Minha Sede de Viver e uma Ameaca Atomica
- FALA BONITO NO STATUS, MAS NA VIDA REAL NÃO DÁ EXEMPLO. REDE-SOCIAIS PARECI UMA PEÇA TEATRAL, ONDE A MAIORIA DAS PESSOAS PASSAM PARA OUTRAS, AQUILO QUE ELA REALMENTE NÃO É.
Falar de uma mulher bonita é como caminhar por um campo minado, pois não se pode prever a profundidade que as palavras podem atingir e nem se imaginar o limite da expressão verbal de um homem encantado.
Jesus contou mais esta parábola para o povo: — O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa.
— O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola.
Há momentos em que a nossa alma só encontra uma resposta na linguagem do outro. Do outro que é só um reflexo de nós mesmos.
Você pode falhar fazendo o que você não gosta...então porque não se dá uma chance fazendo o que você ama?!
A coragem é uma senhora forte, andrajosa e muito feia. Que só se revela ao longo do caminho, quando já portamos conosco muito medo entranhado em nossa bagagem. Não adianta planejar ser corajoso. A coragem brota num impulso desatinado, de quem está disposto a pagar o preço com sua própria vida! O ato heroico pode, também, ser chamado de Suprema Felicidade. Só a reconhece quem o testemunha, porque para o herói era somente o que precisava ser feito.
QUANDO UM FILHO SE TORNA PAI DE SEU PAI
Bom dia
Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai na morte de seu pai.
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.
A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.
Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
Feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Meu amigo Zé acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
– Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
– Estou aqui, estou aqui, pai!
O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.
Publicado no jornal
Zero Hora
Que nossos filhos saibam o sentido da vida e nos digam sempre onde estão !!!
O homem gigante em suas atitudes, volta-se para dentro de si e enxerga a grandiosidade de uma alma que chora
No processo de "dar a outra face", ensinamento proposto por Jesus, podemos trazer para uma leitura contemporânea e bem mais fácil de adaptarmos, onde responderíamos o mau humor com toda a nossa cordialidade.
Para uma agressão, mostraríamos a nossa face do carinho e para um ofensor lhe indicaríamos o caminho do perdão...
*** Lili Mouriño ***
A vida é uma escola onde muitas vezes regredimos da Universidade pro Jardim de Infância.
*** Lili Mouriño ***
Ela adorava música e sua playlist pronta pros seus vários momentos.
Cultivava uma mania de mentalmente relacionar pessoas queridas com seus sons favoritos.
Triste era que virava e mexia e lá estava ela refazendo a playlist e deixando esquecidos por um bom tempo os seus sons, já que fazia parte do tratamento de choque da autocura.
As pessoas e as suas músicas eram incompatíveis.
Quando será que ela aprenderia a lição?
*** Lili Mouriño ***
Sentimentos só entram na consciência após uma elaboração automática praticada em uma obscuríssima zona do inconsciente, qualificada de subconsciente. Os fenômenos inconscientes desempenham na vida mental um papel muitas vezes mais importante que os fenômenos intelectuais. Os primeiros são o substratum dos segundos. O inconsciente é em grande parte um resíduo ancestral. A sua força é devida à circunstância de ser o inconsciente a herança de uma longa série de gerações, a que cada uma juntou alguma coisa.
O inconsciente nos guia na imensa maioria dos atos da vida quotidiana. É nosso soberano, mas um soberano que se pode tornar submisso quando é devidamente orientado. A prática de um ofício ou de uma arte facilmente se exerce, desde que os dirija o inconsciente, educado de um modo satisfatório. Uma moral sólida é o inconsciente bem educado.
O inconsciente representa um vasto depósito de estados afetivos e intelectuais, que constitui um capital físico suscetível de enfraquecer-se, mas que nunca inteiramente se dissipa.
A intuição, origem das inspirações que, num nível excepcional, constituem o gênio, surge de uma maneira integral de um inconsciente preparado pela hereditariedade e por uma cultura conveniente. As inspirações do grande capitão que alcança vitórias e domina o destino, as do pujante artista que nos revela o esplendor das coisas, do sábio ilustre que penetra os seus mistérios, aparecem sob a forma de manifestações espontâneas, mas o inconsciente de que elas nascem havia lentamente elaborado a sua florescência.
Sentimentos se formam no domínio do inconsciente. A sua lenta elaboração pode terminar por manifestações súbitas, que rebentam como um raio, como acontece, por exemplo, com as conversões religiosas ou políticas.
Os sentimentos elaborados no inconsciente não chegam sempre à consciência, ou ai chegam somente depois de diversas excitações; é por isso que, por vezes, ignoramos os nossos sentimentos reais no tocante a seres e coisas que nos cercam. Muitas vezes mesmo os sentimentos e, por conseguinte, as opiniões e as crenças que deles resultam, diferem inteiramente daqueles que supúnhamos. O amor ou o ódio existem algumas vezes em nossa alma antes que sejam suspeitados. Revelam-se somente quando somos forçados a agir. A ação constitui, com efeito, o único critério indiscutível dos sentimentos. Agir é aprender a conhecer a si mesmo. As opiniões formuladas são palavras vãs desde que não sejam sancionadas pelo ato.