Meios
A linguagem dos meios desenvolvida em consonância com a lei de mercado não cria fugas ao processo circulatório do mercado. Pelo contrário, curva-se e se torna discípula ortodoxa dessa realidade manipulada
e atrativa da demanda na esfera do consumo.
Inspiram artistas por meios de novas
possibilidades de manipulação e alteração de imagens originais ou apropriadas
da mídia e da cultura popular, aumentando assim o vocabulário visual artístico.
Possibilitam o uso sinérgico do som, texto e imagem e a difusão e reprodução
da obra em tempo real, permitindo assim ao artista o entendimento e a
incorporação de outras disciplinas e métodos no seu trabalho.
A linguagem imperialista dos meios para se exercer esta cidadania virtual pode esfumaçar a própria questão da democracia, como já
vimos em capitulo anterior sobre o sindicato virtual, que por exemplo, não mobilizaria massa nenhuma.
Os meios de comunicação, por tornarem o pensamento do ser humano passivo, estão transformando a democracia, há muito tempo, em mais do que representativa somente, estão tornando-a manipulativa.
Devemos analisar o quanto a sociedade se apresenta como meio de sedução para os meios de comunicação e, por outro lado, o quanto os meios de comunicação também são sedutores, por serem objetos de poder de informação e de domínio público.
O poder não é um elemento próprio enraizado nos meios de comunicação, mas um elemento que faz parte da condição normal do ato de passar informação, da posse do saber ou da crença de saber.
Quanto mais os meios interferem nas políticas locais ou estrangeiras, mais os desejos internacionais de um grupo se tornam desejos populares, porque a vontade de um povo é construída por símbolos que conjugam uma universalidade de valores entre homens e governos.
A própria legislação americana sobre a propriedade dos meios de comunicação, vem sofrendo mudanças com o objetivo de abrir terreno para as
grandes fusões. No projeto de eliminar as diferenças, seu propósito é diminuir
os conflitos de interesses, escolhendo um interesse particular para cobrir toda a sociedade.
Outras influências das novas tecnologias dos meios de comunicação são as de, sustentar a indústria dos sonhos e da fantasia que o mercado capitalista nos dá e amplia, através do mercado eletrônico, numa comunicação aparelhada em redes.
Embora vivendo em regime democrático, os meios de comunicação continuam formando uma sociedade autoritária e continuam submetidos à tutela do Estado.
É um regime autoritário oficializado, porque apesar de os meios de
comunicação serem modernizados no sentido de mais avançados no aparato
tecnológico, ainda estão submetidos à censura do capital estrangeiro, e o
espaço público eletrônico não divulga acontecimentos que têm ou vão ter
repercussão nacional.
A partir do momento em que o homem passa a utilizar os meios
de comunicação virtuais para transmitir suas reivindicações, frustrações,
desejos, fantasias e argumentações, sejam de ordem particular ou coletiva
sobre os diferentes condutores de sua vida e da vida política planetária, ele
encontra ecos vindos de personalidades similares, sendo repartidas em
grupos de afinidades com modos semelhantes de agir, pensar e se relacionar.
Nunca a sensação de imensidão que os meios de comunicação
passam através das novas tecnologias, foi tão importante e valorizada pelo
homem, talvez porque esta sensação mexa com a vontade de plenitude. O
homem busca na própria vida a mesma plenitude da infinidade que nos
passam o alto do céu e o fundo do mar; a mesma infinidade que o navegador,
o descobridor e o aventureiro carregam dentro de si.
O real absoluto nunca coube muito bem dentro dos meios de comunicação porque renega todo o princípio dos meios, que é fantasiar a realidade.
Os meios de comunicação conduzem a sociedade a viver no irreal. O problema ocorre quando a indústria dos sonhos faz sonhar, mas não pode proporcionar ao receptor do sonho a realização.
Os personagens e estilos de vidas construídos nos meios não condizem com a realidade da vida social real. A mídia produz arquétipos para que o ser humano crie uma realidade política social dentro de uma fantasia
imaginária irreal que transmite um padrão de vida ficcional do qual somente os personagens é que podem vivenciar dentro dos estúdios e não dentro da sociedade.
Sempre havia uma idéia de que a televisão era culpada pelo
modo que as pessoas buscavam meios de fuga para se ausentarem da
realidade política, ou para não assumirem quem elas são, o que elas acreditam ou o que vivem. Por estes motivos a televisão durante muito tempo foi chamada de um meio alienatório, que servia para que as pessoas não tomassem consciência da realidade que acontecia a sua volta.
Com a aquisição de meios de comunicação potencializados por
essas novas tecnologias, que nos levam onde queremos ir sem que
precisemos sair de casa, ou seja, tudo da rua para casa, do público ao
privado: o supermercado, a universidade, o banco e as diversões, como cassinos e outros.
Os meios de comunicação interferem no campo social porque criam expectativas de realizar sonhos que muitas das vezes, na realidade, não são permitidos ou viáveis.
Os meios de comunicação são, no entanto, condutores da sociedade e, hoje, se tornam suportes que tendem a substituir o poder de influência dos grandes líderes.
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