Meu quarto
Certamente, durante uma desatenção da realidade, no meio da noite, a janela do meu quarto se abriu, então, ela apareceu inexplicavelmente flutuando como se tivesse vindo do céu, estava fascinante usando um vestido preto com alguns destalhes dourados como os dois girassóis estampados no centro, tinha também um pouco de transparência, mas nada depravado e tudo a minha volta foi transformado de repente. Estranhamente, não fiquei assustado, não quero dizer que não foi surpreendente, contudo, aparentemente, já nos conhecíamos, ela estava muito à vontade, demonstrava um olhar e um sorriso sinceros e da minha parte, fui recíproco e ignorei os compreensíveis questionamentos. Devido a transformação, estávamos num grande salão que tinha uma única mesa reservada pra nós dois com um rico jantar a nossa disposição regrado a um bom vinho, o teto havia sido retirado pra que fôssemos iluminados pela a luz do luar, educadamente, puxei-lhe a cadeira, ela se acomodou, depois, fui até a minha e acomodei-me, por alguns instantes, nossos olhares ficaram fixados um na direção do outro até que começamos a desfrutar daquela refeição enquanto conversávamos, e em meio a algumas histórias, risos e assuntos aleatórios, repentinamente, o som de um piano, aos poucos, foi tomando conta do ambiente,
logo fomos envolvidos pela aquela intensa melodia,
então, levantamo-nos,
senti uma prazerosa euforia,
ela ficou parada me observando
com um olhar provocante,
segui na sua direção, segurei-a pela cintura, olhei nos seus olhos e a beijei,
entramos em êxtase, intensamente,
nos beijamos, cada segundo foi aproveitado e durante este momento,
de repente, o silêncio se fez presente,
a música havia cessado,
a realidade alcançou o seu despertar
e fez-me alcançar o meu, assim,
percebi que estava em pé e sozinho
e que tudo tinha voltado ao normal.
Não tenho uma explicação exata,
é provável que eu tenha abraçado
a insanidade naquela noite,
de qualquer forma, foi uma experiência surreal
que ficará pra sempre marcada na minha memória.
Quando entrastes no meu quarto sorradeiramente,
A porta do meu quarto estava fechada,
Mas os meus olhos estavam abertos,
E meu coração escancarado esperando por ti,
Óh amada minha; És a lua da minha inspiração,
És a minha expiração; Respiração.
Suspiro por ti; Vivo por ti;
És minha vida, querida.
Evasão -
No silêncio da minha cama fria,
na loucura do meu quarto sem sentido,
na tristeza da minha casa tão vazia,
caminho passo a passo, em vão, perdido.
Bóiam tantos mortos em torno a mim ...
E oiço alguém desamparado que me fala comovido ...
Alguém que olha com olhos de jasmim,
cujos olhos, cortam o silêncio, como um grito ...
Sua face, escavada, adornada
de solidões ardentes, quase morta,
coberta de cansaços e mais nada,
lembra casas como a minha já sem porta.
Seus olhos de descansos por viver,
de pálpebras frias, pesadas, sem nada,
choram lágrimas de pedra, a arder
em corpos de andorinhas, sós, paradas.
Seus lábios coam água de seus olhos,
sua voz, azeda, balbucia solidões,
o destino, esse, quem lho deu, cheio de escolhos,
cansaços de amargura, tristeza e podridões?!
Nem sei que diga ante dor que é tamanha!
Que triste desencontro! Eu lamento esse dia
que se prende no meu peito, que me apanha,
sempre que escrevo no papel uma poesia!
ALTARES
Anos vão.
Construi e tenho no meu quarto
Numa cómoda velha de minha mãe,
Um santuário,
Tipo berçário,
Que acolhe alguns santos
Do reino que Deus tem.
Uns mais que outros, sacrossantos,
Para mim.
E assim,
Talvez pela memória
Feita só estória
De querer afastar medos e quebrantos
Em simples peças de barro,
Já em padecimentos de sarro.
E cada vez mais eu reparo
Que neste mundo às avessas,
A quem faltar fé ou faro
Baterá em portas travessas.
Ravessas, elas só se abrirão
Por senha ou pela beatice,
Sempre esta minha tolice
De não aceitar sermão.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-03-2023)
"Enquanto olho repetidamente pela janela do meu quarto, ainda me pergunto se há oportunidades para me tornar amigo de pessoas de todos os continentes. Mesmo estando longe de tudo, eu tento me aproximar das pessoas de alguma forma, seja através da poesia ou da arte. Todos os dias, preparo a mesa para alguém que ainda não conheci."
- Antenor Mario
A Minha Solidão!
No silêncio do meu quarto, olho a rua
pela vidraça da janela. Ouço o barulho
do vento lá fora, aqui dentro a solidão
me apavora.
Quero te esquecer, mas não tem jeito,
saudade aperta o peito, o pensamento
voa em sua direção.
Eu queria ter o poder de voar agora, e
ir para onde está o meu coração, me
aconchegar em seus braços, e saciar
essa paixão.
Com as pedras que encontrei construí um castelo. As pedras da solidão eu construí meu quarto, pois a solidão nos faz pensarmos em nós mesmos; as pedras do desamor encapei meu coração, para que não amoleça fácil; as pedras dos insultos levantei uma fortaleza, para que não me abale; as pedras da insegurança eu coloquei na base para sempre me lembrar que se tornaram seguras;
O meu jardim é o mais florido pois é todo dia regado com esperança, paz, e dedicação... na vida tudo se transforma.
Ainda hoje os vi,
Os vi no retrato congelado,
Do meu quarto
Os vi e aparentavam estar bem.
Naquela sala,
De saudades, prometi para eles
Noutro dia trazer comigo a sua filha
Que como eu, morria de saudades.
Prometi ainda,
No outro dia, que eu fosse os ver
Matar as saudades,
Aos fortes abraços
E respirar liberdade.
Os vi e aparentavam estar bem
Mais, noutro nosso reencontro
Quiçá eu já nem volte
A separar – me deles!
Naquele encanto da natureza
Procurarei pelos seus mélicos sorrisos
Oh estrelas de um paraíso.
Os vi e não mais quis voltar
Mais, no nosso próximo reencontro
Prometo é matar as saudades, aos abraços
Vi os, os eternos.
Idéias
Estou hoje no meu quarto, deitado à cama,
Diferente daquele exposto nos jornais de ontem.
Hoje, o interesse de toda gente é o mesmo.
Descrever-me naquilo que não se há descrição,
Ao longo dos anos tentam, sem sucesso, explicar como é existir sendo eu.
Sendo louco, eu nunca precisei dar explicações a ninguém.
Quem se explica demais está sempre a se confundir.
Eu sou prático e desconexo, mas não me confundo.
Existo nos pensamentos da maneira que deveria existir.
Quanto mais eu transcrevo ideias, criam-me novas ideias.
Sou sempre hoje o que não fui ontem, estou a renovar-me sempre.
Talvez eu seja o que sou, porque não há nada de diferente em ser eu.
Acendo um charuto!
Acendo-o pelo prazer de exibir na fumaça; ideias.
Ideias que, como a fumaça, se desfazem sem rumo.
A minha vida tem sido uma baforada desconexa de tudo que existe.
Tenho sido a exceção até mesmo dos sem exceções.
Tenho sido mais diferente do que aqueles que são indiferentes.
Tenho me destacado aonde ninguém se destacou,
No melhor e no pior...
Construí sozinho e ainda assim, por vezes, dividi o que construí.
Hoje eu olho para trás e não vejo ninguém.
Todos aqueles que hoje estão aqui não estavam quando eu comecei.
No início da minha construção, muitos tentaram prejudicar a edificação.
Passado um tempo, todos os pilares já estavam sustentados sem risco de desabamento.
Os meus amigos desfilavam com o meu sucesso estampado ao rosto como sendo o seu.
Construí sem cimento algum, castelos memoráveis.
Todos os meus sonhos foram edificados sem ideais,
E depois compartilhados com o mundo que me bateu a porta na cara.
Hoje estou de costas para o mundo,
Arquitetando portas aonde não há portas,
Para que passem felizes os que me abandonaram.
•Morte Maldita•
Estou no meu Quarto, com a luz apagada
Pensando na Morte Maldita
Sem Tempo para Despedida
Coloca na Partida
Longe da Querida Vida.
Nos Deixando Feridas,
& um pouco do Nada
Que a gente transforma em Saudades
A Tristeza é Você ou a Vida
Me diz ainda só a Verdade
Por que tu não perguntou se eu
Queria a vida eterna ali ou aqui?
Certamente a decisão era minha
Não tinhas porque Tomar Por Mim
Sua Contrária da Vida
Tu Q dizes Ser Querida
Oh! Sua Morte Maldita.
Tu Não imagina o quanto te odeio,
Perceba que o Q fazes é feio
Me pergunto se és Homem ou Mulher ''Vá, diz... Preciso te definir''
Tu és o salário do pecado, sem antes nos perguntar 'se queríamos ser pagos ou não'
Levas aqueles que amamos ,
Sem sequer nos perguntar
Se a gente aceita ou não
Levas na Porta da Vida
Com a alma Ferida
Ouço teu nome em toda parte
Nos Matar Agora é Arte.
Maldita Tu és
Tudo outra vez
Da janela do meu quarto vejo o sol nascer
E se intristecer com o anoitecer
A lua por sua vez é toda pretensiosa
Com uma forma deslumbrante
Chega sempre a mesma hora
Horas se passam
E logo amanheceria
Dando lugar a um novo dia
O galo vai cantar sua linda melodia
E vai repetir tudo outra vez
Em 8 de setembro tive desprezo no chão do meu quarto
Uma segunda chance me faria comer meu pedaço de bolo
E eu beberia o vinho que minha mãe comprou para comemorar
No dia seguinte eu tive você em cima da minha cama
Foi quando eu percebi
Que o sabor dos 20 anos de idade é amargo pela noite mas doce pela manhã.
No meu quarto
Eu sei que me esqueceu;
Eu sei que esqueceu
As lembranças boas;
As memórias,
Que ficaram pra trás.
Onde se perdeu no pensamento,
É aqui que os sentimentos nasce,
Aqui também aqui que fica
No esquecimento.
Na solidão em minha cama,
Recordo a vida perdida.
DA JANELA DO MEU QUARTO
Da janela do meu quarto
Eu vejo um horizonte infinito
Encadeio-me com um brilho bonito
Algo sobrenatural
Como nunca vi igual
Um fenômeno jamais descrito
Da janela do meu quarto
Uma luz ilumina minha sala
Uma beleza infinita e rara
Uma positividade ao amanhecer
Que alegra e motiva o nascer
De mais um dia a ser vivido
Da janela do meu quarto
O dia cinza até aparece
Mas nada é maior que a minha prece
De abrir todo dia abrir a cortina
E ter aquele brilho que ilumina
Meus dias, meus sonhos e meus pensamentos
Da janela do meu quarto
Vejo o tímido sol escondido
Atrás desse lindo paraíso
Que reluz de uma forma transparente
Um fenômeno natural e diferente
Que acontece, quando reflete luz
EM TEU SORRISO!
O ranger da madeira das escadas ecoa na casa, e tudo fica silêncio. Adentro meu quarto, também silencioso, jogo a mochila no chão e me jogo na minha cama.
Um teto branco
Uma quatro paredes coloridas
E ainda assim, me sinto em um quarto de hospício.
E a solidão está bem ao meu lado, me fazendo companhia como todos os dias, sussurrando em meu ouvido. Só tenho eu, minha mente, e a solidão que permanece do meu lado diariamente. Parece que sempre fui solitária, que sempre estive no escuro, mesmo que a luz do sol estiver brilhando lá fora. Parece que sempre estive presa numa gaiola, sem companhia, sem amigos, sem ninguém para conversar, mesmo que esteja rodeada de pessoas todos os dias.
As vezes me pergunto como irá ser o dia seguinte, ou o próximo, os próximos três, uma semana, um mês, sete meses, quinze anos. Será que vou viver até lá?
Por que sinto essa angústia? Não há motivos. Eu tenho de tudo. Tenho amigos, tenho uma situação financeira boa, tenho tudo o que quero, tenho um pai para abraçar, uma madrasta para contar tudo, um irmão para conversar, uma melhor amiga para dizer sobre garotos, um melhor amigo para me maquiar junto, tenho notas excelentes e mesmo assim, sinto uma angústia enorme dentro de mim e não consigo distinguir de onde vem.
Tantas possibilidades, tantas dúvidas... Talvez nunca eu saia dessa angústia que sinto diariamente, talvez eu fique presa para sempre, talvez eu não consiga tirar essa angústia misteriosa. Talvez eu viva o suficiente para finalmente conseguir sair desse local....
Ou talvez eu não viva o suficiente, talvez eu não veja a luz do sol novamente.
Tenho a impressão que vou ficar aqui, que vou me desintegrar, ficar cada vez mais magra, meus cabelos caírem cada vez mais, me sinta mais desidratada, que meus órgãos comecem a se autocomerem, e por fim, morrer.
E se eu morrer, vou ter um funeral digno? Vou ter flores? Um caixão bonito? Ou vou ser cremada? Não quero ser cremada. Uma vez cremada, suas cinzas são jogadas em um lugar qualquer e não existe mais você. Não existe mais seu corpo, não existe mais a trajetória que seu corpo passou, a trajetória que você passou. Não existe suas marcas, não existe seus machucados, não existe seus cabelo e nem seus olhos. Sua história é simplesmente apagada, e ninguém vai lembrar do que passou, como se você fosse mais um qualquer no mundo.
Agora, ser enterrado deixa uma marca. Sua vida pode ter acabado, mas todos os momentos difíceis que você passou, vão estar ali, sete palmos abaixo da terra, mas ainda ali. As cicatrizes, os cabelos cortados, as estrias, os pulsos marcados, e o tiro ou facada que tomou ou se deu. Vai ter um lugar qual seu pai ou sua mãe podem ir para tirar a saudade, que seus amigos vão visitar, levar suas flores preferidas e relembrar dos melhores momentos em que passaram, seu namorado ou namorada vai poder desabafar e dizer o quão difícil os dias estão sendo e relembrar-se de todas as promessas e beijos. Óbvio, em algum momento vão deixar de existir, pois a natureza vai levar sua carne e seu sangue junto, mas foi um acontecimento natural, que vai se desfazendo lentamente, deixando o corpo se acostumar.
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