todos os lados. Familias inteiras revirando e separando o lixo e dele fazendo seu ganha pão. Lixo pra uns, luxo pra outros; Há vida por todos os lados, dezenas de olhos pequenos de seres peludos que se escondem durante o dia e reaparecem a noite para reclamar seu território. De repente ouço vozes numa lingua estranha e vejo jovens de nacionalidade e cultura diferentes interagindo em brincadeiras infantis e sorrindo em cumplicidade. Olho para outro lado e me deparo com uma menina de uns seis ou sete anos puxando um carrinho de ferro extremamente grande para seu tamanho, e em seu semblante onde eu esperava ver a tristeza fui surpreendido com a felicidade estampada em seu rosto de criança; a alegria e o orgulho em estar ajudando seu pai.
A tristeza existe apenas naquelas pessoas que já desistiram da vida e dormem no chão no meio dos ratos, nas demais pessoas que continuam trabalhando e lutando por uma vida melhor eu vejo o brilho em seus olhos, não o brilho de lagrimas mas o da esperança e da cumplicidade nos sonhos de um futuro melhor.
Morta? Não, a cidade está mais viva do que nunca.

Os donos das terras chegavam às plantações ou então mandavam alguém no lugar deles. Vinham em carros fechados e pegavam pequenos torrões de terra seca para esmagá-los entre os dedos e assim conhecer-lhes a qualidade; outras vezes traziam grandes escavadeiras que revolviam o solo para a análise. Os meeiros, às portas de suas cabanas míseras, olhavam inquietos o rodar dos carros através dos campos. E, finalmente, os donos das terras paravam às portas das cabanas para falar, sem sair do assento de seus carros, com os meeiros. Os meeiros paravam ao lado dos carros por um momento, e depois punham-se de cócoras e esgravatavam a poeira com varinhas secas.
As mulheres dos meeiros também chegavam às portas das cabanas e, com os filhos pequenos atrás delas, crianças de cabelos cor de trigo, olhos muito abertos, um pé nu sobre outro pé nu, os dedos dos pés a catar a poeira, olhavam os maridos falando com os donos das terras, e as crianças também os olhavam; mantinham-se em silêncio.
Alguns proprietários eram afáveis e detestavam o que tinham que fazer; e outros ficavam irritados e coléricos porque não gostavam de parecer cruéis e outros ficavam impassíveis porque tinham descoberto que um homem não podia ser dono de terras sem ser impassível. E todos eles se sentiam presos a uma armadilha mais poderosa que eles próprios. Alguns detestavam os algarismos que os impeliam a assim proceder, e outros tinham medo e ainda outros gostavam dos algarismos porque eles lhes forneciam um refúgio contra os tormentos de sua consciência. Se um banco ou uma companhia era o proprietário da terra, seu representante dizia: o banco, ou a companhia, é que assim quer, insiste, exige, como se o banco ou a companhia fosse o monstro, cheio de ideias e sentimentos, que os apanhasse em sua armadilha. Os representantes não queriam tomar a si a responsabilidade dos atos dos bancos ou das companhias, porque estas eram os patrões, e, ao mesmo tempo, máquinas de calcular, e eles não passavam de homens, de escravos. Alguns representantes tinham orgulho de serem escravos de patrões frios e poderosos. E, sentados em seus carros, explicavam tudo isso aos arrendatários dizendo: vocês sabem, estas terras são pobres, não dão mais nada; vocês já as revolveram bastante e agora não dão mais nada, Deus sabe disso?
E os meeiros acocorados no chão meneavam a cabeça em sinal de assentimento e concordavam, refletiam e desenhavam figuras no solo empoeirado. Sim, senhor, eles sabiam. As terras não dão mais nada. Deus sabia também. Se ao menos não fosse essa poeira que cobria tudo, decerto com algum adubo se dava um jeito. E os donos ficavam aliviados e diziam: pois é isto, as terras estão ficando cada vez mais pobres e imprestáveis. Vocês sabem o que o algodão está fazendo às terras; suga-lhes todo o sangue, toda a seiva.
Os meeiros acenavam com a cabeça, nós sabemos, Deus sabe. Se ao menos pudessem fazer uma rotação das culturas, lhe devolveriam o sangue, à força.
Bem, agora é tarde, não adianta. E os representantes explicavam aos meeiros como eram fortes os monstros, os bancos e as companhias, muito mais fortes que eles. Uma pessoa podia continuar com as terras enquanto elas lhe davam de comer e permitiam pagar os impostos; assim podia continuar com elas. Sim, podia continuar, até que as safras falhavam e tinha de se recorrer aos bancos para pedir empréstimos.
— Mas, olha, um banco ou uma companhia não pode viver assim, porque estas criaturas não respiram ar, nem comem carne. Elas respiram lucros e alimentam-se de juros. Se não conseguirem estas coisas, elas morrem, como vocês morreriam sem ar e sem carne. É triste mas é assim. É assim, simplesmente.
E os meeiros, agachados, erguiam a cabeça e aventuravam com timidez: mas será que não se pode esperar mais algum tempo? Talvez o ano que vinha fosse melhor, houvesse uma boa safra. Deus talvez permitisse que houvesse muito algodão no próximo ano. E com todas essas guerras, não é, o algodão pode subir de preço. Eles não faziam explosivos com o algodão? E uniformes? Tratem de arranjar muitas guerras e o preço do algodão subirá até o teto. Quem sabe no ano que vem? Olhavam os senhorios com olhares interrogativos.
— Não, nós não podemos nos fiar nisso. O banco, esse monstro, tem que receber logo o seu dinheiro. Não pode esperar mais; senão, morre. Não, os juros não param de subir. Quando o monstro para de crescer, morre. O monstro não pode ficar sempre do mesmo tamanho.
Dedos finos tamborilavam nas vidraças dos carros e dedos duros e calosos esgravatavam ansiosamente a poeira. Nas soleiras das cabanas batidas de sol em que moravam os meeiros, as mulheres suspiravam e mudavam as pernas, de maneira que os pés que estavam no chão ficavam no ar e os que estavam no ar ficavam no chão e os dedos dos pés se mexiam lentos. Cães se acercavam, farejavam os carros e urinavam nos pneus um após o outro. E galinhas se acocoravam na poeira quente e sacudiam as penas para tirar o pó que se lhe descia da pele. Nos pequenos e apertados chiqueiros, os porcos grunhiam remexendo com os focinhos os restos turvos de lavagem.
Os meeiros baixavam outra vez os olhos.
— Que vamos fazer? A gente não pode contentar com uma parte menor ainda das safras. Estamos na miséria. As crianças tão sempre com fome. Não temos roupas, só farrapos. Se toda a vizinhança também não fosse assim, a gente teria até vergonha de ir à missa.
Por fim, os donos das terras desembuchavam. O sistema de arrendamento não dava mais certo. Um só homem, guiando um trator, podia tomar o lugar de doze a catorze famílias inteiras. Pagava-se-lhes um salário e obtinha-se toda a colheita. Era o que iam fazer. Não gostavam de ter de fazê-lo, mas que remédio? Os monstros assim o exigiam. E não podiam se opor aos monstros.
— Mas os senhores vão matar a terra com todo esse algodão.
— Sim, a gente sabe disso. Mas vamos cultivar bastante algodão antes que a terra morra. Depois vendemos a terra. Muitas famílias lá do leste querem comprar um pedaço dessa terra.
Os arrendatários erguiam os olhos alarmados:
— Mas que será de nós? Que é que nós vamos comer?
— Vocês têm que sair daqui. Os arados vão rasgar os quintais.
E agora os meeiros endireitavam-se, coléricos. O avô tomou conta destas terras e teve de lutar com índios e expulsá-los daqui. E o pai nasceu aqui e teve que matar as cobras e arrancar as ervas daninhas. Depois, vinha um ano ruim, e ele tinha de fazer empréstimos.
(John Steinbeck, in As vinhas da ira)

Inserida por Filigranas

— Que vamos fazer? A gente não pode contentar com uma parte menor ainda das safras. Estamos na miséria. As crianças tão sempre com fome. Não temos roupas, só farrapos. Se toda a vizinhança também não fosse assim, a gente teria até vergonha de ir à missa.
(As Vinhas da Ira)

Inserida por Filigranas

O rico se afadiga para acumular riquezas e, quando descansa, afoga-se em prazeres. / O pobre se afadiga, consumindo suas forças e, quando descansa, cai na miséria.

Eclo 31, 3-4

Inserida por pensandogrande

Que lado é esse que nunca é falado e vive calado, sem voz e sem vez.
Que pessoas são essas que ficam escondidas e que são iludidas, vivendo de um talvez.

Talvez melhore, talvez eu tenha, talvez eu durma, talvez eu coma, talvez eu ria, ou talvez eu chore, ou talvez piore e talvez eu morra.

Que muro é esse que ninguém enxerga, mas que só segrega quem é tão igual.
Que muro é esse que ninguém reclama e ninguém derruba, pois acha normal.

Que lado é esse que você nasceu e que você cresceu e que aceitou.
Não percebeu tanta diferença, tanta desigualdade e se acomodou.

Que pessoas são essas que ninguém divulga e que o mundo empurra para uma parte esquecida.
Mas por trás do muro existem histórias de derrota e vitória de uma realidade sofrida.

Mas quem sabe um dia, talvez por milagre, o muro desabe e encontremos uma saída.
E todos entendam e tenham a certeza que viver de talvez é uma vida sem vida.

Inserida por Crasso

Intelectuais companheiros não são comunidades de baixa renda...como veem de longe. São na verdade miseráveis trabalhadores, favelas e favelados.

Inserida por RicardoBarradas

⁠"De tempos em tempos, duas questões vêm e me assombram a alma:
A primeira, a partir de quando a tecnologia da automação substituirá quase a totalidade da força de trabalho humano nas atividades comuns, com a extinção da imensa maioria dos postos de trabalho que temos hoje.
A segunda, saber se nesse período as pessoas nascerão fadadas a miséria, fome e criminalidade, um tanto do quanto já vemos hoje, ou se finalmente teremos evoluído enquanto humanidade para compreender o sentido e a relevância dos conceitos de redistributividade e justiça social.
Embora não tenha nenhuma previsão de resposta quanto a primeira, receio pela sua brevidade, já quanto a segunda, tenho medo de pensar sobre tanto, no entanto, não me calo, por isso reflito, instigo e falo."

Inserida por wandermedeiros

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