Memória de Elefante
O mundo não
aprende com
os seus erros,
e mesmo
conhecendo
a história
do Holocausto
que começou
com discursos
de ódio persiste
neles sem receio.
Gerando todos os
dias um holocausto
novo um atrás
do outro e sem pudor,
ensinando a apatia
como nobre andor.
Podem permanecer
a conta de mais
de duas centenas
de desaparecidos,
muito reagem alheios,
as dezenas de mortos
não os comovem,
porque eles não
foram os atingidos.
Flexibilizando erros
e deixando barragens
à revelia assim vamos
nos matando todo dia
sempre mais um pouco,
e até mesmo com ironia.
Cantam que o Carnaval
está proibido enquanto
choro pelos meus filhos,
e escrevo poemas sobre
e entre os escombros.
Não existe
cultura
de prevenção,
passaram
três anos
sem nenhum
tipo de indenização
ou reconstrução;
e assim Mariana
escorreu entre
os dedos
e o lucro
falou mais alto
do que tudo,
e em Brumadinho
eles repetiram
os mesmos erros
soterrando o povo
de rejeitos e fazendo
o Governo correr
sem parar para
tentar nos salvar.
Os estragos foram
feitos e já era
tempo dessa cultura
de desleixo mudar.
Porque quem mexe
com mineração
tem a obrigação
de fazer um plano
de contingência
para não mergulhar
a população na
lama por causa
da incompetência.
Você conseguiria memorizar uma pessoa como a letra de uma música? Você conseguiria absorver cada pedacinho dela para sempre? Por onde você começaria?
Na minha experiência, o passado sempre tem uma maneira de retornar. Aqueles que não aprendem, ou não conseguem se lembrar dele, estão condenados a repeti-lo.
Gosto muito de não registrar os acontecimentos da minha vida (não escrevo diários, não tiro muitas fotos) para poder recriá-los mais tarde nas minhas ficções com toda a liberdade, sem me preocupar com como realmente aconteceram, mas como me lembro deles. Eu realmente não me importo com a realidade dos eventos, mas como os vivi ou os senti.
As pessoas que não passaram por nada adoram contar histórias, enquanto as que passaram por muita coisa de repente não têm mais histórias para contar.
Novamente corrompido pela abstinência daqueles momentos. Novamente inebriado pelo velho e precoce estímulo jovem. Novamente velho.
Os buracos do asfalto que eu passo, me lembram as decepções que eu chamei de amor. Dentro deles, esfarela a poeira daquilo que um dia nutriu vida. Terra. Íngreme de viver.
Afastei a gata,
Reposicionei o tapete,
Afofei as almofadas e deitei na rede.
Seu balanço me levou ao meu:
Ando temendo sentir ou de tanto sentir passei a temer?
O balanço parou , omeu também.
Achei que não tinha entendido nada e nem sentido nada também.
Trouxe de volta a gata e a reposicionei ali, no lugar de origem.
Ela não quis mais, saiu. Foi deitar lá na almofada que eu afofei.
E então eu entendi:
Depois que o formato ou composição é alterado,
as coisas nunca mais voltam a ser como eram, se ressignificam.
Existe sim o temor, mas a gente busca um outro lugar, outro formato e
outro desconhecido pra sentir de novo.
Aguei então as plantas.
Me veio o cheiro do quintal de vó. Passei um café pra acolher tudo aquilo, que eu voltei a sentir depois do cheiro do quintal da minha vó.
Olhando pro nada e sentindo tudo, tomei meu café imaginando os estalos e o cheiro da lenha queimando no forno, se preparando pra receber as fornadas de biscoito e pão que ela fazia.
Não era imaginação. De fato o cigarro aceso tinha caído no tapete, levantando fumaça e deixando nele a marca do dia, em que eu voltei a sentir.
Vivo tranquilo apesar das aspas e das dobras da vida
Aprendi que a ansiedade não me levará há lugar algum
Não alimento expectativas
Apenas espero o momento certo para mudar de rumo
A vida é para ser vivida com alegria e prazer
Sempre atento aos detalhes do dia a dia
Aproveito ao máximo os bons momentos que a vida proporciona
Isto é fundamental para aguçar minha memória
Viver realmente é uma coisa muito bonita
Uma grande avenida com imagens maravilhosas
Aproveito a vida com toda a sua plenitude
Afinal ela passa mais rápido do que um vento.
"Como o poderia eu saber, aliás, pois que além dos nossos corpos agora separados, nada nos ligava, nada nos lembrava um do outro"
Durante anos, tive apenas raiva, uma enorme raiva que sentia até fisicamente e à qual atribuí tudo de ruim na minha vida...
As memórias são como choques elétricos, acordando-a do esquecimento. E elas machucam. Como interromper a dor?
O meu trabalho é destruir, aos poucos, tudo o que me lembra.
Reflexão e, ao mesmo tempo, exercício mortal.
E ela saiu por aí afora sem levar coisa alguma nas mãos, apenas uma névoa de tristeza no olhar, um punhado de saudades no bolso e algumas lembranças bonitas na memória.
Nós escolhemos o que lembrar e o que esquecer o tempo todo.
Uma boa parte do que a sociedade chama de cultura é memória!
Noites como esta deveriam ser compartilhadas, lembradas e faladas durante anos. Céus como este foram feitos para nos beijarmos debaixo deles.
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