Mensagens sobre o Vento
O ROSTO POR TRÁS DO VÉU
Cerro a porta antes que o vento a bata,
E em seu enigmático olhar,
Busco impreterivelmente,
O rosto por trás do véu.
Que revela-se ser tão nostálgico,
Quando assumi-se ser imortal.
E passo trazer-te rente a meu corpo,
Provando da oculação indecente,
Cuja minh'alma rendeu-se.
A mulher do povoado de minha mente,
Incerta e romântica em si,
Transpassada de uma verdade,
A qual, não quis contar a mim.
Acordei quinta de manhã
Abri a janela, sentir o vento bater em meu rosto
As folhas das árvores caiam
O sol se abria e a Luz se estendia
Naquele silêncio onde o uivo do vento na fresta da janela te contradiz e o mundo externo é apenas um ambiente sem cor, os pensamentos gritam, saiba abrir a porta para o jardim de girassóis radiantes de luz em busca de paz.
A quantas tú andas?
... ora atrás do vento,
...ora imaginando esconder-se atrás da própria sombra!
Olha-te no espelho, e percebe, de fato quem és!!!
SEMEADOR
O poeta semeia palavras
Como quem joga cinzas ao vento
Colhendo seus poemas
Nas entrelinhas do pensamento.
Durante o vento de imensa turbulência a resistência de um bom mastro mantém firme a sua bandeira propagando sua eficácia, na vida os dias de ausentes calmarias fermentam virtudes até então ocultas.
FIM DA PRIMAVERA
Foi num alvor assim. Sussurrava o vento
E o meu coração apático sentia a aragem
No céu carmesim, do raiar em nascimento
O sol lumiava a manhã, tão bela imagem
Desfolhava o odor do jardim, doce alento
A derradeira rosa, aparatava a paisagem
Na aurora do cerrado, lustroso momento
E o meu pensamento em ilusória tiragem
E eu, sonhando, ali sonhava pela metade
Duma saudade sentida, o sentir saudade
E tendo junto de mim o amor em espera
E as flores derradeiras, no espaço solto
Num murmurar, tu disseste: vou e volto
E não voltaste! Foste com a primavera!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2021, 06’01” – Araguari, MG
A verdadeira fé é como uma árvore com raízes profundas na terra, mesmo que o vento e a tempestade derrube tudo ao seu redor, ela continuará inabalável, pois é Deus quem a sustenta.
Do que você gosta?
de uma aposta?
do vento, no olhar?
do mar?
Por que não gosta de mim?
bem assim, como sou
um pouco canalha
com toda minha tralha
e versos para iludir
por que quer me mudar?
só, acredito que sou o melhor
então pergunto pela última vez
por que você, não gosta de mim?
Incerteza
Pergunto ao vento que vem
Me dê notícia do meu bem
E o vendo se cala, aquieta
O vento diz nada ao poeta
Pergunto a ilusão que passa
Por que toda essa negaça
Por que tanto sonho ao chão
Me diz, toda está servidão
Por nada, não me diz nada
O cerrado de boca calada
A quimera quieta no canto
E a poética sem um encanto
E a quem perguntar então?
Ao desencontro, a desilusão?
Ao tempo que fugaz passa?
Ou incerteza com tal negaça?
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 de outubro de 2021 – Araguari, MG
Dia nublado
- Hoje o dia está nublado, brisa fina, vento calmo, tudo passa, a vida passa, o sol não apareceu; Porém nada nos impede de sentirmos o poder de Deus.
***
- Mesmo com o dia cinzento a natureza é bela, os passarinhos cantam, voam, fazem a festa, fico olhando e apreciando de minha janela.
***
- A vida também é assim, dias de sol outros nem tanto, mas, não deixe que a infelicidade de alguém possa tirar seu encanto.
***
- Mesmo acima das nuvens o sol continua com seu brilho intenso, clareando a imensidão, agradeça a Deus pelo seu dia e deixe o sol brilhar também dentro de seu coração.
Myro Lopez
Sangra chuvoso
O tempo é de chuva, vento molhado e soprado um enredado momento escorrido tão humido, que fez do passeio o molhar do corpos libidinosamente com intrepidez.
#ERRANTE
Vago na rua...
Fria e escura...
Sem nem mesmo o clarão da lua...
O vento açoita minha face...
As estrelas uma a uma se apagam...
E as pedras inertes...
Apenas refletem...
O que restou de mim...
Não dizem nada...
Dentro de mim minha alma em agonia confusa, calada...
Já não sonha...
Teve suas asas cortadas...
Quis meu corpo aquecer sobre o seu...
Unir sua boca a minha...
Por que me negara?
Agora o mesmo já não sou...
Em você me encontrei...
E também me perdi...
O calor que o amor me ascendeu...
A todo meu ser me consome...
E na dor tão longa...
Tornei-me um errante agora...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
“São borboletas que voam humildemente ao vento com sabedoria e esperança”
Toinha Vicentina
(1911-1998)
Senti seu perfume
no vento.
Você me chamou ?
Eu sinto você...
Eu sinto por mim...
Eu sofro por nós...
Porém
Sofro sorrindo
meu amor.
UMA CARTA AO CÉU
Escrevi uma carta aos céus
E pedi pro vento levar,
Se vais receber, não sei,
Só me resta agora esperar.
Você, sozinho foi embora
E a saudade aqui ficou,
E resgatar aquelas lembranças
Foi apenas o que sobrou.
Eu te escrevi uma carta
Mas não sei se vais receber,
Enviarei para os céus
Com destinatário, você.
Nunca mais ouvi seu nome
Nem ouvir você falar
Você, sozinho foi embora
Só me restou esperar,
E seguir nessa certeza
De um dia, te encontrar.
Escrevi uma carta ao céu
E pedi pro vento levar
Por favor, leve até ele
Ou me leve no seu lugar.
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