Memória
Será que ainda existe a nossa canção? Aquela que dançava no ritmo das nossas risadas, que embalava os dias e preenchia o silêncio das noites? Procure dentro do seu coração, entre as memórias que o tempo não apaga. Talvez a melodia esteja lá, suave, esperando apenas o toque da saudade para soar novamente.
Percebo afinal meu pecado...
Em silêncio mais profundo...
Faria piedade a toda a gente...
Esta pena, esta dor...
Este é o preço da vida e todo o seu valor...
Horas que perdemos...
Vão pelo espaço acompanhando os astros...
E todo este feitiço e este enredo...
Na luta dos impossíveis...
Tão profundo meu segredo...
Das profundas paixões...
Dor infinita...
De guerra e amor e ocasos de saudade…
Da alma o profundo e soluçado grito...
De que fui para ti só mais um neste vasto mundo...
Hoje triste ouço a solidão...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
Da natureza que parou chorando...
Diante meu descontamento...
A vida é assim, uma ânsia…
Fazes o bem...
Que terás o mal por paga...
E o sonho melhor bem pouco dura...
Por tanto querer-te...
Recebi amarguras...
Pouco antes...
Nada agora...
E a princípio não percebi...
Como chegastes...
Partiste...
Mas levastes um pouco de mim...
Na profundidade dum desencanto...
Fiz-te doçura do meu coração...
Não compreendestes...
Mudarás, todos mudam...
Mais tarde em tua vida, um dia, hás de tentar
revolver da memória este tempo de agora…
E sentindo então o vazio...
Lembrarás do deixado para trás...
Não se vive outra vez...
E o tempo a tudo vence...
Fostes embora...
Mas fiquei em paz...
Sandro Paschoal Nogueira
Apenas seja melhor do que ontem. Busque ser uma versão superior de si mesmo a cada dia, evitando comparações com os outros. Não almeje a melhor memória do mundo; busque apenas melhorar a sua, dia após dia.
Vou revisitar meu baú de ossos
explorar todas minhas lembranças
esmiuçar os cantos e recantos da memória
pois um dia até ela haverá de não existir
A pessoa que mais está ocupada é quem mais pode resolver algo pra você. Porque ela tem o cérebro malhado. Pessoas ocupadas valorizam e aproveitam seu tempo. Elas não se preocupam em fazer coisas ótimas, mas coisas possíveis.
Memórias não devem ser desfeitas. Elas nos mostram lições que devem ser guardadas e usadas quando necessárias.
A vida, em algum momento, chegará ao fim. E quando partirmos, que fique um legado — uma obra que inspire, um exemplo que permaneça na memória daqueles que continuam.
Quando a saudade apertar e o silêncio da noite pesar sobre teu peito, fecha os olhos devagar e deixa que teu coração me encontre no abrigo dos sonhos. Estarei lá, entre brisas e estrelas, esperando por ti com o mesmo sorriso que desenhava no teu mundo quando éramos presença. Sussurra meu nome ao vento do teu subconsciente e permita que a memória dos nossos instantes se faça viva, como se o tempo jamais tivesse nos separado. Pois, mesmo longe da tua pele, nunca estive distante do teu sentir — sou verso escondido na tua alma, abraço eterno entre os véus do sono.
O que já passou...
Quando eu era criança,
Via o mundo como um caleidoscópio,
O sol refletia alegria,
tinha um olhar de esperança.
Com o passar dos anos,
tudo se tornou uma memória borrada,
via apenas os danos,
virei uma alma condenada.
Como queria voltar a ser criança,
que não tinha uma memória criada,
nem uma mente arranhada,
apenas vivia de alegria e graça.
No ecoar do tempo ergue-se a fronteira, a Princesinha dos ervais, cheia de histórias as memórias de seus ancestrais.
Onde bravos pioneiros depois de lutas e sacrifícios fincaram bandeira.
No pós-guerra, sem medo, sem freio,
Exploraram riquezas neste vasto rincão
Na terra bendita, erva-mate brotava,
E o aroma da madeira a selva perfumava.
Rios e riachos cortavam o chão,
Cercados por campos, por vida, por emoção.
Dois povos, uma história entrelaçada,
Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, cidades irmãs de jornada.
Laguna Porã refletindo no seu espelho d'água seu laço,
Um portal do tempo, um eterno abraço.
Aqui nesta fronteira se misturam culturas e raças,
O chimarrão aquece, o tereré refresca.
Polca, vanera, vanerão a ecoar,
O churrasco na brasa a todos juntar.
Acolhedora, vibrante, sem divisão,
Recebe o mundo com alma e paixão.
Brasileiros e paraguaios, filhos do chão,
Na fronteira, um só coração.
Roda de Tereré.
Sob o sol abrasador da fronteira, onde o Brasil e o Paraguai se encontram como irmãos, o tereré é mais que um simples mate frio. Ele é o fio que tece a identidade de um povo miscigenado, de terras que trocam palavras em português e guarani sem que se perceba a mudança. Em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, cidades separadas apenas por uma rua, o tereré percorre mãos calejadas, histórias antigas e lendas que se misturam à realidade.
A erva-mate, nativa dessas terras, carrega consigo memórias de tempos que já foram. Conta-se que os antigos povos guaranis a consideravam um presente dos deuses, capaz de restaurar forças e aproximar amigos. E assim permaneceu, atravessando séculos e chegando às rodas de conversa onde os brasiguaios se reúnem para contar causos. Entre goles da bebida refrescante, misturada aos yuyos colhidos no mercado vizinho, passam-se os relatos de tempos difíceis, de conquistas, de saudades e de esperanças.
Aqui, a fronteira é apenas um detalhe geográfico. São países diferentes, mas os mesmos costumes, os mesmos rostos, as mesmas risadas ecoando entre as ruas. A vida pulsa com um ritmo próprio, onde cada encontro é celebrado com um tereré compartilhado. Porque na alma dessas terras, não há divisões que resistam a uma roda de conversa regada a erva-mate e memórias que constroem um povo.
São tantos eus que carrego comigo ao longo da vida que acabei ficando com os passos lentos, com o olhar cansado e com essa alma nostálgica de quem esqueceu os sonhos em algum canto da memória.
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